Capitulo 1- ( Continuação)

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- Oi. – Ela estava falando! Ele estava realmente ensinando ela a falar!!!

- Eu não acabei de ouvir isso!! Você ensinou ela a falar oi??? – Ele puxou ela para o lado e foi só então que eu percebi que ela era muito diferente. As vampiras costumavam ter cabelos brancos e quebrados, seus olhos amarelos não tinham deformidades, eram como olhos humanos. Só que claros. Seu cabelo era liso e branco, porem hidratado também. E ela estava usando um vestido.

- Não ensinei, ela já sabia. Olhe, ela não esta linda? Ela vai ir na festa conosco. Só falta você passar uma maquiagem nela pra mim e...

- Não vou. – Peguei minhas coisas e enfiei a arma no bolso indo em direção a porta. Eu não queria morrer, e não ia morrer só pra passar maquiagem em uma vampira que não duraria mais de 20 anos.

- Eu não vou te matar. – Virei para trás, ela estava falando de novo. Por incrível que pareça sua voz era normal, mas as palavras saiam de certo modo enroladas. Larguei as coisas no chão, tudo menos a arma.

- Não vou usar as minhas maquiagens. Você vai ter que comprar.

- Como?? Não sei as coisas que vocês passam.. – Ele olhou para mim e eu encarei ele. – Tá, eu dou um jeito.

Olhei para trás e por um segundo achei que vi um sorriso no rosto dela. Ela já tinha guardado os dentes e seus olhos estavam assustadoramente iguais aos meus.

- Eu vou me arrumar... Tenho muito a fazer ainda. – Ela me olhou e foi me seguindo até o quarto. Chegando lá eu passei rápido pela porta e fui fechar, mais ela colocou a mão e espiou pela porta.

- Eu quero entrar. Quero o espelho. – Sim, nossos vampiros conseguem se olhar no espelho. Dei um sorriso convidando ela pra entrar. O que poderia acontecer? Coloquei o meu shorts e uma blusa bonita e fui arrumar meu cabelo. É claro que eu passaria minha maquiagem depois da dela, se não sairia tudo. – A noite. Antes da meia noite tenho que estar aqui.

- Por que? – Eu perguntei não dando a mínima bola. Era como conversar com um bebê, eles só falam besteira.

- Vampiros não tem inteligência de noite. – Essa frase saiu um pouco diferente das outras, as palavras saíram menos embrulhadas. Saiu de um jeito mais profissional.

- Hm, legal. – Continuei penteando o cabelo até me tocar do que ela realmente tinha falado. – O que???  - Eu deixei a escova cair e cheguei mais perto do espelho, eram 5 horas da tarde, e se ela pirasse de vez?

- Fome.. – Ela estava pirando. Era agora que ela ia me matar. Eu tinha certeza. – Vou pegar, comida.

- Não vou te deixar sozinha! – Larguei meu cabelo do jeito que estava e fui seguindo ela até a cozinha com a mão no bolso da arma, e já procurando uma janela para o caso de uma fuga.

- Eu sei me virar, não vou te comer. – Dei um sorriso. Era como conversar com uma amiga de verdade. Ela entendia muitas coisas que eu falava.

- Você já sabe falar muito não é? – Sentei na mesa me esquecendo totalmente que ela era perigosa, e relaxando na ponta da mesa.

- Fiquei na rua, por 40 anos. As pessoas falam muito. – Ela parecia querer falar mais alguma coisa, porem deu de ombros e começou a comer uma carne vermelha e crua.

- E... – Tentei puxar assunto para não prestar atenção naquela cena horrível. – Não esqueça de escovar os dentes.

Ela riu um pouco, isso estava começando a ficar fora do normal. Vampiras não sorriem. Não riem. Não se arrumam, não falam. Aquilo realmente não era normal.

- Quantos anos de vida você já tem? – Ela parecia ter minha idade. Mas a vida para vampiros era totalmente diferente.

- 60. Sou jovem. Vivemos até os 300 e ficamos até os 200 na rua. Não tive pais. Não sei. – Fui da mesa até o sofá e peguei o controle.

- Quer ver tv?

- Eu vejo daqui. – Eu realmente preferia que ela visse dali, mais me sentia uma pessoa péssima fazendo isso. Olhei para as cadeiras da mesa. Eu não deixaria ela sentar no sofá comigo.

- A cadeira. Arrasta até aqui. Pode ser melhor.

- Não gosto de tv. – Ela respondeu deixando bem claro que odiava televisão. Preferi nem ligar. Peguei o celular e mandei uma mensagem pro Jey procurando ele. Nada. – E o jey? – Ela me perguntou como se lesse pensamentos. Parecia que estava tão preocupada quanto eu. Respirei fundo e larguei o celular.

- Vamos logo usar as minhas maquiagens, já esta quase na hora da festa. Ele vai me ligar de volta. – Ela sorriu e me seguiu. Eu já tinha perdido a conta do quanto ela estava sorrindo.

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Recadinho: Ooi! Acho que eu sou a unica que fico feliz por que 18 pessoas abriram a minha historia não é mesmo?? XD 18 já é mais que os meus pais então esta otimo =) mas eu realmente gostaria que vocês me ajudassem a divulgar. Deixem seus comentarios!!! Se vocês não gostaram me falem o que deve melhorar!! E esse começo foi tipo um "prologo" no proximo capitulo a historia realmente começa, com mais ação ;) Bjs  (VOTE) 

Fogo, amor e destruição.Onde histórias criam vida. Descubra agora