Capítulo 11

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**LORENZO**

Passou algumas horas e a Polly foi embora, passei na suíte do papai mais ele ainda não estava, umas duas horas depois alguém bate a minha porta, era Wagner com os papéis da tal menina, agradeci pelo empenho e ele saiu, mas quando eu ia ler, o telefone toca

-Sim?

-Senhor Lorenzo?

-Sim!

-O seu pai está aqui no hospital, e o seu, era o único número que tinha com ele.

-Qual hospital?

-Tessaloni.

-Chego em alguns minutos.

Meu pai no hospital? O que aconteceu? Por isso eu não o vi ontem, meu Deus. Acho que estava voando pois cheguei em menos de 10 minutos, deixei meu conversível na frente sem me preocupar com multas, e fui em direção a recepção

-Sou Lorenzo Lambertini e quero saber o quarto do Lauro Lambertini.

-O senhor é parente?

Ela é surda?

-Acho que você não ouviu os sobrenomes, então se ainda quiser continuar trabalhando em algum lugar, exijo que me diga agora!

Ela me olhou com o medo visível em seu rosto, mas eu não estava brincando com ela

-Du..du.. duzentos e vinte.

Nem agradeci, simplesmente sai a procura do meu pai, encontrei ele dormindo na cama e fui atrás de um médico que ao saber quem eu era me fez sua primeira opção, inteligente

-Sr.Lambertini já visitou o seu pai?

- O que houve com ele?

- Ele teve uma parada cardiorrespiratória, e digo mais, se a mulher que aplicou a adrenalina nele, não estivesse lá, o sr não teria mais o seu Lauro pra chamar de pai.

Aquelas palavras foram duras, não ter mais o meu pai, e a mulher que o salvou?

- Onde está a mulher? Preciso agradecer a ela.

- Não sabemos quem é, ela se identificou com um dos médicos, apenas sendo cardiologista, e digo mais, não é qualquer um, que para assim e da uma ajuda a um estranho, seja quem for essa mulher, ela é divina. O único erro do técnico de enfermagem foi não ter pego o  CRM. Me perdoe.

Agradeci ao médico e fiquei com o meu pai, acho que dormi pois acordei morrendo de dor nas costas, ele ainda dormia, o médico disse que ele teria alta pela manhã, e que era pra seguir sua rotina, com exceção apenas de andar sozinho, e que fosse acompanhado por um cardiologista pra saber mais sobre a hipertensão

Fui pegar um café e quando voltei o papai estava acordando

- Hey seu Lauro.

- Filho cadê ela?

- Ela quem pai?

- A moça que estava comigo, ela tinha o olho claro.

- Era uma cardiologista papai, ela já está em casa- não queria preocupa-lo dizendo que ninguém sabe quem é a mulher - descanse pai, amanhã vamos pra casa e o sr repousará.

- Você é louco se acha que vou ficar em casa.

- Então vamos pra umas entrevistas amanhã no Salazar, nada de muito estresse.

Ele concordou, e por um minuto me veio ela a cabeça, será que amanhã eu vou vê-la?

E foi com esse pensamento que adormeci no pequeno sofá de acompanhante. Hoje eu não vou me estressar por comodidade.

**

Acordei com uma baita dor nas costas, mas o que me preocupou foi o meu pai que não estava na cama, quando eu me levanto preocupado ele sai do banheiro com seu terno.

-Bom dia bela adormecida!

Diz e logo percebo que o velho Lauro de sempre está de volta.

- O senhor já recebeu alta?

- Faz umas três horas, já comi e já tomei banho, ou seja estou mais limpo que você filho.

- Ah pai, isso nem é hora, pai, será que eu posso te contar uma coisa enquanto vamos pro hotel?

- Que pergunta, é claro que pode.

- Mais o sr não pode rir de mim.

Digo mesmo sabendo que ele vai rir, mais tenho que falar com alguém e o Paco está longe.

- Qual é Lorenzo, eu sou o seu pai, desembuxa.

E fomos pro carro, ele estava dirigindo e então eu comecei a falar.

- Bom, tudo começou na segunda noite em que estávamos aqui, eu fui ver a Polly e...- ele me interrompe.

- Se for falar das suas raparigas eu não quero saber.

- Pai, posso terminar? Antes que eu perca a coragem?

- Continue- ele diz e eu reviro os olhos.

- Bom, eu estava indo no hotel da Polly e encontrei uma mulher, ela era pequena e tinha o cabelo vermelho, e tava toda de branco, no começo eu pensei que ela era do candomblé pai- ele começou a rir e eu o ignorei e continuei a falar - ela estava falando com os próprios cabelos pai, daí entramos no elevador e ela era toda lerda, caiu no chão, daí levantou e deixou os papéis que estava lendo no chão, ai pai, ela levantou o pé pra ficar grande do meu tamanho, mas ela era muito pequena, ela mandou eu pegar os papéis dela, e eu peguei, mas isso não é a pior parte pai.

- Como assim? Você pegou o papel da mulher por que ela mandou? Wool!

- Daí eu fui ver a Polly, mas tinha que estacionar, e quando eu fui pegar o elevador pra ir no estacionamento, ela estava lá, com uma camisola pequena, que deixava ela linda- meu pai me encarou no sinal vermelho - e quando eu fui beijá-la ela começou a chorar e pediu pra sair. Eu não sei o que eu fiz pai, mais eu não consigo tirar ela da cabeça, quando peguei os seus papéis vi que tinha o nome Salazar, por isso pedi pra fazerem uma entrevista com todas as mulheres que pediram emprego lá nas últimas semanas.

- Cadê o meu filho e o que fizeram com ele?

- Pai,por favor.

- Filho, você não sabe nem o nome dela?

- Não, mais jaja descubro, o Wagner teve um trabalho extra, ele descobriu tudo que pôde dela, mas não consegui abrir, vim logo pra cá.

- É a primeira vez desde à Carolina que vejo você falando assim de uma garota.

- Não é nada pai, é só curiosidade, ninguém nunca me tratou da forma que ela me tratou.

- Sabe filho, a sua mãe, ela me deu um tapa na cara a primeira vez que a beijei.

Rimos e chegamos ao hotel, tomei um banho e me arrumei, passei no papai e seguimos para o Salazar, estava suando frio.

- Acha que vai encontrá-la ?

- Acho que sim pai.

Chegamos e foi um total desgosto, já estava perdendo as esperanças, nenhuma delas era ela, mas quando eu ia desistir, aparece alguém na porta, que fica pedrificada ao olhar pra nós, o papai também ficou surpreso, não entendi muito bem, apenas sabia, era ela, achei, achei você maluca.

Revisado

O valor de um sorriso (COMPLETO) EM REVISÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora