Haviam-se passado dois meses. Luiza convenceu Caleb que não fazia sentido ela morar naquela casa, porém Caleb a fez ficar por perto e ela agora estava morando em uma casa e dois quarteirões dali. Ela tinha aceitado uma nova oferta de emprego. Caleb estava melhor; ainda pensava em Clara e em tudo o que aconteceu, mas aquele sentimento que tinha por ela havia se esfriado, e por mais que ele negasse, dentro si, um sentimento novo estava surgindo por Luiza.
- Oi Lu! – Diz Caleb no telefone. – vai sair para almoçar no mesmo horário de sempre?
- Oi Ca! Vou sim, vem almoçar comigo hoje?
- Com certeza! Só estava ligando para confirmar. Tenho novidades.
- A é? Sobre o que? – perguntou Luiza curiosa.
- Não tem graça se eu falar agora, e todo o suspense?
- Bem Caleb fazer isso! Mas para o seu descontentamento, só faltam uma hora para o almoço.
- Ainda sim é o suficiente para eu te fazer sofrer!
- Me conhece tão bem! – disse Luiza dando risada no telefone – mal posso esperar para saber o que é.
- Eu também mal posso esperar para te ver! – disse Caleb numa voz hipnotizante
- Digo o mesmo! – disse Luiza sem ter ideia do que responder – até a hora do almoço então?
- Até mais Lu, se cuida!
Luiza cada dia se sentia mais atraída por Caleb. Não tinha certeza se era só porque ela não conhecera outros homens e por isso quando um lhe dava carinho, ela se sentia importante, especial. Não sabia também se era certo se permitir sentir aquilo, já que era o ex noivo da irmã, e depois de tudo o que havia acontecido (...) Va que Clara voltasse, o que seria deles?
"Deles". Mas ainda, não existia eles.Uma hora se passou e Caleb foi se encontrar com Luiza. Ele estava do outro da rua e observava Luiza vindo em sua direção. A vista era boa.
- Sinto muito te informar, mas eu não estou nada curiosa com o que você tem para me contar – disse Luiza abraçando Caleb.
- Ah Lu, que saudades desse abraço! Você podia morar mais perto.
- São só dois quarteirões, nem da pra sentir saudade direito.
- Qual é! São 5 km de saudades. É muita coisa. – disse Caleb passando o braço sobre as costas de Luiza enquanto eles iam em direção ao restaurante de sempre.
- Pra falar verdade são 4768 km e você está muito carinhoso hoje, quem é você e o que você fez o meu irmão?
A palavra irmão fez Caleb resetar. Sabia que realmente era o que eles eram e como sempre se conheciam, mas tinha a esperança de que Luiza estaria sentindo a mesma coisa que ele.
Luiza falou sem pensar. Não queria que ele pensasse que era só aquilo que ela achava que eles fossem, porque na verdade, não era mesmo!!- Irmão... Faz tempo que eu não ouvia isso.
- Ainda bem que somos mais que isso! – disse Luiza virando de frente com ele.
- E somos o que? – disse Caleb se aproximando de Luiza.
- Ainda estou descobrindo! – disse Luiza, enquanto as mãos e Caleb entrelaçavam nas suas. – Precisamos entrar no restaurante, estamos travando a passagem da porta.
Ai que Caleb percebeu que estava na frente da porta do restaurante tinha um casal querendo entrar. Entraram rindo. Escolheram a mesa de sempre.
- O mesmo de sempre hoje? – disse o garçom.
- Não sei ela, mas hoje eu to afim de experimentar aquela lasanha que todo mundo fala.
- É uma ótima escolha senhor. E a sua namorada, vai querer o que?
- Não sei ainda. Ela é um pouco indecisa. – disse Caleb com um olhar condescendente.
- Eu vou querer o mesmo de sempre! – disse Luiza um pouco constrangida com o comentário do garçom, mas com um olhar provocativo para Caleb.
O garçom se retirou da mesa com os pedidos e Caleb não parava de olhar para Luiza.
- Namorada então? – perguntou Luiza
- Quem está falando foi o garçom.
- Você não negou.
- Talvez eu não quisesse negar. – disse Caleb para ver a reação de Luiza.
- Eu não sei o que te falar. – disse Luiza envergonhada.
- Poxa, vai falar que você não está sentindo o mesmo que eu? No começo eu achei que fosse porque você sempre estava comigo, me apoiando quando a Clara foi embora. Mas já se passou tanto tempo, que eu fico me perguntando do porquê me privar desse sentimento... Me fala, preciso ouvir de você se isso é coisa da minha cabeça ou se você está sentindo isso também...
Luiza travou. Não sabia se o que iria acontecer dai para frente seria o certo, mas quis ser sincera. Pela primeira ela sentiu que ela deveria se dar ao desejo de se sentir importante para alguém, até porque era melhor se arrepender de tentar do que nunca tentar e se arrepender.
- Sinto, e sinto um sentimento enorme. Mas será que isso é certo Ca? A meses você iria se casar com a Clara e...
- Ei! – disse Caleb a interrompendo. – Eu IA me casar, mas ela foi embora. Aquilo que eu sentia, esfriou. Eu só penso em você Lu. Vamos nos dar essa chance.
- Eu tenho tanta insegurança sobre isso...
- Então vamos fazer assim, vamos nos aproximando mais ainda e vemos o que acontece. Vamos dar tempo ao tempo, entender isso que estamos sentindo, você topa?
- Topo! – disse Luiza dando um sorriso bobo apaixonado enquanto Caleb pegava e beijava a mão dela.
- Era essa a novidade então? – perguntou Luiza.
- Ah não, lembra que eu te falei que eu tinha recebido uma proposta do meu chefe de abrir a minha própria empresa e que ele iria conversar com os desenvolvedores e sócios da empresa?
- Lembro sim!
- Então, hoje eu recebi a resposta.
- E ai? Conseguiu? Fala logo!
- Consegui Lu! Vou abrir a minha empresa e de cara ela já vai ter uma filial na França junto com a empresa - sede.
- Caramba, isso é sensacional! Você merece, depois de tanta coisa que você passou...
- Que nós passamos! – retrucou Caleb.
- Enfim! – Luiza sorriu – Quando você vai assumir?
- Assim que o prédio ficar pronto e a parte burocrática também. Acho que uns 6 meses.
- Isso é perfeito! Desejo tudo de bom a você. A nós!
- A nós! – disse Caleb segurando a outra mão de Luiza.
Depois do almoço, Caleb foi levar Luiza novamente ao trabalho.
- Sobre nós, eu queria tentar uma coisa hoje a noite. – disse Caleb
- Ah é? Tentar o que? – disse Luiza com um olhar desafiador.
- A noite você verá. Se não te matei de curiosidade agora de manhã, de tarde eu terei meu êxito – disse Caleb imitando uma voz maléfica.
- Acho que dessa vez você tem razão! Mal posso esperar para hoje a noite. – disse Luiza chegando mais perto de Caleb.
- Estou tão ansioso quanto você! – disse Caleb e ao final deu um beijo na testa de Luiza.
Se despediram e Luiza foi trabalhar. Nenhum dos dois sabia o que aconteceria dali para frente, só estavam abertos para o amor e para aquilo que ele poderia oferecer.
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Amores roubados
RomanceCaleb, Joshua, Luiza e Clara. O que eles têm em comum? Venha descobrir em minha primeira obra: amores roubados.