Karina
Três meses antes...Como não estava na faculdade, e arranjar trabalho era bem vindo, qualquer ponta que achasse para ganhar uma grana era legal.
Jo era rececionista de um hotel de topo, desses onde só ricos vão e quando havia necessidade de pessoal extra, sempre me chamava.
Minha amiga cursava hotelaria, tinha o apartamento dela e um carro pequeno mas moderno. Na nossa rua falavam mal dela, e era verdade que Jo tinha um homem mais velho e casado que bancava tudo, mas ainda assim era a melhor pessoa e estava sempre pronta para ajudar.
- Você está pronta Kari? - Ouvi sua voz do lado de fora, da janela. Ela e minha tia não se davam bem.
Joana era bonita e sempre com um sorriso no rosto, pronta para alegrar tudo e todos por onde passava.
- Já vou! - Gritei para ela, terminando de passar o batom vermelho.
Íamos reprentar uma marca de vinhos no hotel, oferecendo aos convidados e embelezando a festa, por isso tinha que caprichar no visual.
Coloquei minha blusa preta decotada e apostei numa maquilhagem. Precisava de estar mais confiante se quisesse estar a altura dos participantes.
Tia Flavinha fez cara feia quando me viu. Começando seu discurso de minha amiga ser má influência e dizendo que ia rezar para eu não me perder na vida.
- Eu vou me cuidar, prometo. - Dei um beijo nela que continuava desgostosa. Era sempre assim quando Jo me chamava para algum trabalho, mas estavamos precisando de grana e toda ajuda que pudesse dar nas despesas eram necessárias.
Tia Flavinha trabalhava de costureira, e cada vez mais as encomendas eram escassas. Não fosse a senhora Isadora e mais alguns vizinhos que toda vez pediam alguma coisa nova, talvez nem conseguissemos pagar despesas básicas.
- Vamos logo Kari! Vamos chegar atrasadas! - Jo buzinou do lado de fora.
- Que mal criada! - Tia Flavinha abanou a cabeça e aumentou o volume da novela das sete.
Saí logo e Jo me esperava empolgada, cheia de novidades para contar e mal se calou durante toda viagem. Ela tinha o velho que bancava, mas era apaixonada pelo Zé Prata, um lindo negão por quem também tive uma paixonite no passado.
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Agridoce: Um Italiano Perigoso
Lãng mạnFrancesco Battorini era um canalha do pior. Cansada de suas traições, sua esposa Fabiola o abandona com uma filha de seis anos para cuidar. Karina tinha sido uma das vítimas do perigoso italiano. Tendo se envolvido por uma noite, se vê grávida e sem...