Acordo-me, e Jack está cuidando de mim, como sempre.
- O que aconteceu? – Pergunto-o.
- Eu que pergunto. – Ele me olha sem entender.
- Precisava de um ar... – Sou obrigada a mentir, talvez tudo aquilo tivesse sido um sonho.
- E desmaiou de novo? – Olha para mim, passando a mão em meus cabelos – Você está bem?
- Sim, estou. Só não sei o que aconteceu... – Levanto-me – Desculpe-me te preocupar.
- Não tem problema... Venha – Pega em minha mão como e me guia para a cozinha.
Deparo-me com a mesa cheia de frutas e cereais, o café da manhã está preparado, a mesa está linda.
- Feliz aniversário. – Ele me dá um beijo na testa. Eu puxo-o e dou-lhe um beijo em seus lábios macios e quentes.
Ele está preparando um cappuccino para ele, sou muito feliz por tê-lo como namorado, nossa história é longa e complicada... Ele bebia muito, usava drogas, era um garoto que não tinha rumo, mas depois que disse algumas coisas para ele, ele abriu seus olhos e acordou para a vida. Lembro como se fosse hoje, naquele dia ele não havia bebido, estava são. Disse-lhe que se ele não mudasse por ele, que eu não ficaria com ele simplesmente por ele ser um completo idiota e mimado. E depois disso ele quis mudar, não por mim completamente, mas por nós. Depois que meus pais morreram, entrei em uma depressão.
Enquanto ele faz o preparo de seu cappuccino, olho para meu braço, onde fui mordida. E fico espantada.
- O quê? – Estou espantada.
- O que foi Mia? – ele vira para mim.
- Não é nada... – Volto e olho para meu braço – A mordida não está aqui. – Digo baixinho. Estou boquiaberta. Como ela desapareceu assim?
Termino de tomar o café da manhã.
- Vou tomar uma ducha. – Uma desculpa. – Poderíamos tomar um banho junto não é mesmo? – Diz isso soltando um sorrisinho de lado e me dando um beijo, e me prensando na parede.
- Não. – Ele me olha arregalando os olhos. – Digo, não... Estou precisando tomar uma ducha sozinha, preciso me limpar.
- Ok então. – Ele me olha, procura em volta alguma desculpa para fazer. – Enquanto você toma uma ducha, pegarei algumas lenhas lá fora então.
Confirmo com a cabeça e vou direto para meu antigo quarto, fecho a porta, pego meu notebook e vou pesquisar. Encontro várias páginas sobre lobisomens e vampiros e não entendo nada.
"A mordida de um lobisomem ou vampiro podem transformar humanos na mesma espécie, mas quando a espécie já é transformada há uma cicatrização de suas feridas em instantes".
"Isso é bobeira, não pode ser real" penso comigo mesma.
- É tudo real Srta. Lee. – Uma voz sarcástica sai da janela de meu quarto. É a mesma voz de ontem à noite.
- Você de novo? – Grito com ele, e espantada pego minha iluminaria do canto da minha cama e jogo-a na janela na tentativa de acertá-lo, e não acerto nele. – O que quer comigo, já não basta matar meus pais?
Aquela pergunta me doeu bem lá no fundo, meus pais foram assassinados a sangue frio, na minha frente, e não pude fazer nada, nem se quer soltar um grito pedindo ajuda, eu estava completamente paralisada.
- Vim-lhe contar o que quer saber. – Dá uma pausa, e prossegue – Mas se não quiser, vou-me embora sem problemas, Srta. Loba.
- Loba? – Estou com a testa franzida, não estou entendendo nada daquilo. – O que você está dizendo?
- Oh não! – ele está sendo irônico – Seus pais não te contaram? Ah! Lembrei, eles não tiveram a coragem de transformá-la na criatura que você é.
- Isso tudo é só um sonho! Saia da minha cabeça seu monstro! – Grito com ele, mas na tentativa saí um rosnado.
Não entendi aquilo, não estou entendendo nada.
- Acredita em mim agora? – Ele tenta entrar, mas é impedido por algo, como se tivesse uma parede invisível. – Ah é, posso entrar?
- Porque eu deveria deixá-lo entrar? – Estou com uma raiva que não tem descrição.
- Olha garota, me poupe, nos poupe isso tudo é uma chatice. – Ele olha para mim, – E estou cansando. Não vai querer ver o que acontece se eu cansar. Ou vai?
- Não tenho medo de você! – Grito com ele.
- Pois deveria. – Um risinho sarcástico. – Sim, ou não?
Não deveria deixá-lo entrar, ele matou meus pais, mas preciso de respostas, e ele deve ser o único que pode me contar.
- Pode.
- Obrigado. – Diz entrando, e sentando se na poltrona do meu quarto.
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Ele me conta um pouco das coisas que queria saber. Mas não tudo, pois Jack está batendo na porta do quarto loucamente, quando olho, ele já havia sumido.
- Porque trancou a porta? – Ele me olha como se eu estivesse escondendo algo.
- É o costume daqui. Desculpe. – Percebo, e ele não caiu muito naquilo.
Visto minha roupa e vamos à lagoa do chalé. Eu adorava pescar aqui com meus pais.
- Acho que deveria ir ao hospital novamente. – Ele me olha, está preocupado comigo, posso ver em seus olhos.
- Eu estou bem, eu já disse. – Falo tentando ficar calma.
- Dá última vez que disse que estava bem você desmaiou porra! – Ele eleva o tom de voz.
Agora ele está bravo e preocupado, sei disso, pois é muito raro ele xingar. Levanto-me de lá, e volto-me para dentro de casa.
- Aonde você vai? – Ele diz gritando comigo. – Mia!
Não o respondo, vou em direção do quarto e pego uma mala e vou jogando minhas roupas tudo dentro dela.
- Mia!
- O que é porra? – Olho para ele, ele está com os olhos cheios de vermelhos, e sem perceber grito com ele. – Eu vou embora, não vou ficar aqui! Estou cansada disso! Eu estou bem, eu já disse! Se você quer tanto que eu vou ao hospital, então eu vou! – Começo a falar mais alto. – Isso vai fazer você parar de me encher a paciência?
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UM AMOR PROIBIDO ( REVISANDO)
Novela JuvenilJack era um garoto "beberrão e pegador" não ligava para nada; e Mia uma garota que esteve presente no assassinato de seus pais, não podendo fazer nada, nem se quer pedir ajuda. Agora eles são um casal. Mas Mia descobre algo que jamais imaginou que a...