Inquietude

9.9K 675 69
                                    

"Um pouco de perfume sempre fica nas mãos de quem oferece flores" - Provérbio chinês.


Stiles assim que despertou pela manhã, como de costume nesses últimos dias, caminhou a passos resignados em direção a sua janela. Encontrando no parapeito o que esperava encontrar.

O Stilinski passou a mão de forma exasperados pelos fios acastanhados de sua cabeça. Enquanto com a outra levava a delicada flor de encontro ao seu nariz. Sentindo o cheiro adocicado preencher e vibrar em seu interior, ele simplesmente adorava o aroma.

Stiles a observou com minucioso esmero. Dessa vez a violeta possuía pétalas de cor branca com as bordas arroxeadas. Ele a admirou por um tempo. Fazendo a mesma pergunta que vinha se fazendo horas a fio: Quem a colocou ali.

O rapaz herdou a paixão, pela flor, da mãe. Sempre à observava, quando a mesma cuidava das flores que cultivava.

Já se faziam oito dias que as flores, que ele tanto amava. Apareciam na borda da sua janela, sem quaisquer bilhete ou algum tipo e aviso. Era sempre uma. Deixada de forma solitária no parapeito da janela.

Na primeira vez, numa terça-feira, o Stilinski não dera muito importância para o fato de uma violeta avermelhada está ali jogada, até chegou a pensar que seria coisa de sua mãe. No segundo dia chegou a questiona-la. Mas a mulher negou.

E isso para uma pessoa extremamente curiosa como ele, era aterrador de todos as formas possíveis. Ele queria saber quem deixava e mais ainda o porque.



•×•



Não foi tão difícil assim para os seus amigos notarem o quão aéreo Stiles estava na sala de aula.

E coube ao seu melhor amigo, Scott McCall, logo após o treino de lacrosse questiona-lo o porque de tamanha distração.

- qual o motivo dessa distração toda? - o moreno de queixo torto, sentou-se, ao lado do amigo, de forma preguiçosa na arquibancada, onde o Stilinski encarava o treino, sem participar.

- você bem sabe. A flor, a janela, quem a coloca. Eu estou a ponto de ter um colapso nervoso. - Stiles grunhiu em frustração.

Scott riu do exagero de seu amigo, que puxava com a duas mãos os seus fios de cabelo. A ponto de arrancar alguns.

- bom... Pelo menos você tem uma admiradora ou admirador... - brincou o McCall.

Stiles o encarou com um olhar de puro azedume. Seu amigo nunca sabia quando era a hora de falar sério ou não. Scott realmente não estava ajudando.

- você não está ajudando. - o castanho cantarolou as palavras de forma nervosa...

- calma cara... - Scott pediu sorrindo, apertando de leve o ombro do Stilinski.

E Stiles relaxou um pouco, enquanto observava alguns jogadores que ainda treinavam. Pensava num modo de descobrir quem deixava as flores.

- ainda dói?

Scott perguntou depois de um tempo que os dois ficaram em silêncio, não conseguindo conter um sorriso, apontando para o arroxeado no olho do rapaz que, bem fraquinho, ainda dava o ar da graça. Mesmo passando-se alguns dias. Era um espólio de guerra. Resultado do Stilinski ter se metido numa briga. Na verdade tentado apartar uma.

- não... - Stiles murmurou passando os dedos sobre o olho. - os idiotas ainda não estão de falando?

Ele perguntou fitando os olhos castanhos do McCall. Que sorriu negando balançando a cabeça.

- idiotas... - o castanho voltou a repetir a palavra, observando o campo de lacrosse.

Stiles vagou seu olhar pelo campo onde alguns dos jogadores ainda treinavam, e viu ao longe alguém que poderia ajuda-lo com o seu pequeno "problema." Um plano brilhante lhe veio em mente. Sem chances de falhas.

Violetas Na JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora