Capítulo quatorze - Lagartos?

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#No capítulo anterior...

" Angel afunda a cara no meu peito e dá um espirro.

  Olho para Sam, um olhar sério.

– Vamos embora antes que alguém nos veja."

Capítulo quatorze - Lagartos?

Angel Nevaeh Winchester

  Saímos da cidade depois do que aconteceu.

  Sam está calado, parece estar muito atormentado, nem Dean está fazendo suas brincadeirinhas sem graça com ele.

  Essa é a primeira vez que eu passo mais de uma hora no carro sem dormir, já deve ser umas três horas da manhã.

– Não vai dormir, pirralha? – velhos hábitos não morrem...

  Dean está me olhando pelo retrovisor.

  Será que é esse o nome? "Retrovisor"?

Não quero! – falo cruzando os braços.

– Ok, quando estiver com sono amanhã/hoje não diga que eu não te avisei – ele diz rindo.

☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

  Acordo sendo sacudida no ombro, ao abrir meus olhos vejo Dean sorrindo abertamente.

– Boa tarde, pequena Winchester, levante e se arrume que já temos um novo caso para resolver.

  Pelo amor do papai do céu, eles não param nem por um dia?

☆☆☆☆☆☆☆☆☆

  Saímos do motel, Sam continua calado enquanto Dean canta a música de uma de suas bandas de rock favorita, sempre esqueço o nome, é muito complicado.

  Dean para de vez em quando para tirar onda da cara de Sam, que estava com re-res-ressaca. É, ressaca, apesar de eu não saber o que é isso.

  Quando eu achei que já íamos parar para comer, Dean estaciona em frente a um lugar que eu não sei reconhecer.

– Onde estamos, Dean? – eu pergunto olhando por fora da janela, enquanto Sam desce do carro.

– Isso, pequena Angel, é um convento – ele responde.

  Ok, o que é um convento?

☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

  Dean me pegou no colo e Sam foi caminhando na frente.

  É tão estranho Dean estar me tratando como irmã enquanto Sam nos ignora, é quase cômico.

  Sam bate  na enorme porta de madeira.

  Após alguns minutos de espera,  a porta é aberta por uma mulher vestida toda de preto, só com as caras e as mãos de fora.

  Será que ela vai para um funeral? Odeio funerais.

– Olá meus jovens, o que desejam? – ela pergunta com um sorriso doce.

  Dean me ajeita em seu colo.

– Olá, nós vinhemos ver as crianças – Sam fala.

  A mulher começa a sorrir abertamente.

– Oh! Adoção? Isso é ótimo, ultimamente muitos casais homoafetivos vem adotando crianças, isso é realmente ótimo – ela exclama radiante. – Imagino que a mocinha seja filha de vocês?

  Eu comecei a rir da situação, a cara de Sam é a de quem já esperava isso, mas a de Dean.

– Ah, não, acho que a sra entendeu as coisas meio errado, nós três somos irmãos – Dean explica e a mulher faz uma cara que chega perto do desapontamento, fiquei até com dó.

– Então o que querem com as crianças? – ela pergunta, mantendo um sorriso.

  Sam olha para a gente e respira fundo.

– Nós somos psicólogos e vinhemos falar com as crianças a mando da polícia federal –  Sam responde.

– E por que a polícia federal se envolveria com o orfanato? – ela pergunta.

– Ah, nós ficamos sabendo que várias crianças foram para hospícios, e todas elas moravam aqui e sonharam muito com Lagartos. Ou estou enganado? – Dean fala calmamente, hehe, agora ele pegou ela.

  Ela nos olha e alguns segundos depois da passagem para entrar.

– Entrem, senhores, creio que as crianças estejam em seu momento de estudo.

☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

  Dean finalmente me colocou no chão, agora nós andamos de mãos dadas, enquanto seguimos a freira– finalmente sei o que ela é–, Dean pediu com claras palavras que eu nunca virasse uma freira.

  Apesar de não saber o motivo, apenas aceitei o pedido, com o acordo de que mais tarde ele comprará doces para mim.

  A mulher abre mais uma das várias portas de madeira. Lá dentro uma freira está explicando alguma coisa para as crianças, eu mesma já teria saído correndo dali se fosse elas.

– Com licença, Irmã, poderia me dizer onde está Conner? Não o encontrei na biblioteca – a freira que está com a gente pergunta.

– Bem, Irmã Dolores, ele está no jardim dos fundos, uma das crianças disse que ele está falando com uma borboleta – a mulher responde.

☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

  O menino está sentado em frente a uma árvore.

  Adivinha quem recebeu a honrosa missão de falar com ele?

  Isso mesmo! A trouxa aqui!

  Por que logo eu? Bem, me disseram que crianças se entendem, mas eu não entendi o que Dean quis dizer com isso.

  Bem, que a sorte esteja sempre ao meu favor...

Continua...

A Filha de John Winchester || SPNOnde histórias criam vida. Descubra agora