O gêmeo do meu melhor amigo

#5

Ele termina com essa distância fazendo nossos lábios se tocarem, de imediato fico sem reação, mas quando ele encosta sua língua pedindo passagem eu libero.

Seu beijo é quente e doce ao mesmo tempo, ele me empurra fazendo com que eu me encoste novamente na cadeira. Ele coloca suas mãos na minha cintura enquanto que eu coloco meus braços em volta do seu pescoço, fazendo com que ele ficasse em cima de mim. Ficamos algum tempo se beijando assim até que ele começa a subir com a mão por baixo da minha blusa e eu paro.

- Não - sussurro, quase sem fôlego.

- Por que? - ele para de me beijar - o que houve?

- Não é certo...

Ele se levanta um pouco irritadinho.
- O que não é certo? A gente ficar? Ou fazer algo mais? - ele começa a estralar os dedos, coisa que só faz quando está chateado - Seria errado se fosse com meu irmão, já que você se acha a irmãzinha dele.

- E você é o irmão dele. - me levanto e ele vem até mim.

- Mas não somos tão próximos, e eu te acho linda. E desde alguns dias eu tenho reparado mais em você. E te quero.

- Reparado em mim? - dou risada - você tem tantas garotas pra ficar nas festas que você vai.

- Mas como eu falei, eu quero você, nos últimos dias eu fiquei imaginando coisas quando estava com esses shortinhos e biquínis.

- Imaginando? - olho pra ele séria - Chris... você não tem levado meninas pra cama não? - falo ironicamente.

- Já levei algumas - ele pega na minha mão e me observa um pouco antes de me puxar para entrar em casa.

Subimos a escada e ele me leva até a porta do meu quarto e diz.
- Mas nenhuma me deixou do jeito que você me deixa só por me olhar.

- E-eu não sei...

- Eu não vou deixar você, vou correr atrás por que gosto de ti. Mas, se me falar agora que não quer nada, que não poderia pensar na gente... Eu te deixo.

Fico sem saber o que falar, eu gostei do beijo e me senti bem em seus braços, mas não sei se seria certo, ainda mais com Callum sendo seu irmão e meu melhor amigo. A única coisa que consigo fazer é abaixar a cabeça e me virar para a porta.

- Eu preciso dormir - é só o que consigo falar. Começo a abrir a porta e ele me puxa para sí me dando um selinho.

- Já que não me respondeu, pense no que eu falei. - ele agora me da um beijo na testa e entra no seu quarto que é em frente ao meu.

Quando ele fecha a porta entro no meu quarto também. E me deito, mas não consigo dormir e fico virando de um lado pro outro na cama.

Percebendo que não consigo dormir pego um papel e escrevo: Callum, sai cedo pois precisava resolver umas coisas. Depois nos falamos.

Volto a olhar o armário e pego qualquer roupa minha dali e a visto. Coloco tudo dentro de minha mochila e saio do quarto. Vou até a porta de Callum e coloco o papel por debaixo desta. Desço as escadas na ponta do pé, pois ainda são 3 horas da manhã, e consigo sair da casa deles.

Ando alguns quarteirões até a praia já que é perto e é onde gosto de ficar quando preciso pensar. Tiro minha sandália e sinto a areia nos meus pés, ando um pouco até resolver deitar e olhar as estrelas. Sem perceber acabo dormindo.