Capítulo 23 - Ter esperança sempre!

97 14 0
                                    

De volta! Repostando esse capítulo, devido a ter esquecido de trocar o nome dos protagonistas. Obrigada!

Sabe quando você se sente em uma prisão, triste e abandonada? Não é assim que me sinto agora, fui literalmente sequestrada por Isadora Oak e sua gangue como eu chamo. Três meses nesse lugar. Agora estou em um quarto com janela, mas meu pé amarrado a cama, só consigo andar até o banheiro. Sinto falta dos meus pais adotivos, Maria e Steven, meu noivo ou ex Christian, não sei o que eles estão pensando que aconteceu comigo, ou o que Isadora contou a eles. Isadora vem uma vez por semana aqui, não sei que lugar é esse, mas escuto gemidos e as vezes vozes no corredor. É algum tipo de sanatório, asilo, hospital antigo, não faço ideia de onde estou. Quando colocaram o pano no meu rosto, nem vi quem era, ouvi Isadora dizer que herdaria alguma coisa e depois apaguei. Isadora Oak é louca, no início à revolta me batia e eu tentava ataca-la, não era só revolta, as medicações que eles me davam me deixavam alucinada, são tipos de droga, nunca tomei calmante sem ser natural, e aqui eles me intoxicam com essas drogas pesadas. Acordei em um quarto escuro, onde fui deixada, a dor do meu corpo e a fome contei dois dias que fui deixada naquele buraco. Uma semana, contava os segundos, minutos e horas que passei lá. Uma semana sem comer, quando eu me desesperava e gritava, eles borrifavam um ar de pimenta que me deixava sem ar então eu parava. Me tiraram de lá e o que mais queria era água e comida, mas me deram só água. Mais uma semana em um quarto com cama, mas sem janela, amarrada o tempo todo, para não fugir. Após duas semanas fiz a minha primeira refeição. Isadora era o único rosto que via, todos os outros que entravam aqui para me dar as injeções estavam com a cabeça coberta. Por que não tentei fugir se sou tão boa? Tentei cinco vezes, a última eu abri a amarra da minha mão e consegui me soltar, peguei um ferro da cama e bati no suposto enfermeiro, mas só com a pancada na cabeça ele não desmaiou, fez um barulho estranho com a boca e logo vieram outros me amarraram e doparam. Acordei novamente no quarto escuro e sem nada, só o chão como apoio, mais duas semanas sem comer. Resolvi ser esperta e esperar eles baixarem a guarda para no momento certo eu conseguir escapar de vez. Procurar a minha família e explicar o que houve, não sei o que está acontecendo no mundo lá fora e muito menos aqui. Uma moça vem trazer a única refeição que faço a cada dois dias, massa, só pão e água, mudam os tipos de pão, mas nada além disso. Nunca fiquei doente, só me machuquei nos meus desafios, mas aqui me sinto fraca, muito fraca. Não existe nada aqui além de um vaso sanitário, chuveiro e a cama, nem uma pia tem. Só me trazem roupas uma vez por semana. Me sinto uma fera presa, Isadora não vem a duas semanas, não falo com ninguém a três semanas, a última vez que ela veio, apenas ficou me encarando e lendo algum livro na minha frente, depois foi embora. Eu apenas a ouvia quando vinha para tentar entender o que ela queria com tudo isso, mas o assunto principal era Paula, como era e como eu deveria ser. Uma das noite, senti que minha intimidade doía quando acordei após o efeito da droga, mas não perdi a virgindade, mas sei que fizeram algum tipo de exame em mim, bem doloroso. Fiquei pensando para que iriam querer avaliar a minha vagina, verificar a minha virgindade, talvez se não fosse virgem eles teriam me matado, não sei. O que mais faço aqui é pensar e mentalizar a minha família, enviar pensamentos positivos de que estou viva e pensar que irei sair daqui, ter esperança sempre é o que Maria minha única mãe me dizia. Estou deitada, a porta começa a ser destrancada e fecho os olhos, pelas minhas contas hoje seria a visita da Isadora, como pude sair da barriga dessa mulher? Ouço passos e sinto alguém se aproximar da cama, colocam uma cadeira próxima a mim.

- Filha você está progredindo, em poucos dias poderá sair e começaremos a sua preparação, mas ainda terá que tomar medicações, mas diferentes. Sabe o melhor? Estarei com você o tempo todo. Não vejo a hora de tê-la como minha pupila e ensinar tudo... – Isadora fala, mas não é clara. Alguns dias, serão quantos, deve ser a minha chance de escapar. Ela fica mais um tempo comigo e depois vai embora, toda vez que ela vem consegue me fazer chorar, a minha mãe que deveria me proteger faz isso comigo, me prende como um animal me afastando de quem realmente me ama.

Umasemana foi o prazo que fiquei presa no quarto e dessa vez sem comida. Fraca é oque posso definir, parece que querem me matar aos poucos. Mas preciso acreditarque sairei daqui viva e salva. Mesmo fraca, percebi que me colocaram em umcarro, Isadora dirige e estou sozinha no banco de traz, não tomei o comprimidoque me deram, fingi que engoli, cuspo e percebo que o carro se movimenta.Isadora fala algumas coisas, mas não entendo, preciso de água, estoudesidratada, a meses não como direito, só o básico para me manter viva. Em umacurva, vejo a oportunidade de sair e me esconder na mata, levanto o braço e comdificuldade destravo a porta, quando o carro vira, me jogo para fora do carro.Rolo ladeira abaixo no mato e sinto que bati na agua, tenho força apenas deabrir a boca e beber o que consigo da água, preciso sair daqui antes que meachem, quando pulei ouvi o grito da Isadora me chamando. Consigo me sentar,cortei o braço esquerdo, mas nada grave. Tento me levantar, mas em vão, respirofundo, mas quando olho para cima um cara mascarado na minha frente com umainjeção. Grito, mas ele é mais forte. Em segundos tudo escurece, caio naescuridão profunda e não acordo mais. Muito longe escuto tiros e gritos, masnão sei o que é, percebo que estou em um quarto diferente. Mas logo caio naescuridão novamente... Quando irei sair daqui, penso em Christian o tempo todo,se ele soubesse onde estou, viria me buscar eu sei, nos amamos e não é justosermos separados dessa forma.    

SegredosOnde histórias criam vida. Descubra agora