O Problema de Battorini

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Francesco

Já nem lembrava o nome da ragazza que levei para casa, apenas da transa bem fogosa que tínhamos feito. Ela chupava que era una maravilha e ainda engoliu todo meu gozo como uma boa menina.

Depois transamos por mais de una hora. Era profunda como um túnel e adorava ficar gemendo alto e berrando por mais, me fazendo querer meter sem parar.

Mas a maluca queria dormir aqui, em mia casa! Como se eu fosse deixar uma que mal conheço se enroscar em meus lençóis?

Botei pra fora mesmo. Dei algum dinheiro e coloquei num táxi. Não prometi que ia ligar porque não sou desses. Apenas me despeço e até mai.

Apanhei a camisinha suja para conferir se não tinha nem um furinho, essas gostavam de tentar o famoso golpe e dizer "nem sei como foi que aconteceu". Bastava saber que era rico e pronto, tentavam de tudo.

A doida também deixou a calcinha aqui, mas deitei no lixo mesmo. Tomei banho e dormi.

Agora pela manhã estava vendo meu primo bem sentadinho com a empregada tomando café da manhã. Andrea tem casa dele, mas adorava vir na minha para provocar.

Enxotei ela da mesa, mas a abusada estava gritando e apontando o dedo na minha frente. Onde já se viu? Eu ia cortar o dedo fora se continuasse.

- O senhor é muito grosso. Vive com o rei na barriga, e achando que pode destratar todo mundo. - Mas a fujona estava pronta para ofender. Olho dela nem piscava de tão atentos em mim. - Deve ser um infeliz e amargo. Por isso sua mulher fugiu.

- Se sabe tanto por que não tentou vaga para adivinha? Aqui é mia casa. Regras sono minhas. E para já está despedida. - Imagina se eu ia deixar que falasse assim comigo? Ou io não seria Francesco Battorini.

Andrea se levantou, parando no meio de nós dois, mas eu queria falar boas coisas para aquela babá.
- Por favor parem. Francesco veja o estado de Karina. - Lá estava o bom samaritano, eh?

- Mas quando ela abriu as pernas io não estava! - Falei de propósito mas o olhar da fujona muito me espantou.

Chegou a ser bem irónico. E io conheço bem aquele tipo de olhar. Estranhei.

- Não tenho que aturar estresse de gravidez de ninguém. Fala para o marido que io vou ensinar a como botar moglie no lugar. - Continuei cheio de irritação.

A fujona riu de propósito para me provocar.

- A sua parece que não está em lugar algum. - Mas tinha malícia aquela ragazza. E a forma como me desafiava e mexia o pescoço como uma cobrinha junto das mãos agitadas.

- Vai perder não só o emprego mas a língua também se continuar falando assim. Io mando aqui e pronto.

- Francesco. - Voz de Andrea estava me irritando mais. - Karina precisa de nossa ajuda tal como você precisa da dela.

- Então contrata para tua casa se é assim tão importante a ajuda.

- Ela está sola. E com um bebê por cuidar.

- Não tem marito então? Ainda mais é bandida, aposto que nem sabe o nome do pai. O que vai ensinar para mia Angelita? - Ainda por cima? Mãe solteira.

- Nem precisa me despedir porque vou embora mesmo. Não vou aturar o senhor, uma pena que Angelita e o senhor Andrea tenham que conviver com você. Tenho muita pena deles.

- Pobre e orgulhosa, eh? Guarde sua pena na sua bolsa vazia.

- PAREM! - Desta vez meu primo gritou, passando a mão na barba e respirando fundo.

Agridoce: Um Italiano PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora