Vitória não aceitava o fato de estar "perdendo" a sua filha para Caleb, então orquestrou um plano para separar de vez o casal.
A prima que Caleb tinha, que já havia causado conflito entre eles um tempo atrás, estava disposta a ajudar Vitória apenas pelo dinheiro.
Então Vitória planejou em fazer com que Clara pegasse Caleb traindo ela. Mas dessa vez não iria ser tão simples. Ela tinha que planejar tudo da melhor maneira possível. Tudo teria que parecer bem real.
Ela combinou com a prima de Caleb, que iria dopar o rapaz, e depois ela entrava em cena, se deitaria junto com ele na cama e fingiria que estava dormindo. Depois, ela daria um jeito de Clara entrar e ver com os seus próprios olhos o que supostamente estava acontecendo. Vitória tinha certeza que a traição de Caleb iria ser suficiente para fazer com que Clara fosse embora e aceitasse o emprego em uma das filias da empresa de Vitória. Talvez nem Luiza fizesse com que Clara ficasse. E se tudo desse certo, Vitória iria embora com Clara também.
Mais tarde, Vitória foi para sua casa. Ao chegar lá, tentou conversar com Clara de novo sobre o assunto da proposta que ela havia recebido para trabalhar fora.
- Eu não vou mãe! Já disse. – Falou Clara – Eu tenho planos para minha vida, e nenhum deles inclui eu ter que ir morar fora.
- Eu tenho certeza que é por causa daquele seu namoradinho. – Disse Vitória com desdém.
- É por causa dele sim. E ele tem nome! – Exclamou Clara. – Poxa mãe, será que você nunca vai aceitar? Eu queria muito que a senhor estivesse me apoiando agora, vendo os detalhes do casamento...
- Casamento? – Perguntou Vitória espantada. – Era só o que me faltava. Aquele rapaz está mexendo com a sua cabeça, só pode.
- Eu amo ele mãe. É um sentimento que talvez a senhora nunca vá entender. Agora da licença por favor, se não for para senhora falar algo de bom, eu não vou querer ouvir. – Disse Clara subindo as escadas e indo em direção ao seu quarto.
Ao entrar em seu quarto. Luiza estava la.
- Ela não vai te deixar em paz nunca Clarinha. – Disse Luiza arrumando uma mala com roupas.
- Você ouviu? – Perguntou Clara com uma voz triste.
- E como não ouvir né. Ela faz questão com que todo mundo da casa escute. - Respondeu Luiza sorrindo.
- Eu não sei mais o que fazer Lu. – Respondeu Clara. – Parece que tudo o que ela faz é em minha função. Ela não tem vida própria. O alvo dela é sempre eu e a empresa, mais nada além disso. Cuidar da minha vida é uma missão para ela, e eu já to cansada disso. Hoje eu fui ver uma casa com o Caleb. Ela é perfeita. Queria que você tivesse visto.
- Ela não vai parar até você se distanciar dela Clarinha. – Respondeu Luiza. – Fecharam negócio?
- Praticamente sim. – Respondeu Clara com alegria. – Não vejo a hora de sair dessa casa, sair da dependência dela e tomar as rédeas da minha vida. Falando em sair, que malas são essas Lu? Ta pensando em fugir é?
- Mais ou menos Clarinha. – Disse Luiza sorrindo, fazendo com que Clara fizesse uma cara de reprovação. – Eu recebi uma oferta para trabalhar temporariamente la em gramado. De primeira estancia, só vou ficar uma semana e dar uma pausa de cinco dias para cuidar da empresa daqui. Depois que as coisas ficarem mais agitadas por la, eu vou passar um tempo para supervisionar as coisas de perto. Vou pedir pra Caleb me ajudar na empresa daqui. Ele sempre foi bom com essas coisas, e eu confio muito nele. Eu ia te contar, mas aconteceu tudo muito rápido. Eu recebi a proposta ontem, e já vou embarcar hoje de noite.
- Que notícia boa Lu, parabéns! To um pouco chateada de você me deixar aqui sozinha, mas eu supero. – Disse Clara dando risada e abraçando a irmã. – Eu to muito orgulhosa de você! Segue sua vida mesmo, não faz que nem eu e fique vendo a vida dos outros passar, enquanto a sua fica estagnada.
- Quem vê pensa que você não fez nada da sua vida até agora ne. Economista, bem-sucedida e vem com esse papo de vida estagnada? Não sei aonde Clara. – Falou Luiza.
- Mas pelo menos você faz o que você gosta Lu, e não algo que a sua mãe te obrigou a fazer. – Respondeu Clara.
- Mas você ainda pode Clara. – Respondeu Luiza. – Você é nova, tem muito o que viver ainda. Se permita ser feliz, ainda mais agora que você vai se mudar com o Caleb.
- Pode ser Lu, pode ser.... – Respondeu Clara.
- Bom Clarinha, eu tenho que ir para o aeroporto. – Falou Luiza carregando as malas. – Daqui uma semana eu volto. Por favor, esteja aqui ainda. – Disse sorrindo.
- Tudo bem, eu te ajudo. – Respondeu Clara pegando o restante das malas que Luiza havia deixado.
Clara e Luiza desceram as escadas. Caleb também apareceu para ajudar Luiza a colocar as malas no carro.
Clara e Luiza se abraçaram forte. Parece que sabiam que aquele dia, seria o último dia de um abraço verdadeiro antes de tudo o que estava para acontecer.- Por favor, volta logo disse Clara a Luiza.
- Vou voltar sim! – Disse Luiza.
- Obrigado por tudo o que você tem feito por nós dois. – Falou Caleb abraçando Luiza. – Acho que nós nunca paramos para agradecer a você por tudo o que você fez, e como estamos nesse momento deprê, achei uma boa hora para falar! – Disse Cale rindo.
- Eu amo vocês dois. – Respondeu Luiza. – Eu volto rápido e antes de vocês casarem!
- Ah mais com certeza vai voltar antes. – Disse Clara convocando a irmã.
Eles terminaram de se despedir e Luiza entrou no carro e foi para o aeroporto.
Clara sentiu um aperto no coração. Mas achou que era porque depois de muitos anos, a irmã iria passar um tempo longe dela, coisa que não acontecia com frequência.Vitória ouviu a conversa e viu que Luiza iria demorar para voltar, e pensou que a irmã de Clara não estando na casa, era mais fácil dela manipular Clara e fazer com que ela fosse embora, depois que colocasse seu plano em pratica. Era a semana perfeita.
Entrou em contato com a prima de Caleb e avisou que seria aquela semana, que ela para ela se preparar. Nada podia dar errado nesse plano!
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Amores roubados
RomanceCaleb, Joshua, Luiza e Clara. O que eles têm em comum? Venha descobrir em minha primeira obra: amores roubados.