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Vou ou não vou

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Vou ou não vou. Estou neste impasse há vários minutos. Olho para lá novamente, mas decido que é melhor continuar onde estou.

– Cláudio? Tu por acaso estás a ouvir o que te estou a dizer?

– Desculpa. Estava distraído.

– Eu percebi isso. – Ela responde com um singelo sorriso. Embora eu nunca tenho admitido, tenho completa noção de que a Sandra sente mais do que uma amizade por mim.

– Estava apenas a reparar que a Abigail está ali atrás. – Digo inocentemente.

– Eu sei, encontrei-a na casa de banho.

– Ah. – Fico surpreendido. – Falaram alguma coisa?

– Nada demais. Apenas nos cumprimentámos. – Percebo que a Sandra percebeu o meu interesse repentino, decido que é melhor não focar mais no assunto. Não quero que ela perceba que se passa alguma coisa entre mim e a Abigail. O que se passa entre mim e a Abi? Não se passa nada entre nós. Não, é que eu não quisesse, mas ela é casmurra. – Estava a dizer que a minha prima se vai casar e gostava que me acompanhasses ao casamento dela. – Encaro-a sem expressão. – Como meu amigo claro. – Apressa-se a corrigir.

– Eu entendi. Podes contar comigo. Os amigos são para essas coisas.

Noto a desilusão no seu olhar, prefiro não dizer mais nada antes que piore a situação.

– Vamos embora? – Ela pergunta. Sem querer acabei por arruinar o clima desta noite. Porque é que as mulheres à minha volta têm de ser tão complicadas?

– Sim. – Respondo a sorrir, para tentar amenizar a situação. Pago as bebidas e deixo-a passar à minha frente.

Caminhamos pelo estacionamento à procura do meu carro quando esbarro em alguém sem querer.

– Desculpe. – Apresso-me a desculpar-me.

– Não há problema. – Conhecia esta voz em qualquer lugar, encaro-a para ter a certeza e lá está ela. Perfeita como sempre. E acompanhada.

– Abi? – Chamo-a à atenção. Ela encara-me e logo de seguida os olhos dela vão para a Sandra. Vejo que a sua expressão não é boa, então ela faz o que eu já esperava simplesmente ignora-me e continua com aquele homem ao lado dela. Olho-os ao longe com raiva. Quem ela pensa que é para me ignorar. Continuo o meu caminho até ao meu carro com bastante raiva.

– O que acabou de acontecer? – Pergunta a Sandra ofegante pela correria que fez atrás de mim.

– Nada. – Respondo brusco.

– Eu não te fiz nada para falares assim comigo.

– Desculpa. – Peço arrependido. Aquela mulher tira-me do sério.

– Agora já podes responder-me o que acabou de acontecer? – Ela pergunta cautelosa.

– Esquece o que aconteceu Sandra. – Digo agora calmo.

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