Francesco Battorini
A doutora Nicole estava me dando um sermão qualquer sobre muletas. Io tinha tentado pular etapas para melhorar, e tentava me mexer solo.
- Não pode, senhor Battorini. A não ser que queira ter um problema maior e ficar mais tempo de cama.
Era bonita a ragazza. E da maneira que mexia os lábios, e os umedecia me deixava menos concentrado no que ela parlava.
- Isso não! Última cosa do mundo. - respondi com certeza, não ia aguentar mais ficar ali fechado. Só tomando remédio e dormindo.
- Então siga minhas indicações. - Da mesma forma que provocava era da mesma que se fingia de séria, querendo jogar jogos que io não entendia niente. - Nesse perÃodo a calcificação dos ossos é muito importante.
Era bem melhor repousar do que forçar a perna maledetta! Muletas eram mias novas companhias.
Única mulher que tinha tido una sorte de dormir comigo mais de una vez era Fabiola. Mai estava começando a ficar tão carente, e a que era de jeito e estava mais perto era doutora Nicole.
- Podia fazer outra cosa, eh? - Perguntei de um jeitinho bem malicioso.
- Não depois de ter proibido minha entrada aqui nesta casa. E quase ter morrido porque não sabiam que era eu a sua médica! - Sempre rancorosas as mulheres, nunca davam um ponto sem nó, preparadas para se vingar a qualquer momento. - Teve até sorte de eu ter sido profissional e não deixar sua perna torta.
- Não fez mai que sua obrigação. Afinal te pago para isso. E te paguei para outras cosas também!
Ela fez cara feia abanando a cabeça. E carregou suas cosas para sair de mio quarto.
Podia não confessar mai andava me sentindo solo, aquela Fujona e meu primo andavam passeando com Angelita toda hora, não que me importasse, problema era não poder fazer niente.
Tava assistindo temporada de seriado, lendo livros e feito um passarinho preso na gaiola de ouro. Triste destino.
Também estava trabalhando, controlando aquele bobo de Andrea, sempre mexendo onde não era chamado. Io tinha alguma desconfiança em relação a mio primo, e olha que sempre tinha provado ser una boa persona.
Dinheiro e famÃlia não era boa cosa!
Falei com mio padre para botar capangas seguindo Andrea dia e noite. E agora ele vivia colado na negrinha e na Angelita.
Decidi usar aquela maldita muleta e fui com cuidado até a janela, apreciando a piscina e mio belo jardim. Mas acabei por ver quando a famÃlia feliz chegou, Angelita entrou correndo e eu soube logo que vinha me incomodar, mai fiquei para ver pelas cortinas, o safado do Andrea tentar beijar Karina.
Mai vi direito?
Ele puxou ela pela cintura, sem se importar que carregava barriga de outro homem nem nada, e a beijou ali na varanda.
- Papai! - Angelita saltitou até mim, trazia uma folha na mão e sorriu. - Olha o que fiz para você.
Não tinha pazienza para ver desenho nenhum, mai guardei a folha comigo enquanto coxeava apoiado na muleta de volta para cama.
Mio fiore começou a relatando sem parar o que tinham feito, e como estava adorando colocar a cabecinha dela na barriga da Fujona. Essa relação estava se estreitando molto pra mio gosto.
- Boa noite. - Karina entrou envergonhada. - Angelita despeça seu papai e vamos tomar banho?
Até que era jeitosa. Bella de todo, com um corpinho gostoso para pegar. Trazia uma blusa cinzenta de gola alta que colava nos peitos grandes. E um batom bem vermelho.
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Agridoce: Um Italiano Perigoso
RomanceFrancesco Battorini era um canalha do pior. Cansada de suas traições, sua esposa Fabiola o abandona com uma filha de seis anos para cuidar. Karina tinha sido uma das vítimas do perigoso italiano. Tendo se envolvido por uma noite, se vê grávida e sem...