Capitulo 4: Submissão

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Depois de uma noite maravilhosa juntos, chegaram em sua residência. Guardaram o carro e entraram pela porta da sala. Que já estava apagada.
Entraram na casa, fazendo o máximo de silencio possível. Quando de repente, alguém acende a luz e disse:

- Eu posso saber o que vocês estavam fazendo de tão importante que chegaram a essa hora? – Disse Vitória, desconfiada de algo tivesse acontecendo, mas não sabia ao certo o que era.

- Oi? Tudo bem Clarinha? Feliz Aniversário. Ah obrigada mãe, que bom que você lembrou! – Disse Clara em um tom irônico.

Caleb só observava a reação de Vitória.

- O tamanho do seu sarcasmo é inversamente proporcional a sua tentativa de esconder algo de mim. E agora vai falar o que vocês estavam fazendo essa hora da noite, sozinhos, sabe se lá Deus aonde?

- Eles estavam no show da banda favorita da Clara mãe. – Disse Luiza que saiu do quarto ao escutar o que estava acontecendo, e desceu as escadas em direção a sala onde eles estavam. – Eu comprei dois pares de ingressos para comemorar o aniversário da Clarinha hoje à noite. Mas eu me senti indisposta e os ingressos não tinham reembolso, então pedi para que o Caleb acompanhasse ela, para não perder os ingressos. Só isso.

- Olha só! A intrometida chegou. – Disse Vitória, tratando a filha com o mais puro desdém. – É isso mesmo Caleb?

- Claro. Ou você acha que eu iria levar a Clara para onde? – Disse Caleb em um tom sarcástico.

- Tudo bem então. E da próxima vez, me avisa Clarinha, você sabe que eu fico totalmente preocupada com você essas horas da noite. Ainda mais por causa da sua faculdade, porque você sabe, assim que terminar, você irá trabalhar comigo. E eu só trabalho com os melhores, e eu preciso que você esteja focada nessa faculdade para não me fazer passar vergonha, e não se distraindo com outras coisas fúteis. – Afirmou Vitória, olhando com desdém para Caleb.

- Tudo bem mãe! – Afirmou Clara em uma atitude de submissão.

- Então, se você não se importa, eu irei dormir. – Disse Vitória.

- Claro que não, pode ir, se quiser até te levo e te faço ninar, "mamãe!" - Disse Luiza em um tom cômico.

Vitória revirou os olhos para Luiza.

- Agora que você chegou eu ficarei mais tranquila. – Disse abraçando Clara. – Boa noite filha. Até amanhã. – Falou, se voltando para as escadas e subindo até o seu quarto.

- Agora eu vou deixar os pombinhos a sós. – Disse Luiza, que já havia sacado que estava acontecendo alguma coisa entre eles, deixando – os vermelhos.

Luiza subiu, e deixou Clara e Caleb sozinhos na sala.

- Me desculpa por isso, de verdade. – Disse Clara.

- Já estou acostumada com a arrogância dela. Isso não me afeta mais. – Disse Caleb tranquilamente.

- Ela não tem limites. Imagina se ela descobrir o que está acontecendo entre nós?! Será um inferno. – Disse Clara preocupada.

- Até lá a gente pensa em alguma coisa. Mas agora, a única coisa que importa para mim, somos nós. Não quero que ela impeça nós dois de ficarmos juntos. – Disse Caleb.

- Claro que não! Disse Clara tentando desconversar e acreditar que dessa vez, Vitória não poderia se meter em sua vida. – É só que...

- É só o que Clara? – Disse Caleb

- Ela é minha mãe. E querendo ou não, eu devo satisfações para ela.

- Até quando você vai se render as vontades dela Clara? Você fez a faculdade que ela quis, fez os cursos preparatórios que ela quis, deixava de sair com os seus amigos só porque ela não confiava neles, e como se não bastasse, ela vai colocar empecilhos entre nós também? – Disse Caleb em um tom irritadiço.

- E você quer que eu faça o que Caleb? Ela é minha mãe. – Disse Clara em um tom preocupado.

- Eu quero que você fique comigo, e por enquanto esqueça dela e das reações que ela poderá ter. Eu quero que você foque em nós. E quero também que a gente pare com esse começo de discussão, porque eu não quero estragar o que aconteceu hoje entre nós e muito menos acabar com esse clima que ficou entre você e eu. – Disse Caleb suavemente, com um sorriso que só ele tinha.

- Tudo bem! – Disse Clara mais calma.

Caleb a beijou bem devagar e pôde sentir o coração de Clara se acalmar.

- Te vejo amanhã cedo no café então? – Perguntou Caleb

- Tudo bem! – Disse Clara com uma voz suave.

Caleb se retirou e foi para seu quarto que ficava na parte de baixo da casa. Clara subiu as escadas pensando em tudo o que tinha acontecido naquele dia. Ao entrar em seu quarto, viu que Luiza estava sentada na cama, com uma cara de: " Já pode me dizer o que aconteceu"...

- E aí, vai me contar o que aconteceu ou vou ter que perguntar pro Caleb? – Perguntou Luiza dando risada da cara da irmã.

- Vou contar. Mas me promete que você não vai contar para mãe? – Disse Clara

- Querida, eu inventando desculpas para ela hoje do seu pequeno sumiço, talvez tenha sido o diálogo mais longo que eu tive com ela durante a minha vida. Fica tranquila. Você confia em mim ou não? – Disse Luiza

- Confio! ~Risos~. Vou te contar então.

Clara contou tudo o que havia acontecido para Luiza.
Luiza ficou boquiaberta com tamanho romantismo de Caleb.

- Quem te viu, quem te vê em Clarinha. Quem dera alguém fazer isso por mim um dia. – Disse Luiza.

- Um dia você vai achar alguém que faça você se sentir, do mesmo jeito que o Caleb me faz sentir. Leve, apaixonada, como se nada mais importasse sabe? – Falou Clara.

- Eu espero que sim Clarinha. – Disse Luiza soltando risos. – Mas não querendo cortar a sua alegria, você sabe que a Dona Vitória não pode nem sonhar em saber que isso está acontecendo ne? Pelo menos não agora. Porque você sabe que ela faria de tudo para ver vocês dois separados. – Afirmou Luiza.

- Eu sei Lu, mas eu estou tentando não pensar nisso agora. Acho que o que tiver para acontecer vai acontecer, como a Lei de Murphy sabe? – Disse Clara sorrindo.

- Com certeza Clarinha. Mas a única coisa que eu te digo, e eu espero que você siga, é que seja feliz. Não deixa a mamãe te sugar, não faça mais as vontades dela. Você merece mais do que isso. Está na hora de você parar de ser submissa dela e começar a ter uma vida independente. E a sua relação com o Caleb, vai servir de aprendizado.

- Vou tentar Lu – Disse Clara. – Agora vou descansar porque estou morta.

- Caleb deve ter usado todas as suas energias hoje em! – Disse Luiza sorrindo.

- Para de ser assim, sua tonta! – Disse Clara dando risadas, enquanto as duas deitavam – se na cama e iam se cobrindo.

Fez- se um silencio de uns cinco segundos e Luiza disse:

- Espero que essa intimidade entre nós nunca se perca Clarinha. Boa noite!

- Nunca vai se perder maninha. Eu te amo! – Disse Clara.

- Eu também! – Disse Luiza.

Amores roubadosOnde histórias criam vida. Descubra agora