What if?

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NOTA DA AUTORA: Lembra quando eu disse que Meine não teria uma sequência e que às vezes ia para frente e voltava na linha do tempo? Pois é. Esse é um dos contos que não tem especificamente um espaço na linha do tempo. Espero que vocês gostem. 

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- Elena, você está bem? - Sven bateu na porta do banheiro preocupado. Já era o segundo dia que eu acordava vomitando. E no resto do dia, se não estava no banheiro, estava enjoada. Nem se quer havia conseguido ir trabalhar. - Você deveria ir no médico, liebe.

Eu odiava médico. Tinha pavor só de pensar em entrar em um consultório gelado. Sentir as mãos de um completo estranho me examinando. E se tivesse que fazer algum exame de sangue, piorava. Era apenas uma virose, eu tinha certeza.

Sai do banheiro após escovar dente. Ainda estava meio verde, mas os olhos azuis de Sven sempre me acalmava.

- Tem certeza que você está bem?

Aquela não era uma pergunta sobre meu estado de saúde. Ele teria que viajar para um jogo fora de Dortmund em algumas horas. Passaria os próximos dois dias com o time, e apesar de nos falarmos pelo celular, nunca era a mesma coisa.

- Tenho. Qualquer coisa eu ligo para alguma das meninas. Vou ficar bem.

O que era verdade. Já tinha combinado com Harriet que ela dormiria aqui em casa enquanto eles estivessem longe. Não queria preocupar Sven, mas ao mesmo tempo que eu odiava ir ao médico, eu também odiava passar mal sozinha.

Ele me olhou preocupado e me beijou, antes de voltar para o quarto e buscar sua mala.

- Qualquer coisa você me liga que eu volto correndo. Não me importo de perder o jogo.

- Vai logo se não você vai se atrasar.

Ele já estava quase na porta, mas voltou.

- Eu te amo.

- Também te amo, mas eu gosto mais de você vivo e se não for logo, Thomas Tuchel não vai me devolver você inteiro.

Voltei para o quarto e, confortavelmente na minha cama, liguei a Netflix.

Eu tinha pegado no sono. Acordei com meu celular tocando sem parar. Sai correndo pelo apartamento a fora até achar o aparelho em cima da bancada da cozinha.

- Alô?

-Elena? Finalmente! Abre a porta porque estamos há meia hora tocando a campainha e você não atende.

Estamos? Quem mais ela tinha trazido?

Abri a porta da frente com medo de quem esperar. Estava com as minhas calças surradas e uma camiseta da Warner Bros. Minha roupa oficial de ficar em casa. Harriet Bürki sorriu ao finalmente me ver. Ela trazia uma sacola de papel e uma Amelie Kozlowski, namorada de Lukasz Piszczek, timidamente atrás.

- Convenci a Amelie a vir comigo. Espero que não tenha problema!

- Claro que não.

Dei espaço para as duas entrarem no apartamento. Não poderia chamar Amelie de amiga, mas éramos mais que conhecidas. Já havíamos sentado juntas algumas vezes da área vip do Signal Iduna park.

Harriet, como sempre, foi se sentindo em casa, mexendo na minha cozinha e começando a arrumar o que quer que seja que ela tinha trazido naquela sacola. Provavelmente alguma coisa de comer da qual manteria distância. Eu me sentei no sofá e Amelie me seguiu.

Meine | Sven BenderOnde histórias criam vida. Descubra agora