CAPÍTULO 15 - CIRURGIA

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Acordo-me, meu pescoço está dolorido.

- Você me desacordou de novo? – Olho para ele irritada.

- Você tava descontrolada. – Olha o relógio. – Você até pulou do carro.

- Como? – Pulei do carro? Ele me olha rindo. – Ainda faltam uns vinte minutos para chegarmos a Rokenwood.

- Deixe-me ver... – Fica pensativo. – Você ficou desacordada por... Trinta e cinco minutos. Como foi o cochilo?

Começamos a rir novamente, nunca o vi fazendo piadas, isso é muito raro.

- Obrigada... – Dou-lhe um sorriso.

- Por quebrar seu pescoço? – Ele solta um sorriso. – Precisando, é só me pedir!

- Não. – Começo a rir. – Por estar me ajudando, por estar cuidando de mim... Por ser meu amigo...

- Desculpe... – Em sua voz a tristeza. – Por matar seus pais...

Eu acho que pelo simples fato de estar me ajudando a dominar isso, sem perceber já o havia perdoado. Mas não quero falar dos meus pais agora.

- Então... Quem é Ashley?

Nesse momento, ele não me olha, mas percebo que em seu rosto há alguma raiva, algum ódio escondido.

- Joe, não precisa responder se não quiser. – Olho para o vidro do carro.

- Minha ex-namorada... – Ele desvia de um buraco, e eu bato a cabeça no vidro. – Ela praticamente me usou para fazer seus jogos sujos...

Will está me ligando igual a louco, mas ignoro suas ligações. Ele manda uma mensagem, "Ele está na sala de cirurgia", Aquilo me preocupou, mas já estávamos chegando ao Hospital.

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- Pensei que nunca mais viria. – Ele me diz, olha para Joe, e de alguma forma ele pensa porque estou com aquele cara.

- Ah, esse é Joe, ele é meu... – Sou interrompida.

- Tio, sou o tio de Mia, e você quem é?- Pega na mão dele para cumprimentá-lo. – Sou o Joe.

- Will, muito prazer. – Ele volta o olhar para mim. – Então, ele ainda está lá.

- Vocês querem algum tipo de café, ou alguma coisa assim? – Joe pergunta, tenta não incomodar.

- Eu adoraria. Você quer Will? – Ele diz que não com a cabeça, e Joe sai. – Você sabe o que ouve com ele?

- Não, o que sei é que teve que levar ele para a sala de cirurgia imediatamente, ele está lá tem algumas horas... Duas eu acho.

Merda! E agora? Lembro-me do sangue, e me desespero.

- Perdeu alguma coisa? – Curioso.

- Não, é meu celular. Mas está no meu bolso. – Acho o tubo.

Joe está vindo com um pouco de sangue, posso sentir o cheiro de longe, o olho com de cara "como assim?".

- Aqui está o cappuccino preferido da minha sobrinha! – E me entrega.

- Obrigada tio. – Estou numa vontade de soltar uma gargalhada.

- O médico. – Will mostra com a cabeça. – Como ele está Doutor?

- Boa noite, bom, a cirurgia foi completada com sucesso, agora ele precisa um pouco se descansar, a cirurgia foi longa e é cansativa para qualquer um. – Uma pausa. – Já é noite e ele não poderá receber visitas, ele ficará em observação.

- Mas ele está melhor? – Pergunto.

- Sim, como eu disse, a cirurgia foi completada com sucesso. – Ele foi grosso.

Que homem sem educação, só fiz uma pergunta. Deu até vontade de arrancar a sua língua para aprender a ser mais educado.

- Então, você vai passar a noite aqui? – Will.

- Ah Will, tem como você ficar aqui? – Olho a minha roupa. – Fui buscar meu tio hoje, a viagem foi longa, ainda nem tomei uma ducha, pois vim direto para cá. – Ah, por favor, não fale que eu tenho que voltar, penso comigo. – Aí eu vou pra casa, e já volto pode ser?

Ele concorda.

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UM AMOR PROIBIDO ( REVISANDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora