CAPÍTULO 9 - SEDE DE SANGUE

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- Há dois anos, mataram minha esposa a sangue frio na minha frente, aquilo me matou por dentro. – Um suspiro cheio de tristeza, – Depois queriam matar meu filho também, eu estava paralisado, e não pude fazer nada, nem se quer pude me mover para evitar a morte dela. Era como se algo me prendesse. – Quando eles estavam subindo as escadas para ir à busca de meu filho, para matá-lo. Duas bruxas entraram pela porta, e subiram as escadas urgentemente, e libertou-me dizendo para pegar Jacob e fugisse de lá imediatamente. Fiz o que elas mandaram, mas quando fui pegá-lo, um deles me deu uma mordida, e foi assim que me tornei um lobisomem.

Acordo-me, não sei como escutei aquilo, mas de alguma forma escutei tudo o que ele disse, olho em volta para ver onde estou, estou no chalé, ele me cobriu com a coberta, me trouxe até meu quarto e estava me vigiando para ver se eu estava bem, mas ele não estava em meu quarto. Quando me sento na minha cama, ele sobe imediatamente e senta-se na minha poltrona.

O olho, ele está triste, algo o incomoda de alguma maneira.

- Fugi para outro país, mas de nada adiantou; como havia me transformado em um lobisomem, era como se houvesse um GPS em mim e eles me acharam, disseram então para que desligasse minha humanidade ou matariam meu filho. E foi o que eu fiz para impedir mais um sofrimento.

- Tudo para proteger seu filho... – O olho tentando compreendê-lo.

- E quando desliguei minha humanidade, eles mandaram-me matar várias pessoas pra provar a minha lealdade a eles. E foi o que eu fiz, matei um a um a sangue frio. Não ligava para nada e ninguém, nem mesmo para o meu filho. O abandonei quando tinha seus nove anos.

Estou boquiaberta, como um pai abandona o seu próprio filho? Mas o entendo, fez isso por amor e simplesmente jogou tudo para o ar depois.

- E foi isso que me levou a matar seu pai.

- Então você o, matou por sua crueldade? – Estou indignada com essa ação dele, mesmo sabendo que ele havia matado meus pais. – Porque fez isso? –Tento me acalmar.

- Seu pai era um lobisomem também, – estou boquiaberta com isso. Não pode ser. – ele não quis fazer parte dá alcateia e não quis transformá-la também, pois queria protegê-la, e foi assim que o matei. E sinto muito pelo o que eu fiz, estava fora de mim, depois que consegui recuperar minha humanidade, foram os piores momentos e as piores lembranças da minha vida.

- E porque você fez isso comigo? – Ainda não entendo.

- Fiz isso, pois sinto que deveria fazer algo para te proteger.

- Proteger do que? – Começo a gritar com ele.

- Deles. – ele levanta e olha para a janela, nem preciso perguntar quem, ele já responde. – Aqueles que me fizeram matar seus pais... Eles prometeram que há mataria se eu não há matasse.

- E porque não me matou? – Uma lágrima desce dos meus olhos. – Por que não evitou a dor que eu senti quando eles morreram?

- Pois vi em seu coração que o seu coração é bom. Sei que não irá virar um monstro e matar todos por aí. – ele se vira para mim, com tristeza em seus olhos, só não sei o que o incomoda. – E eles... Eles não são pessoas, são monstros.

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Minha cabeça está doendo, estou com tanta fome que mal consigo me mexer, levanto-me de pressa, e vou até a cozinha, uma tontura de repente, e tenho que segurar na parede para não cair.

- Acalme-se. – Ele me segura. – Acalme-se.

Levanto-me e olho para ele, estou com tanta fome que uma raiva me incendeia, sem perceber o jogo longe, e ele cai em cima de uma foto dos meus pais, eu e Jack, fazendo que quebre o retrato. Quando percebo o que acabei de fazer, corro para pegar aquela foto, mas era tarde demais, havia quebrado. Vejo então a foto e lembro-me de Jack e o acidente, de repente dá um aperto no peito, tinha que o ver urgentemente.

- Você não pode sair assim! – Ele grita comigo e se levanta. – Você está fora de si!

A cabeça de Joe começa a sangrar, mas não havia visto o sangue e sim sentido aquele cheiro, e então uma fome e uma raiva surpreendente, havia feito que minhas presas crescessem.

- Por favor, Mia! Deixe-me te ajudar, e depois prometo que deixo você ver ele! – Desculpe-me, você tem razão. – Ele dá uma pausa, e vai se aproximando de mim. – Mas quanto mais rápido você me deixar te ajudar, mais rápido irá vê-lo.

E quando ele se aproxima de mim, sinto uma breve queimadura em meu pescoço, e tudo rapidamente escurece.

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UM AMOR PROIBIDO ( REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora