Sidestory 10 - A Reunião das Lendas

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Em algum lugar no plano feérico de Naestria, os heróis que salvaram este mundo uma vez mais se reencontraram pois uma grande mudança se aproxima...

Eu vim voando com meu pai e nossa Androsfinge até uma ilha flutuante cheia de belas flores coloridas e uma grama verde e brilhante como se suas folhas fossem feitas de esmeraldas. Para nós foi fácil chegar, desde da Queda a maioria dos dragões vive aqui com elfos, fadas e ninfas, sendo que a maioria está adormecido como se esperassem algo. Ao chegarmos na ilha somos abordados por um elfo guerreiro que faz a guarda do local.

"Auto. Identifique-se!"
"Aladromos do Clã Kao. E estas são minha filha e convidada, Alura dos clãs Kao e Tomo e minha companheira Andy"

Meu pai é o Rei dos Dragões e um dragão divino, mas ele me concebeu e conheceu Andy, a androsfinge quando ainda era um aventureiro mortal. O ritual que o fez um dragão divino afetou também sua linhagem gerando o mesmo efeito em mim, me tornando uma dragão divina também.
A crença dos mortais nos tornou equivalente a deuses, nos conferindo maior poder e ultimamente uma certa tribo de goblins em particular tem me cultuado fervorosamente, mas não tive oportunidade de procurar o motivo ainda.

Seguimos pelo local em formas humanoides, muito semelhantes a nossas aparências mortais, meu pai era híbrido, tinha um corpo de Drake, um humanoide draconiano, mas com escamas grossas de Baham atrás e barbatanas de Levia na cauda e bravos, suas escamas são negras nas de trás e brancas na parte da frente do corpo. Eu por outro lado tenho um rosto humano do oriente como minha mãe, com escamas verdes, asas, membros e cauda de dragão.

Chegamos ao local com uma mesa redonda de madeira onde todos já estavam presentes, da direita para esquerda no círculo: Ariel O. Newgate, o anjo da morte, Arumi dos Awe'hê'dja, a grande espiritualista, uma villtálfar, rainha Ssvitha a gorgon ao lado de sua esposa, Kaida, a rainha eterna, uma demonesa com aparência meio orc, meio elfica; e Arion Souker, o rei de todos elfos.
Nos sentamos entre Arion e Ariel, posso sentir no ar o poder que todos reunidos possuem, mesmo suprimindo suas presenças.

"Pronto, já estamos todos aqui."

Arion que falou, ele é um elfo das cabelos claros e olhos de demônio que normalmente estão cobertos, mas agora posso os ver como dois diamantes negros no rosto claro, se vestia com uma armadura pesada e brilhante incomum para sua raça, tinha uma coroa de folhas dourada com 8 joias de diferentes cores representando as 7 raças de elfos e os meio-elfos.

"Alguma nova aventura para nós?"

Quem perguntou foi Ariel, aquele geralmente é o primeiro a se animar e também o primeiro a sair fora. Ariel está coberto dos pés a cabeça com roupas negras deixando apenas seus olhos a mostra, tem uma katana na cintura e suas asas eram como asas de corvo.

"Eu tive uma visão e Kaida também falou com um Oráculo que tiveram a mesma visão."

Logo em seguida foi Arumi, uma villtálfar(elfa selvagem) de cabelos ruivos alaranjados, suas roupas são simples e expõe muito do corpo, mas ainda assim são belas, feitas de seda decoradas com penas e ossos, além de brincos de penas e colares de dentes e madeira, ela também usa uma pintura corporal vermelha e branca.

"O sétimo dia chegou, aquela que caminha sobre os sonhos tomou para si os relâmpagos da nuvem etérea"

Eu não entendi direito, mas meu pai e os outros ficaram espantados. Não tive medo em perguntar o que significa isso.

"O que é o sétimo dia?"
"O dia em que o primeiro Asura caiu do poder. Quando alguém mortal conseguiu matar um Asura, absorvendo seu poder, seu EXP."
"Mas... Isso é impossível! Só outros Asuras conseguem matar um deles agora! Nem os deuses estão tentando mais!"

Ariel se exautou, ele é o anjo da morte assim como Azkufiel foi um dia, o anjo que quase destruiu o mundo, portanto o irrita a ideia de que Asuras se tornaram tão poderosos ao ponto de que nem mesmo ele os derrote.

"Arumi, Kaida, jamais duvidaria da veracidade de suas palavras, mas vocês tem realmente certeza disso?"
"Absoluta Dromos. Eu vim o mais rápido que pude para contar a vocês."

Kaida chamou meu pai pelo nome mortal, ela é a menos adepta a formalidades e a primeira a partir pro campo de combate sempre que necessário. Sua pele é verde e seu corpo é forte, alto e esguio, o rosto ao mesmo tempo delicado e bruto mostrando suas origens bastardas do Demonlord anterior a ela, o orc Kein, com sua mãe elfa. Usa apenas uma proteção de metal nos seios e ombros e uma tanga de pele de urso-abissal-malhado provavelmente arrancado do demônio urso com suas próprias mãos e botas de couro de minotauro.

"Certo, vamos traçar um plano então."
"Sim, um plano. Kao, você pensa nisso."
"Souker, você podia usar mais a cabeça que pensa de vez em quando."
"Não é seguro para nós e o mundo que andemos livremente por aí com o poder que temos."
"Arumi está certa, nossa presença é um perigo para os mortais, principalmente você Ariel."
"Eu? Sou só um anjo da morte, nada demais."

Ele sempre foi exibido, não é a toa que tomou o lugar de Azkufiel na primeira oportunidade de ascender aos céus. Nem mesmo a morte dos antigos deuses na Guerra de Yggard e na Morte da Magia tirou isso dele, felizmente Ariel e Arumi criaram novos deuses mais autocontrolados e Kaida manteve as coisas mais calmas no abismo, mas infelizmente neste meio tempo os Asuras aproveitaram a oportunidade para ganhar poder.

"Pessoal, nós somos todos de Rank X! Eles são apenas de Rank 99, podemos vencer eles quando quisermos se juntarmos forças, um exército e..."
"Não Kaida! Não podemos!"

É a primeira vez em centenas de anos que vejo meu pai levantar a voz para alguém, vejo as chamas brancas emanando de sua boca e apagando o ar que tocam criando um vácuo que balançou meu cabelo e puxou uma pena da asa de Andy.

"Não só não podemos vencer ainda como também não devemos lutar!"
"Mas porquê? Você é um covarde por acaso Dromos?!"
"Este X representa que somos seres acima do nível de poder máximo suportado por este mundo. Caso todos nós nos envolvamos em combate, o resultado será a destruição total de Naestria! Além disso, somos um pequeno grupo de Rank X contra milhares de Rank 99, eles nos venceriam como formigas do Deserto de Kol caçando bahamuts!"

[Nota: eu vou fazer um mapa e adicionar esses bichos citados ao bestiário, só falta ânimo pra isso.]

A discussão se prolongou por mais algum tempo, os efeitos disso provavelmente foram sentidos no plano material em algum lugar, como um terremoto ou um desequilíbrio no fluxo de mana. Por fim, cada um decidiu agir por conta própria, tenho saudades dos tempos que vi todos eles lutarem juntos...

Mais tarde, eu estava na minha forma original, deitada em uma montanha olhando as nuvens abaixo de mim com Andy ao meu lado.

"Ei"
"O que foi Andy?"
"Tem orações chegando para você, seu amuleto está brilhando"

Notei meu amuleto, um cristal no centro do meu peito, brilhando intensamente e então me concentrei e vi que era de uma tribo de goblins me pedindo para salvar um elfo envenenado. Mas tem algo errado, eles rezam para mim, mas estão falando com aquela kintra. Ela não parece uma sacerdotisa...

"Andy, tem algo errado acontecendo em Syr."
"O que foi?"
"Parece que uma tribo de goblins acredita pensa que uma Kintra sou eu!"

Eu me levanto e desço voando, não posso permitir que ela faça algo que prejudique a minha imagem para os mortais.

"Ei, espera! Seu pai mandou você não ir ao mundo mortal!"
"Meu pai não é omnisciente! Por isso pediu para você me vigiar!"

Se vários deles acreditarem em uma coisa, essa coisa acontecerá comigo, até minha personalidade pode mudar. Tenho que tomar extremo cuidado, porque são os mortais que fazem os deuses tanto quanto os deuses fazem os mortais.
Você não vai continuar com isso, a verdadeira encarnação da deusa está chegando!

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