Capítulo 17 - O que houve?

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A Paty não é boa com sofrência gente! ;)

- Minha menina o que aconteceu me fala! Mas primeiro chora, que vai te fazer bem. Guardar tristeza é ruim, Deus fez o choro para demonstrar as emoções. – choro por um bom tempo, meu celular só tem ligações do meu pai Steven e do John, nenhuma do Christian. Meu ex sogro também me ligou. Estava com o telefone na mão quando desabei a chorar.

- Maria a Paula e minha mãe estão se consultando com um psiquiatra que é irmão gêmeo do Christian. Quando saímos da África para a Romênia, tive um pressentimento, mas não liguei estava preocupada com a ligação da minha mãe, achei estranho não ter conseguido falar com a Paula e nem com o meu pai. Então quando cheguei na casa dos meus pais, descobri que meu pai estava doente, fiquei horas conversando com ele, minha mãe como sempre nem olhou direito na minha cara. Quando saí da casa dos meus pais e cheguei no hotel vi o Christian de longe e me aproximei, mas quando cheguei perto notei na hora que não era ele, mesmo sendo a cópia escrita, ele agiu como se me conhecesse, mas não dei espaço. Quando chegamos no quarto... Maria! O verdadeiro, o homem que eu amo, estava na cama com a minha irmã. O pior foi quando vi a mancha de sangue e tive certeza que eles transaram. Ela me contou toda lerda ainda bêbada que confundiu os irmãos, que é apaixonada pele Dr. Paulo, que beberam muito e que subiram para o quarto, mas ela disse que não se lembra de muita coisa. Ai Maria eu queria morrer agora e não

acordar mais, dói muito! De tudo o que já passei na vida essa é a dor maior que já senti. Precisamos ir embora daqui, tudo nesse lugar e nesse estado me lembram ele e o que mais quero agora é esquecer tudo isso, me fortalecer e resolver depois. Não sou ninguém agora com o coração partido assim, sou só a sua menina carente de mãe. – falo e Maria me abraça. Soluço de tanto chorar, será que um dia vai acabar essa vontade de derramar tantas lágrimas?

- Menina deve ter uma explicação para tudo, mas você está certa, vamos embora, esfriar nossas cabeças e pensar com calma. Vem o pessoal da nossa equipe de apoio vai cuidar da mudança do restante, arrumei uma mala para mim e outra para você. Já avisei ao seu pai que vamos ficar um tempo no Texas, apesar de não ter gostado nada ele concordou. Vem vamos lavar esse rosto e ir para o aeroporto. – aeroporto novamente, já estou ficando enjoada de tanto viajar de avião.

Chegamos ao Texas à noite, foi aqui que recomecei a minha vida, aqui foi o nosso primeiro desafio juntos e aqui me machuquei para salvá-lo. Até aqui Christian Wood me traz lembranças, mas não na minha casa, ele nunca foi lá. Entramos em casa e vou direto para o meu quarto quero dormir no mínimo quarenta e oito horas. Entro no meu banheiro e tomo um banho quente tentando relaxar, mas é impossível. Pego uma toalha me cubro com ela, deito na cama assim mesmo, tento dormir mais não consigo. Agora terei que dormir sem ele todas as noites, sozinha como antes, mas vou sobreviver, tentarei sobreviver. Tomo o calmante que a aeromoça me deu, se pegar em bebida lembro deles, tomo uma quantidade generosa, mas como é natural não vai me matar. Morrer Anastácia Oak marcada para morrer! Agora é Anastácia Oak a escolhida para sofrer. Sofrer ou morrer qual dos dois? Adormeço pensando nisso. No mundo dos sonhos...

Estou grávida! Mas como? Minha barriga deve ser de uns oito meses. Um menino e uma menina, impossível, só geramos gêmeos idênticos há setecentos anos (aquela história toda...), saio em uma porta, minha mãe sentada com o meu pai no jardim do castelo, mas somem rapidamente. Paula com Christian ou Paulo... A imagem fica destorcida. Caio em um buraco, tento me segurar, mas não consigo, atinjo água doce começo a nadar minha barriga pesa, não consigo subir a superfície. Meu corpo começa a gelar, meus filhos, desisto de nadar e coloco a mão na minha barriga. Não consigo mais respirar...

- Menina que susto! Graças a Deus acordou! Anastácia, fala comigo é a Maria. – tenho dificuldade de abrir os olhos direito. Foco minha vista no rosto da Maria, que tem as mãos colocadas na minha cabeça.

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