**LORENZO**
Passou algumas horas e a Polly foi embora, passei na suíte do papai mais ele ainda não estava, umas duas horas depois alguém bate a minha porta, era Wagner com os papéis da tal menina, agradeci pelo empenho e ele saiu, mas quando eu ia ler, o telefone toca
-Sim?
-Senhor Lorenzo?
-Sim!
-O seu pai está aqui no hospital, e o seu, era o único número que tinha com ele.
-Qual hospital?
-Tessaloni.
-Chego em alguns minutos.
Meu pai no hospital? O que aconteceu? Por isso eu não o vi ontem, meu Deus. Acho que estava voando pois cheguei em menos de 10 minutos, deixei meu conversível na frente sem me preocupar com multas, e fui em direção a recepção
-Sou Lorenzo Lambertini e quero saber o quarto do Lauro Lambertini.
-O senhor é parente?
Ela é surda?
-Acho que você não ouviu os sobrenomes, então se ainda quiser continuar trabalhando em algum lugar, exijo que me diga agora!
Ela me olhou com o medo visível em seu rosto, mas eu não estava brincando com ela
-Du..du.. duzentos e vinte.
Nem agradeci, simplesmente sai a procura do meu pai, encontrei ele dormindo na cama e fui atrás de um médico que ao saber quem eu era me fez sua primeira opção, inteligente
-Sr.Lambertini já visitou o seu pai?
- O que houve com ele?
- Ele teve uma parada cardiorrespiratória, e digo mais, se a mulher que aplicou a adrenalina nele, não estivesse lá, o sr não teria mais o seu Lauro pra chamar de pai.
Aquelas palavras foram duras, não ter mais o meu pai, e a mulher que o salvou?
- Onde está a mulher? Preciso agradecer a ela.
- Não sabemos quem é, ela se identificou com um dos médicos, apenas sendo cardiologista, e digo mais, não é qualquer um, que para assim e da uma ajuda a um estranho, seja quem for essa mulher, ela é divina. O único erro do técnico de enfermagem foi não ter pego o CRM. Me perdoe.
Agradeci ao médico e fiquei com o meu pai, acho que dormi pois acordei morrendo de dor nas costas, ele ainda dormia, o médico disse que ele teria alta pela manhã, e que era pra seguir sua rotina, com exceção apenas de andar sozinho, e que fosse acompanhado por um cardiologista pra saber mais sobre a hipertensão
Fui pegar um café e quando voltei o papai estava acordando
- Hey seu Lauro.
- Filho cadê ela?
- Ela quem pai?
- A moça que estava comigo, ela tinha o olho claro.
- Era uma cardiologista papai, ela já está em casa- não queria preocupa-lo dizendo que ninguém sabe quem é a mulher - descanse pai, amanhã vamos pra casa e o sr repousará.
- Você é louco se acha que vou ficar em casa.
- Então vamos pra umas entrevistas amanhã no Salazar, nada de muito estresse.
Ele concordou, e por um minuto me veio ela a cabeça, será que amanhã eu vou vê-la?
E foi com esse pensamento que adormeci no pequeno sofá de acompanhante. Hoje eu não vou me estressar por comodidade.
**
Acordei com uma baita dor nas costas, mas o que me preocupou foi o meu pai que não estava na cama, quando eu me levanto preocupado ele sai do banheiro com seu terno.
-Bom dia bela adormecida!
Diz e logo percebo que o velho Lauro de sempre está de volta.
- O senhor já recebeu alta?
- Faz umas três horas, já comi e já tomei banho, ou seja estou mais limpo que você filho.
- Ah pai, isso nem é hora, pai, será que eu posso te contar uma coisa enquanto vamos pro hotel?
- Que pergunta, é claro que pode.
- Mais o sr não pode rir de mim.
Digo mesmo sabendo que ele vai rir, mais tenho que falar com alguém e o Paco está longe.
- Qual é Lorenzo, eu sou o seu pai, desembuxa.
E fomos pro carro, ele estava dirigindo e então eu comecei a falar.
- Bom, tudo começou na segunda noite em que estávamos aqui, eu fui ver a Polly e...- ele me interrompe.
- Se for falar das suas raparigas eu não quero saber.
- Pai, posso terminar? Antes que eu perca a coragem?
- Continue- ele diz e eu reviro os olhos.
- Bom, eu estava indo no hotel da Polly e encontrei uma mulher, ela era pequena e tinha o cabelo vermelho, e tava toda de branco, no começo eu pensei que ela era do candomblé pai- ele começou a rir e eu o ignorei e continuei a falar - ela estava falando com os próprios cabelos pai, daí entramos no elevador e ela era toda lerda, caiu no chão, daí levantou e deixou os papéis que estava lendo no chão, ai pai, ela levantou o pé pra ficar grande do meu tamanho, mas ela era muito pequena, ela mandou eu pegar os papéis dela, e eu peguei, mas isso não é a pior parte pai.
- Como assim? Você pegou o papel da mulher por que ela mandou? Wool!
- Daí eu fui ver a Polly, mas tinha que estacionar, e quando eu fui pegar o elevador pra ir no estacionamento, ela estava lá, com uma camisola pequena, que deixava ela linda- meu pai me encarou no sinal vermelho - e quando eu fui beijá-la ela começou a chorar e pediu pra sair. Eu não sei o que eu fiz pai, mais eu não consigo tirar ela da cabeça, quando peguei os seus papéis vi que tinha o nome Salazar, por isso pedi pra fazerem uma entrevista com todas as mulheres que pediram emprego lá nas últimas semanas.
- Cadê o meu filho e o que fizeram com ele?
- Pai,por favor.
- Filho, você não sabe nem o nome dela?
- Não, mais jaja descubro, o Wagner teve um trabalho extra, ele descobriu tudo que pôde dela, mas não consegui abrir, vim logo pra cá.
- É a primeira vez desde à Carolina que vejo você falando assim de uma garota.
- Não é nada pai, é só curiosidade, ninguém nunca me tratou da forma que ela me tratou.
- Sabe filho, a sua mãe, ela me deu um tapa na cara a primeira vez que a beijei.
Rimos e chegamos ao hotel, tomei um banho e me arrumei, passei no papai e seguimos para o Salazar, estava suando frio.
- Acha que vai encontrá-la ?
- Acho que sim pai.
Chegamos e foi um total desgosto, já estava perdendo as esperanças, nenhuma delas era ela, mas quando eu ia desistir, aparece alguém na porta, que fica pedrificada ao olhar pra nós, o papai também ficou surpreso, não entendi muito bem, apenas sabia, era ela, achei, achei você maluca.
Revisado
VOCÊ ESTÁ LENDO
O valor de um sorriso (COMPLETO) EM REVISÃO
RomancePLÁGIO É CRIME Obra registrada na BN. Ele era diferente, não bebia ou fumava, mas agora, eu não o reconheço, e o pior agora não é só a minha vida que está em perigo. Eu não era feliz, mas ele me tratava bem, mas de uns anos pra cá, ele começou a m...