Um Pedido de Andrea

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Karina

Ainda com raiva do que estava vendo, e garanto que não era nenhum ciúme até porque não tinha o que invejar naquele cretino.

Era um homem bem gostoso sim, e bem bonito, mas corpo e conteúdo não jogavam em nada.

Aceitei ser conduzida pelo outro italiano, até chegarmos numa parte do corredor onde já não se ouviam assim tão alto os gemidos lá da sala.

- O que pretendia fazer, piccola? - Perguntou com a voz como se estivesse roubando, fixando em mim aqueles olhos verdes tais como duas jades.

Mesmo na penumbra pareciam vasculhar por respostas nas linhas de minha cara.

- Eu ia dizer para irem para um quarto! Onde já se viu tamanha falta sabendo ter pessoas aqui em casa. E se Angelita acorda? - Respondi toda dona da razão.

Ele me deitou um sexy olhar desconfiado.

Ele me deitou um sexy olhar desconfiado

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- Olha piccola...

- É Karina. - Tratei de avisar. - Que mania! Um me chama de fujona e outro de picolé.

- Calmati! Calmati! - Pediu e levantou os braços rendido. - Mas vocês ragazzas são todas estressadas.

- Não fui eu que vim até você! - A resposta escapou da minha boca.

Há três meses atrás eu não tinha aquela postura arredia e defensiva.

- Escuta. Meu nome é Andrea. E como sei che és nova, deixa avisar que estaria cometendo um tremendo erro se fosse atrapalhar o casal. - Começou por explicar. - Nesta casa ninguém pode circular pela madrugada. Os empregados só aparecem a partir das seis. Capito?

- Ainda assim...

- Volte para il suo quarto. Não adianta arranjar barulho com o grosso do meu primo.

Já comecei a gostar dele se sabia o cretino que o France era.

- Preciso falar com você quando acordar, piccola. - A forma de falar era menos grave que a do italiano perigoso. Andrea conseguia até passar uma calmaria.

- Pode falar agora.

- Io estou cansado. Vá descansar. - Olhou para a pequena barriga que parecia dominar toda magreza do meu corpo.

Senti um arrepio mas me mantive firme. Se eu desse muita bandeira, poderiam perceber.

- Posso saber o assunto? - Perguntei, esfregando os braços com as mãos. Estava frio.

- É sobre Angelita.

Só aquilo bastou para eu concordar e me retirar para o quarto da menina, sob a análise do olhar bem verde e quente.

Mas não confiaria meu coração para nenhum homem, não tão cedo.

Tentei apertar os olhos e dormir, mas não sei o que os dois faziam lá embaixo, só que o barulho era demais até parecia de propósito para a gente ouvir.

Agridoce: Um Italiano PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora