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Abro os olhos desnorteada

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Abro os olhos desnorteada. O que aconteceu? Onde estou? Olho para o lado e vejo um comprimido e um copo de água. Não penso duas vezes e tomo-o. Sinto a cabeça latejar e só torço para o comprimido fazer efeito. Olho à volta com atenção. Tenho a sensação que reconheço este quarto, porém não me consigo recordar donde.

Levanto-me com dificuldade e caminho até uma das portas daquele quarto com esperança que seja a casa de banho.

Acerto. Olho-me ao espelho e assusto-me com o meu reflexo. Estou horrível. Espera. De quem é esta camisola? Uma pontada forte na minha cabeça faz esquecer-me por completo da origem daquela estranha camisola.

Nunca mais vou beber.

Promessas. Acusa o meu subconsciente. Ignoro os meus pensamentos e lavo a cara. Desperto quando ouço vozes. Não estou sozinha.

Caminho devagar na direção das pessoas que estão a falar. Tento fazer pouco barulho.

À medida que vou caminhando vou reconhecendo a casa onde estou. Não posso acreditar! Estou na casa do Cláudio. Como é que isso foi acontecer?

Eu sei. Bebesses menos. Reviro os olhos com o meu pensamento.

Ouço uma conversa animada entre duas pessoas na cozinha. Distingo a voz do Cláudio.

– E como está a Alexandra?

– Sempre a mesma traquina. Ela também sente saudades tuas. – De quem é que eles estão a falar?

– Tenho que ir lá a casa visitá-la.

– Acho que fazes muito bem. – Percebo que acabei de ser apanhada a bisbilhotar. Uma senhora estranhamente familiar encara-me. – Não sabia que tínhamos companhia. – Ela comenta sorridente.

Merda. Agora o que faço?

– Desculpem. Eu não queria atrapalhar. – Sinto as minhas bochechas a aquecer com a vergonha que estou a sentir.

– Oh querida não atrapalhas nada. Apenas não sabia que o meu filho tinha companhia. – Ela diz enquanto lança um olhar engraçado para o Cláudio. – Vejo que seguiu os meus conselhos. – Ela comenta sorridente agora a olhar para mim.

– Desculpe? Não estou a entender.

– Ah, não te recordas? A última vez que nos vimos estavas bastante triste e zangada com a vida.

Penso um pouco no que ela me disse e percebo do que ela está a falar.

– Já me recordo foi a senhora que se sentou a consolar-me naquele jardim. – Ela sorri-me em resposta.

– Quem diria que te iria voltar a encontrar na casa do meu filho. O mundo é mesmo pequeno.

Lanço-lhe um sorriso sincero.

– Agora vou vestir-me para deixar-vos a sós. – Tento sair de forma subtil, porém fracasso.

– Não vás fica connosco para tomar o pequeno almoço. – A Sra. Teresa oferece.

PoderosaOnde histórias criam vida. Descubra agora