Passamos alguns minutos em silêncio até que enfim alguem se pronúncia.
- Argh! Só me deixem um pouco, tô cansado, tenho que processar todas essas informações, e vocês não estão me ajudando em nada, eu vou ficar bem, ok? Vou pensar sobre essa história de psicólogo...-
Minha mãe vem em minha direção para beijar minha testa, mas eu me esquivo, e subo para o meu quarto, tomo um banho e jogo as roupas para lavar, pois estavam com cheiro de hospital, e aquele cheiro me deixava enjoado. "Eles estão escondendo algo de mim... Mas o que? Preciso descobrir, o que está acontecendo comigo?... Talvez não seria uma má ideia me consultar com um psicólogo, tenho que conversar sobre isso com a Ally, talvez ela saiba me aconselhar" penso.
- Por falar nela tem uns dias que não conversamos - digo em voz alta, olho o relógio, 23:27,
- Já é um pouco tarde, amanhã eu ligo - ao decidir me deito e aos poucos adormeço.*
Estou em uma sala branca e tem alguém ao centro, novamente, porém dessa vez não é a menina de olhos azuis, e sim um menino, ele está sentado em posição fetal, está usando uma roupa inteiramente preta que cobria todo o perímetro do seu corpo, até o começo das mãos e dos pés, em suas costas haviam dois cortes ligeiramente inclinados e aparentemente profundos, em volta dele penas caídas, muitas penas, ele estava sem sapatos, sua pele empalidecida, parece que ele está chorando, vejo a cena por alguns instante e descido me aproximar.Quando chego até ele encosto em seu ombro e ele ergue a cabeça, era o Hugo, seus oculos estavam quebrados, e sua expressão de desespero, ao me ver uma lagrima caí e ele se levanta bruscamente e diz:
- Hey Jon! Você têm que me perdoar, Ok?! Vai me perdoa... N-não foi culpa minha, não é como se eu quisesse aquilo! -
Ele encosta em meu ombro, ao sentir seu toque eu me afasto e barulhos e gritos afloram em minha cabeça e preenchem meus ouvidos, me fazendo sentir dor, o afasto de perto de mim.
- Eu nem sei quem você é! Como posso te perdoar de algo que eu não sei! - digo gritando.
Ele me olha aflito, e se ajoelha
- Você... Têm que me deixar ir... - ele ergue a mão para mim e sua imagem falha algumas vezes até se desintegrar, ele some, e me deparo sozinho, mas não o tempo suficiente para poder pensar sobre o que tinha acabado de acontecer, assim como a imagem dele tinha falhado a de uma menina começa a surgir, a vejo a e a reconheço.
- Você de novo! É você que tá fazendo tudo isso?? - digo gritando e vou de encontro a ela, tento segurá-la mas nesse instante ela some e aparece em outro lugar.
- Você têm que se lembrar... Se não eles nunca serão livres- ela olha para o vazio.
- Eles quem? - pergunto.Ela se aproxima e toca em minha testa com o dedo indicador...
*
Ao fazer isso eu acordo de sobressalto, estou soado, e já são 04:50, minha respiração está falhando, preciso saber o que está acontecendo me visto, com minha outra roupa e escrevo um bilhete falando que vou caminhar.
Se queria lembrar, eu deveria ir no lugar aonde tudo começou...
- O estacionamento - digo olhando para as primeiras luzes do dia.Correndo chego lá em menos de meia hora, o local está sombrio como sempre, mas algo me diz que ele nem sempre tinha tido aquela aparência meio macabra, eu o observo por alguns instantes e depois entro, como da outra vez me mexia com total familiaridade, subo alguns andares até que já começo a sentir um pouco de tonteira, meu corpo pulsa e eu cambaleio por algus instantes, por algum motivo meu corpo rejeitava aquele lugar, mas insisto até chegar ao local desejado. Vou andando um pouco ofegante, até que vejo alguém, uma menina sentada do outro lado do estacionamento, chego mais perto e as pulsações aumentam, más assim que reconheço a figura elas param.
- Achei que você não viria mais viadinho - ela sorri para mim.
- Chris...- digo quase que sussurando.
- Bom, sim claro que sou eu hahahaha, oush achou que era quem? Para de lezera e vem pra cá logo! - ela diz fazendo cara birrenta, eu me aproximo do limite do meu lado, e vejo o grande vácuo entre as duas partes do estacionamento, ela estava sentada na beirada do outro lado.
- Quer que eu vá praí? Tá louca? - digo incrédulo ainda olhando a distância.
- Claro e não demora - ela se levanta e me dá as costas.
- Ei, não vai, me espera, tenho que te perguntar algo! - digo a ela.
- Merda! Vou ter que pular ... -
Repito os movimentos do meu primeiro sonho bizarro, e ainda sem acreditar eu pulo. "Dejavú. Mesma sensação. Aterrizagem violenta" são os sentimentos que se passam naqueles instantes.Ao impactar no chão sinto meu corpo doer.
- Argh! Nunca vou ser bom nisso!- digo.
Ela ri de mim e me ajuda a levantar.
- Não mesmo ahaha - ela diz ao olhar para seu rosto vejo que ela aguarda mais alguém, alguém que não mais saltaria...
Me olha e sua expressão muda aflita.
- Fazia tempo que não nos víamos, essa é a primeira vez que venho aqui depois do que aconteceu... Eu precisava convesar com alguém. As coisas não têm sido fáceis, sem ele a vida meio que pedeu o sentido , hahaha, Não? -
Ao sorrir lágrimas começam a jorrar el seus olhos.
Eu queria abraça-la, dizer a ela que tudo ia ficar bem, mas não sabia como, eu sentia um sentimento fraterno a seu respeito quando me preparo para dizer algo meu celular toca em meu bolso...TO BE CONTINUED
Quem será ao telefone? O que será que Jon deve perdoar? Aguardem o próximo capítulo, para talvez essas e mais respostas! Espero que estejam gostando! Comentem comparilhem e votem c: .
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The Begin Of End
Mystère / ThrillerJonathan Hope é um jovem aparentemente muito tranquilo, mas que sofre de vários transtornos psicológicos, vive com o pai e a mãe em Nova York, tem uma namorada e vai a escola ... Mas tudo muda quando sua namorada decide mudar-se de país para estuda...