A Vida de um Mutante no Instituto Xavier

O dia em que peguei fogo! (literalmente)

16 de outubro de 2016

Graande Xavier,

Tudo bem? Aqui é Jack Mason com o primeiro relato da minha vida inútil. Bem, hoje foi um dia normal no Instituto Xavier. De manhã tivemos aula de história dos mutantes com o professor Hank, mas todo mundo chama ele de Fera. Ele nos falou sobre uma mitologia de que os mutantes haviam existido a milhares de anos, e que o primeiro de nós era um ser antigo chamado Apocalipse. Tudo absurdo, lógico! Os mutantes só foram descobertos no século passado. Mas não vou entrar em detalhes sobre a aula de história.

Mais tarde tivemos aula de defesa pessoal com o professor Logan, o Wolverine. Tenho medo dele. Ele formou duplas para se enfrentarem, e eu saí justamente com Mark "Dragon", o meu maior inimigo, que possui as glândulas salivares extremamente quentes. Resumindo, ele pode soltar fogo pela boca. Ele tem o apelido de "Dragão", e dizem que será um grande X-Men, mas para mim não passa de um valentão covarde. Antes da luta começar, ele tentou me acertar com madeira, para que eu pudesse absorver a madeira e queimar mais fácil, mas eu desviei e absorvi a única coisa mais perto de mim: o professor Logan. Eu gritei de dor quando minha pele começou a adquirir a propriedade que faz a pele do Wolverine regenerar, mas incrivelmente eu consegui resistir e meu corpo ficou com a habilidade de regeneração. O professor então parou a luta, com medo do que podia acontecer, mas eu duvido que pudesse manter o controle do poder muito tempo, e logo eu voltei ao normal. Logan diz que eu posso ficar muito poderoso, mas ainda preciso treinar muito. 

O "Dragon", insatisfeito por não ter me derrotado na aula de defesa pessoal, montou uma emboscada para mim no corredor.

- Ei, borracha! - Zombou ele, barrando minha passagem, enquanto seus amigos se amontoavam ao redor de mim. - Vai me pagar pelo que fez na aula de defesa pessoal!

- O que? Te derrotar? - Perguntei desafiador.

- Não tem nenhum professor pra te proteger agora. - falou ele, e me deu um soco, depois soprou fogo em minha direção, fazendo minha roupa começar a pegar fogo. Corri, desesperado, e eles começaram a rir de mim. Foi quando chegou Lilian Xavier, a neta do professor Xavier e a menina de quem eu gostava.

- Soltem ele. - Ordenou ela. Eles me soltaram, porém eu ainda estava pegando fogo. Lilian me ajudou a apagar o fogo, mas eu ainda me sentia quente e tonto, provavelmente por causa dela.

- E o que você vai fazer para nos impedir? - Perguntou o Mark, o "Dragão".

Lilian cerrou os olhos, com raiva, e subitamente Mark começou a voar de cabeça para baixo, como se alguém o estivesse puxando pelo pé para cima. Seu pé ficou preso numa telha no teto, e Lilian falou, irônica:

- Fique aí um tempinho, e reflita sobre suas ações.

Os parceiros de Mark fugiram, correndo, e saímos andando, eu e Lilian, e eu não podia acreditar no que estava acontecendo. Eu não tinha coragem para começar uma conversa, então Lilian falou:

- Eu acho o seu poder muito interessante. Eles não deviam zombar de você por causa disso.

- Bem... - Falei, sem jeito, colocando as luvas especiais para não absorver matéria. - É bizarro.

- Não mais bizarro do que cuspir fogo. - Disse ela, e sorri. - Você simplesmente tem a habilidade de converter suas moléculas na matéria que você tocar. É uma habilidade impressionante, você só precisa praticar. - Ela me surpreendeu com sua inteligência, e parecia mais fantástica ainda com aquele olhar lindo e penetrante.

Então ela me encarou subitamente.

- Você acha meus olhar lindo?

- O... O que? - Perguntei.

- É o que você estava pensando agora.

- Ah... É, eu acho seus olhos bastante... impressionantes, sabe...- Falei com uma vergonha imensa, me lembrando da telepatia de Lilian.

Ela riu de minha falta de jeito.

- Muito bem então, sr. Borracha. A gente se vê por aí.

E ela foi embora andando pelo corredor, me deixando completamente confuso. Será que ela gostava de mim? Não, provavelmente não. Me virei e fui para o dormitório masculino, mas até agora não paro de pensar naquele momento. Agora tenho que ir dormir. Amanhã escrevo mais!

Jack Mason