Desesperados.

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  Daniel estava morrendo de medo, enquanto os homens o arrastava para dentro do galpão, Miguel já estava lá dentro e começou a andar no meio do labirinto de grandes cilindros com gases de vários tipos, ele não desistiria até encontrar Bruno, a medida que andava começou a ouvir gritos de dor, foi então que começou a correr e ao chegar no fim, viu João sentado em uma cadeira, rindo.

- Continuem, quero ver eles gritarem mais! -dizia o homem, Miguel arregalou os olhos e foi até ele.

- O que está acontecendo aqui?! Bruno! Saimon! -gritou indo em direção aos dois que estavam amarrados e sendo espancados por aqueles homens desconhecidos.

- Miguel, fique longe deles! Quem lhe deu autorização para entrar aqui?! -perguntou nervoso, Miguel nem deu ouvidos, ficou na frente de Bruno e Saimon impedindo os homens de os tocar.

- Você não vai mais fazer mal a nós, já chega! que droga de preconceito é esse?! só porque a gente se ama?! Não dá para nos deixar em paz!!!

- Senhor encontramos esse intruso, o que fazemos com ele? -disseram os outros dois homens arrastando Daniel para dentro.

- Quer saber de uma coisa, vou matar eles na frente de vocês, para que aprendam a não se envolver com homem nenhum! -afirmou João, os seguranças que ele havia contratado ficaram meio confusos nessa hora. - Vocês segurem meus filhos intrusos, os outros tratem de matar esses inúteis!

- Não pai! eu imploro! -pediu Miguel sendo arrastado pelos homens que batiam em Saimon e Bruno.

- Por favor, a gente faz o que você quiser! -suplicou Daniel se soltando e ajoelhando em sua frente, João o encarou de cima com desprezo.

- Não eu já decidi, matem logo!

  Indignado com seu pai, Daniel pegou a cadeira onde ele estava sentado e a arremessou com força na cabeça de um dos homens que segurava Miguel, ele desmaiou, ao tentar fazer o mesmo com o outro, não deu certo, mas ele ficou na frente dos acorrentados e pegou a faca que o brutamontes caído usava, pronto para lutar com aqueles gigantes.

- Venha! eu mato o primeiro que se aproximar!

  Miguel também tentou se soltar, mas não conseguia, com cautela, Daniel começou a tentar cortar as cordas, porém João sacou uma arma do bolso e apontou para ele.

- Se continuar, vou atirar em você! -Daniel parou por um instante.

- Então vai me matar! pois não vou decepcionar o Saimon nunca mais, muito menos o deixar!

- Não Daniel! -gritou Saimon recobrando um pouco de sua consciência, Daniel continuou cortando as cordas, João deu o primeiro tiro na perna, ele se ajoelhou e os outros homens se aproximaram para o segurar, porém ele não desistia e continuou cortando.

- Para por favor!!! -gritou Saimon chorando, como se sentisse a dor dele.

- Pai por favor, ele é seu filho, não faz isso!

  Miguel também começou a chorar enquanto tentava se soltar em vão, João disparou outro tiro atingindo o braço esquerdo de Daniel que enfim conseguiu soltar as cordas, Saimon e Bruno também estavam com dor por causa das pancadas, mas se levantaram para ajudar Daniel que sangrava muito.

- Não adianta de nada você os ter soltado, que desperdício! -disse João andando até eles. - Não gosto de usar armas de fogo aqui, por causa de algumas substâncias inflamáveis que estão nesses cilindros, mas acho que vou ter que os matar assim, cheios de furos.

- Mas senhor, se atingir os cilindros, nós morremos também. -afirmou 9 brutamontes que segurava Miguel, com um pouco de medo.

- Se estiver com medo vai embora, hoje eu acabo com isso!

  O que estava segurando Miguel, o empurrou e saiu correndo, os outros dois que ainda estavam de pé ficaram se olhando, tentando decidir o que fazer, pareci espantados e confusos. Miguel correu e ficou ao lado de Bruno, os quatro se abraçaram, olhando ao redor, a procura de uma forma de escapar.

- Chega de enrolar! Daniel, me dê o Saimon, ele é o mais insolente, por isso vai primeiro.

- Não! -gritou o abraçando, enquanto continha a dor de seus ferimentos.

- Eu me entrego, se prometer deixar eles irem em paz para casa, quer matar, tudo bem pode me matar. -afirmou Saimon tentando sair dos braços de Daniel.

- Irmão não! mate a mim, desde o começo sou eu quem você quer matar! -Bruno se sentou e ficou na frente deles de braços abertos, João riu, os homens que ainda estavam ali ficaram comovidos com a demonstração de amor que eles fizeram.

- É para isso que nós contratou? para matar pessoas que se amam? e seus próprios filhos?!-perguntou um deles se virando para João.

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