CAPÍTULO 6 - O GRANDE DIA

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Acordo-me, e Jack está cuidando de mim, como sempre.

- O que aconteceu? – Pergunto-o.

- Eu que pergunto. – Ele me olha sem entender.

- Precisava de um ar... – Sou obrigada a mentir, talvez tudo aquilo tivesse sido um sonho.

- E desmaiou de novo? – Olha para mim, passando a mão em meus cabelos – Você está bem?

- Sim, estou. Só não sei o que aconteceu... – Levanto-me – Desculpe-me te preocupar.

- Não tem problema... Venha – Pega em minha mão como e me guia para a cozinha.

Deparo-me com a mesa cheia de frutas e cereais, o café da manhã está preparado, a mesa está linda.

- Feliz aniversário. – Ele me dá um beijo na testa. Eu puxo-o e dou-lhe um beijo em seus lábios macios e quentes.

Ele está preparando um cappuccino para ele, sou muito feliz por tê-lo como namorado, nossa história é longa e complicada... Ele bebia muito, usava drogas, era um garoto que não tinha rumo, mas depois que disse algumas coisas para ele, ele abriu seus olhos e acordou para a vida. Lembro como se fosse hoje, naquele dia ele não havia bebido, estava são. Disse-lhe que se ele não mudasse por ele, que eu não ficaria com ele simplesmente por ele ser um completo idiota e mimado. E depois disso ele quis mudar, não por mim completamente, mas por nós. Depois que meus pais morreram, entrei em uma depressão.

Enquanto ele faz o preparo de seu cappuccino, olho para meu braço, onde fui mordida. E fico espantada.

- O quê? – Estou espantada.

- O que foi Mia? – ele vira para mim.

- Não é nada... – Volto e olho para meu braço – A mordida não está aqui. – Digo baixinho. Estou boquiaberta. Como ela desapareceu assim?

Termino de tomar o café da manhã.

- Vou tomar uma ducha. – Uma desculpa. – Poderíamos tomar um banho junto não é mesmo? – Diz isso soltando um sorrisinho de lado e me dando um beijo, e me prensando na parede.

- Não. – Ele me olha arregalando os olhos. – Digo, não... Estou precisando tomar uma ducha sozinha, preciso me limpar.

- Ok então. – Ele me olha, procura em volta alguma desculpa para fazer. – Enquanto você toma uma ducha, pegarei algumas lenhas lá fora então.

Confirmo com a cabeça e vou direto para meu antigo quarto, fecho a porta, pego meu notebook e vou pesquisar. Encontro várias páginas sobre lobisomens e vampiros e não entendo nada.

"A mordida de um lobisomem ou vampiro podem transformar humanos na mesma espécie, mas quando a espécie já é transformada há uma cicatrização de suas feridas em instantes".

"Isso é bobeira, não pode ser real" penso comigo mesma.

- É tudo real Srta. Lee. – Uma voz sarcástica sai da janela de meu quarto. É a mesma voz de ontem à noite.

- Você de novo? – Grito com ele, e espantada pego minha iluminaria do canto da minha cama e jogo-a na janela na tentativa de acertá-lo, e não acerto nele. – O que quer comigo, já não basta matar meus pais?

Aquela pergunta me doeu bem lá no fundo, meus pais foram assassinados a sangue frio, na minha frente, e não pude fazer nada, nem se quer soltar um grito pedindo ajuda, eu estava completamente paralisada.

- Vim-lhe contar o que quer saber. – Dá uma pausa, e prossegue – Mas se não quiser, vou-me embora sem problemas, Srta. Loba.

- Loba? – Estou com a testa franzida, não estou entendendo nada daquilo. – O que você está dizendo?

- Oh não! – ele está sendo irônico – Seus pais não te contaram? Ah! Lembrei, eles não tiveram a coragem de transformá-la na criatura que você é.

- Isso tudo é só um sonho! Saia da minha cabeça seu monstro! – Grito com ele, mas na tentativa saí um rosnado.

Não entendi aquilo, não estou entendendo nada.

- Acredita em mim agora? – Ele tenta entrar, mas é impedido por algo, como se tivesse uma parede invisível. – Ah é, posso entrar?

- Porque eu deveria deixá-lo entrar? – Estou com uma raiva que não tem descrição.

- Olha garota, me poupe, nos poupe isso tudo é uma chatice. – Ele olha para mim, – E estou cansando. Não vai querer ver o que acontece se eu cansar. Ou vai?

- Não tenho medo de você! – Grito com ele.

- Pois deveria. – Um risinho sarcástico. – Sim, ou não?

Não deveria deixá-lo entrar, ele matou meus pais, mas preciso de respostas, e ele deve ser o único que pode me contar.

- Pode.

- Obrigado. – Diz entrando, e sentando se na poltrona do meu quarto.

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Ele me conta um pouco das coisas que queria saber. Mas não tudo, pois Jack está batendo na porta do quarto loucamente, quando olho, ele já havia sumido.

- Porque trancou a porta? – Ele me olha como se eu estivesse escondendo algo.

- É o costume daqui. Desculpe. – Percebo, e ele não caiu muito naquilo.

Visto minha roupa e vamos à lagoa do chalé. Eu adorava pescar aqui com meus pais.

- Acho que deveria ir ao hospital novamente. – Ele me olha, está preocupado comigo, posso ver em seus olhos.

- Eu estou bem, eu já disse. – Falo tentando ficar calma.

- Dá última vez que disse que estava bem você desmaiou porra! – Ele eleva o tom de voz.

Agora ele está bravo e preocupado, sei disso, pois é muito raro ele xingar. Levanto-me de lá, e volto-me para dentro de casa.

- Aonde você vai? – Ele diz gritando comigo. – Mia!

Não o respondo, vou em direção do quarto e pego uma mala e vou jogando minhas roupas tudo dentro dela.

- Mia!

- O que é porra? – Olho para ele, ele está com os olhos cheios de vermelhos, e sem perceber grito com ele. – Eu vou embora, não vou ficar aqui! Estou cansada disso! Eu estou bem, eu já disse! Se você quer tanto que eu vou ao hospital, então eu vou! – Começo a falar mais alto. – Isso vai fazer você parar de me encher a paciência?

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UM AMOR PROIBIDO ( REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora