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                      V4

O departamento de Polícia Estadual do Oregon pode ser eficiente na cidade grande e nas cidades conheçidas. Estão em território novo agora, uma semana procurando um fugitivo e não conseguiram nada. É quase inacreditável. Foram mais que incopetentes e nesse instante o novo chefe deles, Alex Kavannagh, está surtando e gritando para os grupos de busca.

Alice Harrisson foi levada. E como policial experiente imagino que Alex se sinta culpado. O que indiretamente é verdade, se tivessem encontrado Waller a garota estaria bem.

—Quero quarto grupos —Alex diz andando de um lado para o outro com as mãos nos quadris —Norte, Sul, Leste e Oeste.

—Não temos gente o suficiente senhor. —Um dos dele diz.

—Os meus homens estão à disposição. —O Xerife fala.

Estamos no pátio da delegacia. Um total de... 30 à 35 homens e mulheres policiais, 15 são daqui e o resto veio junto na operação. Waller tem um batalhão farejando os rastros dele e ainda está a solta.

—Com licença senhor —Ergo a mão e Alex olha pra mim impaciente —Mas não faz sentido espalhar policiais por quadrantes vagos, ninguém na comunidade alega ter visto um homem na descrição de Simon Waller por aqui então ele provavelmente não está aqui pelo centro ou nos bairros residênciais. Nessa cidade as áreas pobres ficam somente para o Leste e as áreas pouco populosas estão no Oeste então a lógica é nós enviar para esses lugares.

—São teorias—É só o que ele me diz se virando para os demais policiais—Sigam minha ordem.

—Mas senhor, a garota está correndo perigo e...

—Sawyer eu sou o comandante! —Esbraveja irritado. —Não me diga como trabalhar!

Idiota.

—Não estou dizendo, senhor. É uma sugestão.

—Dispenso.

—Sim, senhor. —Mantenho os olhos nos dele.

Alex me encara parando de andar feito um galo irritado e chega mais perto de mim.

—Lucas Sawyer. —Fala lendo meu nome no uniforme. Ele fecha os olhos soltando a respiração. —Delegado.

—Senhor.

—Desculpe pela imprudência. —Fala com uma sinceridade. Sinto o cansaço em sua voz e as olheiras sob os olhos. Os caras devem estar o comendo vivo, sei como é ser pressionado pelos superiores. —Leste e Oeste, certo?

—Sim senhor.

—Vocês ouviram —Ele aumenta a voz —Leste e Oeste, dois grandes grupos fazendo buscas nas regiões. Falem com os moradores. Casas abandonadas. Galpões, o que for. Encontre essa menina viva!  Vão, agora! Mantenham o rádio ligado, quero saber onde estão e onde não precisamos mais procurar, entendido?

—Sim senhor. —O coro de policiais gritam em uníssono começando a se dispersar para a saída.

Alex mantém o olhar em mim e entendo que tenho que ficar. Vejo o Xerife de relance me observando desconfiado. Ele não ouviu que sou o delegado, Alex falou em voz baixa mas o Anderson está atento agora.

—Como está sendo aqui? —Alex me pergunta cruzando os braços.

—Bom, senhor.

Ele revira os olhos.

—Você manda no departamento.

—Não mais Alex, fui mandado pra cá então tecnicamente meus parceiros são seus agora.

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