Dez

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A luz do sol me faz despertar, piscando os olhos algumas vezes até os abrir por completo. Sinto os braços da Elizabeth envolta do meu corpo. Passo as mãos em suas mechas loiras e logo em seguida olho para o relógio, ainda são 07:50, e não penso em chegar no jornal tão cedo.

Sinto a Elizabeth se mexendo um pouco, e quando percebo ela já esta abrindo seus olhos azuis, pisca algumas vezes, e logo depois os abre totalmente, olhando em seguida para mim.

- bom dia amor- ela diz, e me da um leve beijo nos lábios.

- bom dia Eli.

- que horas são?- ela pergunta, e parece esta preocupada.

- quase 08:00.

- merda!- ela exclama, e sai correndo para o banheiro.

Depois de passar uns minutos lá dentro, ela sai já arrumada, vai direto para o closet e sai de lá com uma mala. Onde ela vai?

- vou ter que viajar- ela fala, como se tivesse lido meus pensamentos- em três dias estou de volta.

- por que você não me disse isso antes?- pergunto.

- esqueci -ela se curva sobre a cama, e me beija- foi uma ótima noite, te amo.

Observo ela saindo do nosso quarto. Será que isso nunca vai acabar? Ela vai esta sempre viajando? Se nós dois tivéssemos filhos, seria dessa mesma forma? São tantas as perguntas e as duvidas que, resolvo não pensar nisso, não agora.

Levanto caminho até o banheiro, onde faço minhas higienes matinais, logo depois troco de roupa e vou pra a cozinha, tomo meu café, e logo depois vou para o jornal.

(...)

- bom dia, sr. Salinas- escuto uma voz atrás do meu corpo, enquanto eu caminhava até a minha sala, me virei e dei de cara com a srta. Reis.

- bom dia- falo e me viro para continuar meu caminho até a minha sala.

- o senhor, poderia nos ajudar?- ela pergunta, me fazendo para, me viro e ela esta com o mesmo sorriso do dia anterior.

- qual é o problema?- pergunto.

- me acompanhe por favor.

Caminhamos até uma das mesas, onde ficam a maioria dos estagiários, assim que chegamos ao local, dou de cara com a Sílvia, que estava mais linda que nunca, com um vestido azul marinho, que realçava sua silhueta, ela se virou e quando me olhou deu um sorriso de lado. Merda! Por que ela sempre me deixa duro?

- sr. Salinas?- escuto a voz da srta. Reis, me tirando dos meus pensamentos perversos com a Silvia.

-sim- repondo, ainda olhando para a Silvia.

- é que, o computador não esta saindo dessa pagina, e nós já tentamos de tudo, sera que o senhor pode nos ajudar?- srta. Reis fala, mostrando-me a tela do computador.

- pra isso, você chama um técnico em informática, não eu- falo,e sai rapidamente, quase correndo até a minha sala.

Assim que entrei na minha sala, fechei a porta com força, e pude ver do grande vidro que tem na minha sala,algumas pessoas olhando. Isso não pode continuar assim, eu não sei mais quanto tempo eu vou conseguir me controlar, e pra piorar ela ta com um vestido que é um pecado.

Assim que liguei me computador, escuto alguém batendo na minha porta, droga! Será que não tenho um minuto de paz.

- entre.

- desculpa está atrapalhando- a Silvia fala, fazendo com que a minha atenção se volte para ela- mais é que eu tenho esses rascunhos, de uma reportagem suas de antigamente- ela vem até a minha mesa- e eu tenho umas duvidas, sobre essa reportagem.

- qual?- pergunto, e ela vem até o meu lado da mesa, ela se curva para pegar um dos papeis, os quais eu não estava prestando um pingo de atenção, e quase esfrega a sua bunda na minha cara. Merda!

- essa entrevista, do ano 2000, ela nao tem o mesmo registra das outras.

- você só pode esta de brincadeira comigo né- falo sem pensar, o seu perfume já estava tomando conta de todo o ambiente, e fazendo meu pau pulsar na minhas calças.

- o que você disse?- ela pergunta me olhando.

- nada, é só que...não estou com cabeça pra isso agora, depois você tirar qualquer duvida, agora me da licencia.

- claro- ela fala, recolhendo alguns dos papeis que estavam na minha mesa, ela os ajeitar, e vai caminhando para fora da sala, mais ela para e me encara- você está  bem?

Solto um suspiro profundo, como vou dizer que não estou bem, e é culpa dela, por vir com esse vestido.

-sim, estou bem- falo, e ela volta a caminhar em direção a porta da minha sala- Silvia?- chamo e ela vira para me olhar- não venha mais com esse vestido.

- o que?- ela pergunta, confusa.

- ele não é apropriado para um jornal- completo, ela simplesmente virá-se e sai batendo a porta com força.

Volto a fazer meu trabalho, sem mais nenhum pensamento que me atrapalhasse, e foi assim por toda a manhã, até que chegou a hora do almoço.

- vamos!- Felipe fala entrando na minha sala, mais uma vez sem bater na porta antes.

- isso é tão gay- falo em voz baixa, mais pro meu azar, ele escuta.

- o que é gay?

- esse seu " vamos"- falo sorrindo baixo.

- vamos ali no canto que eu te mostro o gay, Salinas- ele fala ironicamente.

- vai pro inferno- falo irritado, fecho os meus trabalhos, e vamos saindo da sala, vejo a Silvia e a srta. Reis, nos observando.

Quando nossos olhos se cruzaram, ela desviou o olhar, e sorri para os meus pensamentos, entramos no elevador, e fomos o caminho até o restaurante quase todo falando, sobre os novos estagiários, e ainda tive que aguentar as piadinhas sem graça que o Felipe fazia sobre a Silvia e eu.

(...)

- e a Elizabeth? Vaz tempo que não há vejo?- ele pergunta, enquanto observa o menu.

- ela está ótima, e foi fazer uma viagem de negócios- falo,deixando bem claro a minha frustração.

- sempre que falamos nela, você diz que ela ta em uma viagem de negócios- ele comenta- e a Silvia?

Por que diabos, a Silvia, veio parar nessa conversa, estava tudo tão perfeito, até ele tocar no nome dela.

- por que você ta falando da Silvia?- pergunto, e o Felipe me olha como se fosse óbvio.

- sei lá, a Elizabeth não ta, e a Silvinha sim- ele é sarcástico, e solta uma leve gargalhada ao falar " Silvinha ".

- e o que tem isso?- pergunto.

- você pode tirar seu atraso com ela, você disse que não fodia a meses- ele é irônico.

- fode a noite toda com a Elizabeth, então não tem porque tirar atraso com ninguém- falo no mesmo tom que ele.

- olha, temos um progresso- ele sorrir de forma irônica- mas mesmo assim, eu não deixaria Silvinha passar em branco.

- para de chamar ela de "Silvinha", e vamos mudar de assunto que já estou ficando furioso.







Gente, to com uma nova fic  NavarroSalinas, o nome dela é " O Estranho " espero que gostem.

TraiçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora