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O relógio do meu telemóvel marca exatamente vinte e duas horas

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O relógio do meu telemóvel marca exatamente vinte e duas horas. Termino de me arranjar. Admito que caprichei imenso no meu visual para esta noite. Encaro-me no espelho e sorrio com o resultado.

Uau! Este vestido deixa-te mesmo gata Abi.

Retoco novamente o batom e concluo que finalmente estou pronta. A campainha soa por todo o apartamento. É ele. Caminho calmamente até à porta. Assim que o vejo fico abismada com o homem do outro lado. Aquela camisola com decote em V fica-lhe a matar, as calças de ganga e os sapatos de camurça pretos dão o charme final.

Ele está realmente bonito, mas o que mais me atrai nele, é o seu cheiro. Fico momentaneamente extasiada. Apercebo-me de que provoco exatamente o mesmo efeito nele.

Após um longo tempo apenas a encararmos-nos, desviamos o olhar um pouco envergonhados.

Abi tens que estar no controlo e não ficar abismada pelo homem diante de ti. Aqui a poderosa és tu.

– Uau! – Exclama ainda meio desconcertado. – Tu estás perfeita. – Acaba por interromper o silêncio com o seu típico sorriso perfeito.

– Tu também não estás nada mal. – Finjo não dar muita importância a isso.

– Obrigado. – Sorri de lado. – Vamos? – Pergunta enquanto estende o braço na minha direção.

– Vamos. – Entrelaço o meu braço no dele.

Caminhamos lado a lado até alcançarmos o carro dele. Ele abre-me a porta do seu BMW série 7 e dá-me passagem para entrar.

Que cavalheiro. Penso.

Sorrio-lhe da forma mais sexy que consigo e entro no carro.

Fazemos toda a viagem em silêncio. Não num silêncio constrangedor, apenas em silêncio.

Abro a janela do carro e sou invadida por uma maravilhosa brisa marítima. Estamos perto do mar, concluo. Fico encantada com a sensação do ar fresco tocar na minha cara. Eu adoro o mar.

Vez ou outra apanho o Cláudio a olhar-me. Eu percebeu a minha satisfação de estar ali. Tento fingir indiferença, mas é difícil quando ele acertou em cheio no meu lugar favorito.

– Acertei na escolha do lugar. – Comenta vitorioso.

– Sim. – Limito-me a responder. Ele está a dificultar cada vez mais as coisas.

Estaciona em frente a um restaurante chamado Poseidon, tal como o deus supremo do mar, segundo a mitologia grega.

Saímos do carro e entramos no restaurante. Fico completamente admirada com a decoração. Tal como o nome, a decoração do restaurante é idêntica a um templo grego. Até as pessoas que servem estão vestidas de acordo com o tema.

– Uau. – Limito-me a pronunciar. – Este lugar é fantástico. – Penso alto.

– Eu sei. É o meu restaurante preferido.

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