Play Revenge

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As unhas de Anastasia continuavam a flagelar minha pele. Não entendam como se eu estivesse desistindo de minha vida tão fácil, mas não importava o quanto da minha força eu usasse, ela era mais forte. Muito mais. Era simplesmente menos exaustivo eu simplesmente aceitar que iria morrer ali naquela praça que eu passei a maior parte de minha infância jogando comida para os cisnes do lago e comendo algodão doce.

Quando finalmente cansou de me torturar, Ana resolveu dar o xeque-mate. Envolveu meu maxilar com as duas mão, suspirou (soou como uma risada) e então o estalo do meu pescoço sendo quebrado. A dor era tão intensa que meu corpo entrou completamente em colapso, meus olhos reviravam e meus dentes rangiam. Uma de suas mão desceu para meu ombro fazendo força para baixo como se estivesse tentando separar minha cabeça de meu corpo. Talvez estivesse mesmo fazendo isso.

- Parece você ainda não cansou de brincar de vingança. – A voz brincalhona e com um sotaque estranho vinha de trás de Ana que soltou meu corpo para olhar o dono da voz. Antes que eu pudesse atingir o chão, alguém segurou minha cabeça. Eu gritei de dor e comecei a ser arrastado para longe de Anastasia.

- Você – Ana apontou para mim – Depois eu cuido de você, preciso resolver um problema antigo primeiro. – Embora minha visão estivesse completamente embaçada ainda conseguia ver Ana e o dono da voz, mas não conseguia ver sua feição. Olhei ao meu redor e havia uma mulher segurando minha cabeça, um homem arrumando meu corpo e mais duas pessoas de guarda, mas não consegui identificar o gênero. Naquele momento não sabia se gostaria de ser mortal para não sentir toda aquela dor ou agradecia Zayn por me transformar e não morrer a tempo da ajuda chegar.

As árvores acima de nós começaram a fazer barulho e delas desceram mais duas pessoas que caminharam até estarem atrás de Anastasia.

- Parece que você não anda mais sozinha, conseguiu achar pessoas que não te repudiam? - Era a voz de Zayn e junto com ela consegui ver seu corpo esguio e mais algumas pessoas. Deduzi que seria Niall, Liam e Gray. Haviam mais sombras, mas não consegui enxergar quem era.

- Digo o mesmo a você, Zayn, parece que começou a apelar até para crianças. Você não tem vergonha? - Criança? Não haviam crianças conosco... ou havia? AUSTIN! Não! Alguém tem que tirá-lo daqui. Tentei gritar, mas infelizmente nada que pudesse ser compreendido saiu de minha boca. – O que disse, querido? - Ana aproximou-se.

- Não chegue perto dele! – A mulher que segurava minha cabeça rugiu.

- Uau, Harry, parece que você conquistou muitos corações, uma pena deixar todas essas pessoas de luto, não é?- Ela aproximou a mão de minha bochecha, mas seu pulso foi segurado por Zayn. Ou Niall. Ou o dono da voz misteriosa. Eu não conseguia enxergar mais nada de tamanha dor que sentia.

- A vingança que você tem é conosco, deixe a criança em paz! – A pessoa puxou Ana para longe de meu corpo letárgico.

- Marisa, pode fazer, a coluna já está alinhada. – O homem que estava arrumando meu corpo sussurrou como se ninguém presente conseguisse ouvir o que ele dizia há quilômetros de distância. Esbocei um sorriso. Eu acho.

- Harry, aguente firme, querido. – A mulher que aparentemente se chamava Marisa sorriu um pouco e colocou meu pescoço no lugar com as mãos. Urrei de dor mais uma vez e minha visão tornou-se escura até não conseguir enxergar mais nada.


Bite MeOnde histórias criam vida. Descubra agora