O Plano

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Stiles retornou segundos depois trazendo em mãos uma caixa de papelão. Não maior que uma de sapatos de bebê, quase cabia na palma de sua mão. Mas ele carregava como se o conteúdo fosse inflamável.

O que atiçou o outro rapaz.

Matt se levantou e caminhou até o Stilinski, observando com curiosidade o objeto que o colega trazia.

— o que é tudo isso? — Matt – que tomou a caixa de forma bruta de suas mãos, na opinião de Stiles – agora analisava seu conteúdo. Câmeras, fios, sensores de movimento e outras coisas.  

— meus pais usavam para me “vigiar” quando eu tinha ataques de pânico. — o Stilinski deu de ombros.

— o que você está aprontando? — Matt arqueou a sobrancelha, olhando fixo para o outro.

Stiles revirou os olhos e caminhou até o seu guarda-roupas.

— eu quero pegar o gato no pulo. — ele disse simplesmente.

Matt franziu o cenho com frase do rapaz. Não muito apropriada Stiles pensou depois.

— eu não sabia que você tinha um gato. Ele anda fugindo é? — o castanho tornou a sentar-se na cama novamente, de forma despreocupada.

— não. Idiota! — Stiles se virou, olhando estranho para o castanho. “Que diabos ele tem nesse cabeção?” pensou. E Matt o fitou sem entender.

Stiles retirou uma caixinha de dentro de uma gaveta, e a abriu mostrando o que havia dentro para Matt.

— eu quero saber quem anda deixando isso na minha janela. — o castanho entregou a caixa para o outro rapaz, começando a andar de um lado para o outro, em curtos passos.

O Daehler encarou o conteúdo com curiosidade.

— amores-perfeitos? — Matt franziu o cenho, retirando a flor de pétalas púrpuras, a primeira que Stiles encontrou em sua janela. O Stilinski balançou a cabeça confirmando. — estranho... Queria ter um pouco desse mel. — murmurou baixinho, logo sendo alvo do olhar crítico do Stilinski. — ta desculpe. Mas o que você quer que eu faça? — o castanho jogou a caixa de lado e fitou o outro. Quando eu digo: “jogou”, quero dizer que ele jogou mesmo!

Stiles respirou fundo, e contou até vinte. Só para não pegar o seu taco de baseball, que jazia atrás da porta, e usar o cabeção de Matt como bola.

— eu quero que você reinstale... Tudo isso. Mas com as câmeras e sensores para o lado de fora. — o castanho gesticulava com as mãos, já mostrando em cada ponto ele deveria colocar.

Matt se levantou sem prestar atenção no que o outro dizia, e caminhou em direção a janela. Dando uma boa olhada na altura em que se encontrava.

— desculpa mas esse trabalho não tem seguro de vida... — o castanho cruzou os braços, e Stiles fez menção em enfiar a mão do bolso. — nem tente me chantagear com o número do Jackson. — Matt ergueu a mão pedindo que ele parasse.

— ah, qual é!? Você já está aqui, o que custa? — Stiles bufou.

Onde estava o companheirismo? Amizade, broderagem? Ele estava um tanto indignado.

— hã... Minha saúde física e talvez a minha vida? — o castanho cantarolou. — você já viu a altura disso? — apontou para a janela. — corajoso é quem sobe até aqui, só para deixar um flor idiota.

Stiles semicerrou os olhos. Matt estava pedindo uns cascudos, ou talvez só tivesse medo de altura mesmo.

— você quer mesmo que eu implore? — o castanho fez menção em se ajoelhar, mas o outro revirou os olhos negando com a cabeça. — então você vai me ajudar? — o Stilinski o olhou com os olhos pedintes. — por favorzinho... Com açúcar por cima.

Violetas Na JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora