Capitulo 12: Esperança findada.

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Luiza havia chegado onde Caleb estava.

Imediatamente eles começaram a procurar por ela. Mandaram mensagens para os amigos mais próximos, foram à delegacia, procuraram nos hospitais e nada dela.

- Luiza eu não sei mais aonde procurar. – Exclamou Caleb preocupado.

- Calma Caleb! Elas têm que estar em algum lugar. Já procuramos em hospitais e nas delegacias, se algo ruim tivesse acontecido nós já saberíamos.

- Eu tenho certeza que a Vitória fez alguma coisa. É muita coincidência elas terem sumidos juntas.

- Infelizmente eu tenho que concordar com você. – Disse Luiza – aconteceu alguma coisa. Só não imagino o que tenha acontecido que fez com que ela sumisse.

- Eu to desesperado cara. Não sei mais o que pensar! – Disse Caleb.

- Nós já fizemos tudo o que tínhamos que fazer. – Disse Luiza numa tentativa falhada de acalmar Caleb. – Só nos resta esperar agora. O delegado vai começar as buscas, e infelizmente, só o tempo agora para nos dizer o que aconteceu.

- "Cê" tem razão Lu. Vamos embora, preciso tomar um banho, pôr a cabeça no lugar.

- Eu não sei se eu vou para casa agora Caleb, eu preciso voltar para Gramado buscar minhas coisas.

- Como assim? Não! Preciso de você aqui, pelo amor de Deus. Eu peço para alguém buscar suas coisas amanhã. Você é a pessoa mais próxima que eu tenho depois da Clara. Preciso de você aqui, pelo menos até tudo isso acabar.

- Ta bom. Eu vou com você.

Luiza e Caleb foram embora para a casa.

Chegando lá, Caleb foi para seu quarto tomar um banho.

"Onde será que você está Clarinha? O que aconteceu para você sumir desse jeito, sem me despedir, sem ao menos me dizer aonde foi. Onde você está? "

Era só o que Caleb pensava naquele dia. Sua ânsia por encontrar Clara estava – o dominando.

***

Em Londres, Vitória e Clara chegaram no apartamento que Vitória havia comprado para elas ficarem, até acharem uma casa que fosse do gosto delas.

- É mais bonito pessoalmente do que por foto. – Disse Vitória – é espaçoso, mas falta um toque de luxo. Ainda bem que é temporário. Logo nós iremos achar uma casa que seja do nosso gosto.

- Se você não se importa mãe, eu vou no meu quarto descarregar minhas coisas e descansar um pouco. To um pouco com dor de cabeça. – Disse Clara pegando suas coisas e indo em direção ao quarto.

- Tudo bem filha! A noite nós iremos sair para jantarmos fora com uns amigos que eu tenho aqui. Se recomponha logo!

- Ok mãe.

Por mais que Vitória tinha dado instruções para a filha não mandar nenhuma mensagem ou e-mail para Caleb, ela resolveu mandar. Precisava falar algumas coisas que estavam entaladas em sua garganta. Só assim se sentiria livre para seguir sua vida e esqueceu Caleb de vez.

***

Caleb saiu do banho, e escutou uma notificação em seu notebook. Ao abri-lo, viu que era um e-mail de Clara. Caleb ficou estático. Talvez fosse uma mensagem de Clara dizendo que estava bem e dizendo aonde estava. Mas só iria descobrir se lesse. Abriu o e-mail e viu a seguinte mensagem:

"Caro Caleb,

Queria estar escrevendo isso em outras circunstancias, mas graças as suas atitudes isso não foi possível. Ainda não entendo o porquê de ter feito tudo aquilo, mas agora sei que eu não faço parte da sua vida. Aliás, você nunca pretendeu que eu fizesse.
Quero te pedir que não me procure, pois estou bem, longe de você. Conheci um outro alguém, e sei que ele vai me fazer feliz.
Fico triste por tudo o que aconteceu. Mas tenho a consciência limpa, e sei que eu me esforcei para fazer tudo o que estava ao meu alcance para que nós um dia formássemos uma família. Pena que não tínhamos um ideal em comum. Diga a minha irmã que estou bem, que é para ela viver a vida dela do jeito que ela sempre quis. Um dia eu volto, quem sabe.
Adeus, Clara."

Caleb ficou em choque. Não sabia se acreditava no que tinha acabado de ler. A sua Clara com outra? O que ele havia feito para fazer com que Clara fizesse tal ato?

Ele só chorava. Não tinha palavras que compensasse o sofrimento e a tristeza que ele estava sentindo.

Luiza foi no quarto de Caleb para ver se ele estava bem e se ele iria jantar, quando se deparou com Caleb chorando em cima da cama, totalmente desolado.

- O que aconteceu Caleb? Por que você está assim? – Perguntou Luiza abraçando Caleb, para ele se acalmar.

- Eu não sei mais o que está acontecendo Lu, olha isso aqui. – Falou Caleb soluçando de tanto chorar.

Luiza leu o e – mail. Também não acreditou no que leu. Caleb era incapaz de fazer alguma coisa que magoasse Clara, ainda mais pelo estado que Luiza estava presenciando.

- Eu não sei o que fazer Ca. Isso está totalmente sem pé nem cabeça. Tem certeza que foi ela que mandou isso mesmo?

- Tenho Lu. Foi o e mail que nós fizemos para receber alguns orçamentos do nosso casamento. Só eu e ela sabíamos desse e mail. Ninguém mais tinha acesso. Foi ela, mas eu não sei mais o que está acontecendo. Ela com outro Lu? Isso eu não to aguentando. – Disse Caleb desolado.

Luiza abraçou Caleb porque não sabia mais o que falar.

- Amanhã nós podemos levar esse e mail até a delegacia e perguntar se eles podem rastrear o e mail para saber da onde foi enviado. – Disse Luiza tentando despertar alguma esperança no rapaz. – Agora fica calmo, por favor. Eu to muito preocupada com você, nunca te vi desse jeito.

- Tudo bem Lu. Vou tentar acalmar.

- Agora vê se dorme um pouco. – Disse Luiza.

- Acalmar sim, dormir não sei se eu consigo. To uma pilha cara. – Disse Caleb – Mas se quiser ir pode ir. Você deve estar cansada

- Não, que isso. Não vou te deixar sozinho aqui. Vamos lá para sala se distrair um pouco. Vou fazer alguma coisa para você comer e nós assistimos algo. Só para o tempo passar.

- Ta bom Lu. Preciso me distrair um pouco.

Eles desceram. Nessa loucura toda eles tinham se aproximados mais. Achar a Clara era a prioridade dos dois, e isso os motivava a permanecerem juntos. Será que nessa confusão poderia nascer um sentimento bom?

***

Em Londres, Clara terminou de escrever o e mail em prantos. Sabia que a parte dela estar com outro, era mentira, mas sabia que assim Caleb não iria mais procurar por ela e poderia de uma vez por todas seguir sua vida.

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