Verdades

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"Quem é você?? Eu pergunto a uma sombra encapuzada que se aproxima de me a passos lentos, começo a ficar com medo olho para os lados e não reconheço o lugar em que estou parece as ruínas de um castelo. Dou dois passos para trás e observando tentando encontrar uma rota de fuga, me viro me preparando para correr.
- Não vá- essa voz me soa família.
- Pedro??- digo me virando para o estranho, ele leva as mãos ao capuz... Ouço um bate forte e acordo assustada com a respira entrecortada.
Fico apavorada pois percebo que estou flutuando a alguns centímetros acima do colchão solto um grito caindo encima da cama, levanto aos tropeços tento me acalmar pensando que foi só um sonho só isso mais nada. Olha para o chão e vejo de onde veio o barulho meu celular está caído ao lado da cama, pego-o do chão e vou ao banheiro escovo os dentes penteio cabelo, passo um lápis preto nos olhos e me visto. Pego um cropet amarelo e uma calça jeans azul calço uma bota. Decidi que hoje não vou a escola enquanto mamãe não me falar a verdade. Desço as escada e vou para a cozinha o café esta mesa, olha pela janela e mamãe está lá fora mexendo em seu jardim ela parece conversar com as flores então uma coisa estranha acontece um botão de rosa floresce instantemente. Derrubo a xícara que está em minha mão, mamãe se vira e me ver ela suspira e se levanta e vem caminhando em direção casa.
- Bom dia flor- mamãe me comprimento e vai lavar as e se senta a mesa e ficar a me olhar.
- Eu... Bom Dia mamãe! O que está acontecendo comigo mãe??? Hoje eu acordei e estava flutuando- Começo a chorar, seguro o encosto da cadeira.
- senta e toma o seu café meu amor, e então conversamos.
- Estou sem fome - mamãe só fica a me observar com um olhar melancólico- mamãe você sabe o que eu quero, então por favor acaba logo com isso- olha sério pra ela.
- Tenho medo de você me odiar...- ela já começa a ficar com a voz embargada
Fico calada só a observando, esperando que ela me conte. Ela finalmente começa.
- Bem seu pai não está morto. quando você tinha apenas 2 anos eu fugi com você meu amor pra te proteger...
- Me proteger de que mãe??? De ter mais alguém para amar além de você. Eu tinha o direito de saber que ele estava vivo.
- Seu pai e eu somos diferentes nós não somos humanos, nos somos sobrenaturais...- ela para pra que digerir o que ela falou.
- Como??? Para de brincar mamãe... Poxa eu aqui querendo saber da minha vida e você vem com brincadeiras-Grito com ela batendo a mão sobre a mesa e fica a marca da palma da minha mão perfeita na mesa de madeira maciça, me solto na cadeira e fico olhando para a marca.
Mamãe suspira
- Eu sou uma Fae e o seu pai é um vampiro nós nos apaixonamos e mantínhamos um namoro escondido... O clã ao qual os seu pertence é o mais antigo e respeitado clã e eles não aceitam que os seus se relacione com outras raças- mamãe fica olhando para o nada, com o olhar distante e tristes- Seu pai era rebelde na época você sabe todo adolescente é - ela sorri com a memória- Bem mesmo sendo proibido continuamos a nos encontrar, quando eu engravidei o povo FAE me expulsou e ficamos desesperados depois que ganhei você começou os rumores dentro do clã do seu pai, de que ele tinha se relacionado com um de fora e tido cria e foi quando começou a caçada você já estava com dois anos, foi quando decidir larga seu pai e vim embora com você. Eu nunca entendi o porque de tanto medo de mestiços no clã.
- Mas porque ele não me procurou antes?? Porque só agora??
- Eu o pedi meu amor, combinamos que quando você chegasse a idade de transição dos poderes você iria com ele para nosso mundo, para que possa controla-los e ter o treinamento necessário para se proteger o seu pai ele se tornou o líder do clã para banir essa lei que proibi os mestiços de viver entre os nossos.
- Mas como eu nunca vi nada mamãe de diferente??
- A visão dos mestiços é bloqueada até completar 16 anos e atingir maturidade.
- E se eu não quiser ir??
- Você não tem escolha - mamãe suspira e olha diretamente em meu olhos séria- quando os seus poderes aflorecerem você ficará visível aos outros do nosso mundo e eles te caçaram e te mataram só porque é mestiça.
- O Rick sabe também??? -pergunto olhando para minhas mãos.
- Sim ele também é fae -ouvimos um estrondo do lado de fora e nos abaixamos na mesma hora- querida eu quero que você suba pegue algumas roupas jogue em sua bolsa e ligue para o Johan - ela me entrega uma caixinha de madeira- é só dizer o nome Johann Kaskarof e ele saberá onde você esta.
A porta da frente se quebra pedaços, mamãe  me joga escada a cima, aterriço no segundo andar de bunda.
