Traições

Doze

Eu com certeza não estou batendo bem da cabeça. Mais não me arrependo do que fiz, e faria tudo novamente, porque isso que eu sinto pela Silvia já esta se apropriando do meu corpo, e já não posso mais negar essa atração, e agora que comecei, irei até o fim.

Quando sair da sala de xérox, não tinha mais ninguém nesse andar,  mais antes de entrar na minha sala, me dirigi até a mesa da Silvia que havia deixado, o seu computador ligado, o desliguei e fui até a minha sala, arrumei tudo e logo em seguida fui para casa.

(...)

Quando cheguei ao jornal no dia seguinte, não encontrei a Silvia em sua mesa, e logo me veio a mente que ela poderia não ter gostado do que fiz ontem, mais ela em nenhum momento abriu aquela boquinha para reclamar, muito pelo contrário. Então onde diabos esta ela?

Caminhei até a minha sala, e quando entrei me surpreende ao ver a Silvia sentada na minha cadeira, ela estava fabulosa, com um vestido verde, bem mais curto do que o do dia anterior. Fechei a porta, e caminhei até a minha mesa, onde coloco minha pasta, e logo depois encarei a Silvia, que continuava em silêncio, apenas me observando.

- é... O que você esta fazendo aqui?- pergunta, ainda muito nervoso com a sua presença.

- precisamos conversar, sobre o que aconteceu ontem.

- ah, claro, o que você quer conversar?- pergunto, mesmo sabendo que não iria vir nenhum elogio da parte dela, ela estava seria, me olhando com um olhar de raiva, e ao mesmo tempo devorador.

- por que você fez aquilo? Eu quero dizer, por que você me beijou, ou melhor fez aquilo tudo?- ela pergunta, enquanto levantava-se da cadeira.

- ah Silvia, não me pergunte o óbvio, ontem deixei claro a minha atração por você, e por mais que eu saiba que isso é errado, eu não posso fugir, e não adianta você fugir também, ontem pude confirmar que você também se sente atraída por mim, ou melhor eu não ouvi você reclamando- falei, e me aproximei dela, quase a encostando na parede, e pude ver sua perspiração acelerada.

- não posso mentir, eu gostei daquilo, e pra falar a verdade, eu queria até bem mais que só aquilo, eu queria repetir o que aconteceu há dois anos atrás- ela confessa, e quando termina de falar, ela morde seu lábio inferior.

- então, vamos nos entregar a isso, por favor- falo e ela parece pensativa- Silvia, deixar de fugir.

- Jorge, nós não podemos, nós estaríamos traindo muita gente, você é casado, e com a minha tia, e bom...eu tenho o Juan.

- ninguém precisa saber, só nós dois, eu não vou mais deixar você escapar- a encosto na parede.

- você está propondo que tenhamos um caso? Que eu seja a sua amante e você seja o meu?

- que seja, eu só quero que isso aconteça.

Ela não fala nada, fica em um silêncio torturador, pensativa, eu daria tudo só pra saber o que ela esta pensando. Só tenho certeza de uma coisa, não vou aceitar um não, ou coisa do tipo.

- Silvia...

Ela simplesmente me beijou, de forma doce, e apaixonada, nossas línguas brincavam  com a outra, e seus dedos brincavam com os meus fios negros, enquanto as minhas mãos a puxava para mais perto, querendo que esse beijo nunca mais acabasse, eu queria beijá-la para sempre, queria sentir o seu sabor 24 horas.

- vamos pra algum lugar- falo, entre o beijo, não queria para isso.

- pra onde?- ela diz ofegante, me afastando.

- não faço a menor ideia, só não posso fazer aqui, tudo que quero fazer com você, porque eu quero te ouvir gritar meu nome,até não ter mais voz- falo e a beijo.