Francesco
- Como assim, Fabiola foi embora?- Não oiço direito as palavras de Isadora, minha mente para de se concentrar na bela loira que estava com a cabeça no meio de minhas pernas. - Repete isso direito, per l'amor di Dio.
Empurro a mulher com a minha mão, naquela altura meu pau murchou por completo, sem vontade nem para meter mais nela. Qual era seu nome? Sei lá, eu era péssimo com essas coisas.
Levanto e fecho a calça social com uma só mão, rodo o meu escritório a ouvir o relato da velha matrona. Pelo que diz minha mulher saiu por volta da hora do almoço, e até agora quatro da tarde não tinha voltado para ficar com Angelita, nossa filha de seis anos.
Isadora também diz que o guarda roupas dela estava vazio.- Vou já para ai. - Afirmo um tanto impaciente, e vejo o olhar de desapontamento da loira que agora estava sentada na poltrona.
Qual o nome dela de novo?
- Potranca levanta teu traseiro e te põe a andar, eh? - Sacudo com a mão de forma impaciente.
Nunca fui amoroso. Tinha fama de canalha, mas tudo por culpa do meu sangue italiano. Tinha nascido na América, mas mio padre me educara a mostrar que mulheres nasceram para servir.
Por isso não entendia o sumisso de Fabiola. Culpa minha, bem que me avisaram para casar com uma italiana educada, e não com uma modelo acabada que sempre me acusava de ter destruído sua carreira.
E destruí mesmo. Porca miséria! Iria usar o nome Battorini e desfilar semi nua para um monte de babaca? Na minha morte talvez.
Saí do edifício onde ficava meu escritório. Apesar de tudo não quis seguir os caminhos mafiosos de meu pai, para isso estava meu primo Andrea. Eu me preocupava com as empresas que serviam para a lavagem de todo o dinheiro que faziam fora. E nisso era muito bom.
- Alô? Andrea? - Falei assim que saí do elevador em direção ao meu Audi ponta de gama. - Preciso que procure por Fabiola.
- Finalmente tua moglie tomou juízo, eh? - Andrea riu do outro lado. - Cansou de ser traída todo santo dia.
- Mas stai zitto, eh? Não te liguei para isso. Preciso de Fabiola para cuidar de Angelita.
- Está certo, Francesco. Enviarei nossos homens. Adio.
Entrei no carro ainda irritado. Como podia? Ela me deixar? Eu era um Battorini!
Usei meus óculos pretos e apertei o volante, começando a dirigir para fora dali a toda pressa possível.
Precisava colocar a cabeça no lugar. E meu pau também que tinha sido cortado a brincadeira no meio. Tinha sido caro pagar aquela loira sem nome, e quando pagava gostava do serviço completo, não pela metade.
Mas pobre cachorra, não era sua culpa.
Cheguei na minha grande casa. Sim minha, nem fui maluco de sposare em comunhão de bens totais ou adquiridos. E sim separados.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Agridoce: Um Italiano Perigoso
RomanceFrancesco Battorini era um canalha do pior. Cansada de suas traições, sua esposa Fabiola o abandona com uma filha de seis anos para cuidar. Karina tinha sido uma das vítimas do perigoso italiano. Tendo se envolvido por uma noite, se vê grávida e sem...