- Corra querida e não pare- A minha mãe grita.
Me levanto e olho para baixo foi quando duas coisas  grandes e feia toda deformada entraram aos berros.
-Cadê a garota??- eles disseram em suas vozes distorcida, suas bocas eram cheias de dentes pontudos e horrendos.
-  Vá agora Marie- mamãe orderna, mudando de forma suas orelhas ficam pontudas, ela fica alguns centímetros mais altas suas viram roupas de combate feita de madeira e folhas.- Vocês não tem permissão para entrar aqui- Mamãe Vocifera, de suas mãos começam a crescer um chicote cheios de espinhos, eu estou paralisada de medo, não consigo sair do lugar.
Uma das coisas nojentas avança para cima dela com um porrete enorme batendo no chão, ela se esquiva para o lado jogando o chicote em seu pescoço que se enrola e os espinhos cravam em sua pele, ele urra de dor e tenta se soltar mamãe aperta mais o chicote começa a se enrola no corpo todo cobrindo-o por completo ele mexe mais um pouco e para.  Do lado de fora começa a aparecer mais, mamãe me empurra para o quarto com uma vinha, eu saio do torpor pego minha mochila jogo umas calças, short e blusas dentro da mochila junto com o meu celular e minhas economias que eu vinha fazendo. Coloco a alça. Em um braço quando escuto a porta se abrir, lá embaixo continua o barulho da briga quando a porta se abre uma espécie de cachorro enorme entra e arreganha sua bocarra enorme cheia de presas ele adentra o quarto me estudando ele para e se prepara para pular, eu coloco a mão na frente tentando me proteger do ataque, mas ele não vem quando levanto os olhos o bicho esta todo enrolado por vinhas, aproveito para sair pela janela subindo pelo telhado e descendo pela calha. Corro para o galpão que tem ali atrás pego a moto de Rick e saio de lá chorando deixando mamãe para trás, eu quero voltar, paro a moto, mas escuto a voz de mamãe em meu pensamento.
"Não pare querida, eu vou ficar bem, fuja contate o Johann diga a ele que peço desculpas,e não se esquece minha pequenina Marie EU TE AMO SEMPRE..."
E ela se vai... "Mamãe??? Mamãe por favor?? EU TE AMO SEMPRE."
Eu sinto como se ela estivesse sorrindo, volto a ligar a moto e vou para o mais longe que aguento paro em uma lanchonete de beira de estrada, quando entro sinto olhares estranhos sobre mim, sento em uma mesa mais distante dos outros clientes  pego a caixinha que mamãe me entregou e fico observando, a garçonete chega e pergunta o que eu quero comer peço somente um suco, ela sai e vai buscar meu pedido. Mexo na caixinha tentando entender como funciona ela destrava ouço um chiado seguido por uma voz.
- Diga o seu nome e com quem desejar falar.- ela repetiu mais três vezes antes que eu o fechasse.
- O que eu faço agora?- pego o meu celular e ligo para o Rick mas da na caixa postal, tento mais três vezes e acontece o mesmo- Grrrrr.
A garçonete chega com o meu pedido.
- Só isso mesmo mesti... Digo mocinha??
- o que você disse?- olho-a assustada
- se é só isso mesmo, o suco ou vai querer algo para comer também??
- Só isso obrigada- observo ela sair desconfiada. Sinto um arrepio na nuca como se alguém me observasse. Dou um gole no suco deixo o dinheiro com uma gorjeta e saio, subo na moto e vou para a praia num lugar mais calma sem muita gente, me sento na areia e começar a chorar, pela minha mãe, pelo meu pai que nunca conheci, pelo Pedro que a saudade só aumenta, pela minha vida que está um caos, fico assim durante um bom tempo. Quando finalmente me a calmo pego o Treco que minha mãe me entregou espero a voz do outro lado da linha...
- Johann Kaskarof- digo apreensiva, a linha fica muda um minuto quando finalmente escuto aquela mesma voz que ouvi quando cheguei em casa.
- Melynda? Pensei que demoraria mais tempo até que você entrasse em contato- diz ele numa voz zombeteira, fico calada- Mel?? Aconteceu alguma coisa??-a voz fica nervosa- Fala alguma coisa Melynda.
- Oi...- minha voz fica embargada - sou eu a Maria, eu... Mamãe... A nossa casa foi atacada, mamãe ficou para trás para que eu pudesse fugir, eu não sei onde e nem como ela está- solto tudo de uma vez antes que começo a chorar.- ouço gritos do outro lado da linha em uma língua que desconheço.
- Marie fique onde está, um amigo da família irá busca-la e a trará para me, não se preocupe com sua mãe vou mandar o pessoal ate lá. Mas o mais importante é te tirar daí, o nome da pessoa que irá te encontrar é Vladimir, não se preocupe ele já esta a caminho...
- Mas como ele irá me achar?? - mas já não há ninguém na linha.- Estúpido...

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