**SARA**
Acordei e o Daniel já não estava, senti um alívio e uma lágrima me escapou, eu a limpei e fui preparar o café da manhã, coloquei um sorriso no rosto, afinal ela não precisava saber o que tinha acontecido, não nesse estado de saúde. A acordei com um beijo na testa e a mesma sorriu, depois eu dei um banho nela e fiz uma massagem em seus pés inchados. Logo depois de deixá-la assistindo, fui me arrumar, a mamãe percebeu a marca em meu rosto mas graças a Deus ela não encucou de saber mais sobre isso.
Tomei um banho e me cuidei, tentei arrumar a marca com maquiagem e acho que ajudou um pouco, logo estava saindo para o trabalho, acho que meus pacientes perceberam minha cara de "não quero papo" pois ninguém puxou assunto só tive que relevar com a Bete por que ela era encantadora de mais pra desapontá-la .
-Oi minha boneca!
-Oi Lalinha- seu apelido me fez rir- vamos tirar o sangue que nem ontem?
-Não minha princesa- toquei seu braço vendo como estava sua veia, e realmente estava mais descansada, não ia machucar tanto como das últimas vezes- vamos fazer assim, eu tiro o sangue como antes e hoje te dou um pirulito da sala da Deize, o que acha?
-Claroo!- Seu sorriso me fez rir.
Fiz todas as minhas obrigações e quando estava perto do meu horário o meu celular toca, era a mamãe eu não acredito, senti todas as minhas artérias entupidas e eu fiquei parada por dois minutos só depois percebi que tinha que correr, saí dali com o jaleco e tudo, depois de uns 20 minutos o táxi me deixou em casa e o mandei esperar, entrei com o coração quase parando e a vi, tendo um infarto e convulsão, corri e a ajudei a ficar de lado, e chamei a emergência do hospital, coloquei uma colher de pau em sua boca, para que ela não se machucasse e minutos depois os paramédicos chegaram a levando.
Segui para dentro do táxi e voltei para o hospital quase esquecendo de pagar a corrida, assim que cheguei eles não me deixaram entrar, eu sabia que no meu estado eu só pioraria a situação, mas eu queria vê-la eu precisava, tudo menos infarto, eu não suportaria perdê-la.
Já tinham se passado horas e o meu celular tocou Daniel já estava chegando, nem me importei com ele, estava a ponto de roer as unhas dos pés pois as da mão já não existia mais.
Depois de um século vejo o Natan, ele era o neuro do hospital, corri para seus braços chorando e ele me acalmou e depois de uns minutos sentamos e ele começou a me contar.
-Olha Sara, você sabe que te considero muito não é?
-Me diz logo o que houve?
-A sua mãe está viva..- o interrompi
-Eu sabia, ela não me deixaria assim, não a Madalena que eu conheço.
-Deixa eu terminar de falar Sara- seu rosto era impassível- a sua mãe também nõ está realmente viva.
Senti meu coração desacelerar, como assim viva e não viva?
-A sua mãe está viva, apenas porque colocamos todos os aparelhos nela, seu cérebro não funciona mais, é como se ela estivesse no modo vegetativo, você sabe, ela teve um AVC (acidente vascular cerebral), o cérebro não aguentou..
Suas palavras me cortaram feito bisturi, eu fiquei um tempo tentando absorver tudo o que ele falou
-E..eu quero vê-la
E então ele me levou, fui chorando o caminho todo, eu já não sabia mais se tomava apenas uma anestésico ou um tarja preta.
Ela estava deitada em um vestido verde de hospital e logo depois de observá-la, eu sentei ao seu lado e chorei por tudo, chorei pelo Daniel ter me batido, chorei por não ter cuidado bem dela, chorei por nem sei o que, o que seria de mim? Chorei tanto que fiquei com dor de cabeça, mas ainda sim não sairia de lá, não agora.
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O valor de um sorriso (COMPLETO) EM REVISÃO
RomancePLÁGIO É CRIME Obra registrada na BN. Ele era diferente, não bebia ou fumava, mas agora, eu não o reconheço, e o pior agora não é só a minha vida que está em perigo. Eu não era feliz, mas ele me tratava bem, mas de uns anos pra cá, ele começou a m...