As cores do nosso amor.

Fim.

  Sete anos se passaram, Saimon e Daniel se casaram, eles se começaram a refazer tudo, se mudaram, Saimon arranjou um empregou e se curou da depressão, na nova casa deles havia muitas obras de Miguel e várias fotos, mas agora elas não arrancavam lágrimas de Daniel e Saimon, mas sim sorrisos de um bom tempo que infelizmente acabou.

  Com a vida se reerguendo e tudo tomando seu rumo, Saimon se uniu a grupos contra o preconceito, começou a ajudar pessoas que eram julgadas por alheios e seus próprios parentes, ao lado de Daniel, que muitas vezes contava sua história em palestras.

  O mais importante ainda estava por vir, Daniel e Saimon estavam esperando para adotar uma criança e o grande dia finalmente havia chegado, eles andavam ansiosos pelo orfanato

  O escolhido era um garoto de seis anos, moreno, de olhos castanhos, cabelos escuro com grandes cachos que iam até o ombro, era muito sério e tinha um belo talento com o pincel, nas vezes que Daniel e Saimon foram o visitar ele mostrou um pouco de sua arte, eles ficaram impressionados com o garoto e logo já haviam decido, era ele!

  Com a presença de uma criança em casa, tudo parecia se encaixar novamente, ambos estavam felizes com sua família, não só com o filho deles, mas também com os amigos que eles fizeram nos grupos contra o preconceito, pessoas que como eles passaram por más experiências.

  Dizem que a cor do amor é vermelho, mas para mim o amor é colorido, pois ele tem seus momentos bons e ruins, não se trata apenas de um sentimento simples, ele é um que mexe com todos os outros sentimentos em nosso corpo, tristeza, felicidade, alívio, angústia... Como uma palheta de cores, que tem aquelas mais fortes, intensas e vibrantes, mas também tem as cores mais alegres e leves, o amor não tam hora, lugar ou pessoal, qualquer um pode amar, seja um homem e uma mulher, dois homens ou duas mulheres, e ninguém precisa crítica, pois isso é belo e as poucas coisas belas da vida devem ser preservadas.

                         Fim.