Já passava das 23:00 e a Sílvia ainda não havia chegado. Por um momento meu cérebro cogitou a ideia de que ela poderia está com o Juan, mais cuidei logo de descartar, só de pensar que ele poderia esta tocando e acariciando ela já me dava nos nervos.
Sei que isso é errado, e que eu sou um homem casado, e ela é apenas a sobrinha da minha mulher, mais ultimamente, um desejo avassalador vem tomando conta do meu corpo, e as vezes me pego pensando na Sílvia, e fantasiando minhas mãos percorrendo cada centímetro do seu corpo, eu sentia um desejo tão grande e desconhecido que tratar ela mal era a única forma de me afastar dela, pois sabia que se ficassemos muito perto eu não saberia me controlar.
Estava quase dormindo, quando escutei alguém batendo forte na porta,não vou mentir no momento me assusto um pouco com isso, fiquei com a cruel dúvida se eu descia ou não, mais essa dúvida logo acabou quando escutei a voz da Sílvia gritando e batendo com mais força na porta, não passei mais nenhum minuto parado, desci as escadas correndo, e assim que abri a porta, ela correu e me abraçou
forte.Retribui o abraço, ela estava tremendo e chorando, fico imaginando o que pode ter acontecido para que ela estar assim, passo a mãos em seus cabelos, e levanto seu rosto, ela estava pálida, não tinha um pingo de cor em seu rosto, estava assustada.
- o que foi que aconteceu?- perguntei, e coloquei alguns fios do seu cabelo atrás da sua orelha.
- uns homens...- sua voz falha, e ela chora mais, e cada vez mais.
- uns homens o que Sílvia?- perguntei, levando ela até o sofá, para que ela pudesse sentar- fica aqui já venho.
- não- ela puxou minha camisa, e me abraçou mais forte, estava com muito medo.
- eu preciso fecha a porta- falei e ela me soltou, depois de fechar a porta, fui rapidamente para a cozinha, e peguei um copo d'água, entreguei o copo à ela- o que foi que esses homens fizeram, me conta.
- eu tive que vir de ônibus, por que essa hora não passa mais taxi perto da minha faculdade- ela falou ainda em soluços.
-e por que você não me ligou? eu iria te buscá- falei, e ela me abraçou.
- eu não queria te atrapalhar.
- tá, continua a me falar o que aconteceu.
- eu desci do ônibus em um lugar afastado daqui- ela dá uma pausa e bebe um pouco da água- um homem começou a me perseguir, então eu andei cada vez mais rápido- ela faz outra pausa, e enxuga algumas das lágrimas que escorria por sua face- quando eu estava passando perto do beco que fica ao lado da casa de dona Manuela, saiu outro homem do beco, e esse homem me encostou na parede...
- ele te fez algo?- pergunto, estou tão preocupado, e nervoso.
- ele me beijou à força, e estava subindo minha saia, mais eu dei um chute nele e sai correndo, tio eu juro, eu corri o mais rápido que pude- ela fala e começa a chorar novamente.
- eu sei Sílvia- falo e limpo algumas lágrimas sua, e a abraço.
- por que o senhor demorou a abri a porta? Eu estou com muito medo- ela me abraça cada vez mais forte.
-calma, você já esta segura, ninguém vai te fazer mal algum aqui, amanhã cedo iremos na delegacia.
- para que?- ela pergunta desfazendo o abraço.
-temos que presta queixa sobre isso, semana passada violentaram a filha do Marcos, aqui perto e só de pensa que isso poderia ter acontecido com você já me deixa...- ela me interrompe com um abraço.
Quando desfazemos o abraço, nossos olhos se encontram, eu sempre fico hipnotizado com aqueles pares de olhos verdes, que me levavam a desejar coisas que jamais poderia ser feitas, nem nas minhas perversas fantasias, nossas bocas estavam tão juntas, eu sentia sua respiração quente, contra os meus lábios, e nesse momento tudo que eu mais quero é beijá-la e botar pra fora todo esse desejo, que esta me corroendo.
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Traições
Fanfictioncom a morte de seus país em um acidente de carro. Sílvia se vê obrigada a morar com a irmã mais nova de sua mãe Elizabeth e com o seu atual marido Jorge. Sílvia tinha apenas 14 anos e sem a menor condições de morar sozinha após o acidente, ela é cri...