E estranho dizer que sou grato por meu pai ter me expulsado da família, já que se não fosse por ele ter feito isso eu não teria me aproximado do Rick e se ele não tivesse escolhido o Rick como meu padrinho, será que o meu padrinho teria feito tudo que ele fez por mim? exceto algumas parte.
Rick prometeu me buscar ao fim da aula, mais quase todos já saíram e nada dele aparecer. O Caio me ofereceu uma carona mais rejeitei, parte pelo que aconteceu no banheiro e outra parte por que preciso ficar longe dele é descobrir o que realmente sinto pelo Rick.
A bateria descarregou e parte da galera do turno oposto já estava começando a chegar então resolvi ir embora a pé. Onde morávamos não era tão perto assim então o sol já estava irritando minha pele, o pior nem podia colocar uma música para deixar a caminhada interessante.
A pista era movimentada mais ninguém parava para dar uma carona. Como meus pais não eram os melhores do mundo, eles não me ensinaram a não pegar carona de estranhos, mas, assim como outras coisas da vida eu aprendi lendo livros de história, jornal ou vendo Tevê, mas nesse caso quem está pedindo carona sou eu.
Levanto a mão mais, ninguém para o carro ou buzina, alguns taxistas paravam mas nenhum queria me levar para poder pagar quando chegasse em casa. Avistei uma van preta mas, rejeitei pedir carona, lembro das histórias de carros pretos que saiam matando pessoas, ou os que ofereciam doces e quando as criança se aproximavam as capturavam e arrancava seus órgãos.
Só que essa van parou e logo dois caras de preto saíram de dentro, tentei correr mais foi em vão. Um pano em minha boca e o cheiro forte de álcool são as únicas coisas que consigo captar antes de apagar.
Não sei se foi o cheiro ruim ou o balanço que estava fazendo que foram o suficiente para me acordar. Não sei que horas são já quero o celular descarregou, o local está fedendo e sujo estou dentro de um sanitário público.
Bato na porta e grito más ninguém me ouvir, algo está em movimento talvez estejam recolhendo os banheiros. Não lembro de como vir para aqui, mais de certa forma se realmente estiver recolhendo os sanitários para lavar eu estou salvo.
O carro para e começo a gritar e bater na porta mas, ninguém aparece e o carro volta estar em movimento, porém não por muito tempo, pois ouço a porta do carro bater e no mesmo instante começo a flutuar e balançar de um lado para o outro.
- Socorro ! Socorro! - O sanitário não parava de balança até que de repente ela para para meu alívio e no mesmo instante ela é jogada no chão fazendo com que toda aquela porcariae caía por cima de mim.
O medo havia tomado conta de mim eu queria sair daqui, mais não sabia como, pedir socorro não estava adiantando e quem havia feito isso comigo e por que?
Arranco a camisa e vejo a porta do banheiro se abrir e uma luz impede que eu veja quem abriu a porta, era como a imagem de um anjo, mas ao sair do banheiro reconheci logo aquele rosto era a mamãe.
O pânico e a sessão de estar livre e ver minha mãe pela primeira vez na minha vida me tirando de um apuros e só de ver ela aqui algo me diz que o meu pai está envolvido nisso.
Sigo mamãe até o carro que ainda continua em silêncio e isso já estava me matando.
- Mãe. - Chamo mais ela nem sabe me dá atenção continua focada no volante.
- Mãe por que não falar comigo? o que eu fiz a você? - A muito tempo mamãe tomou essa postura não falava comigo era como se ela não tivesse mais voz, mais lembro do dia do shopping ela falou normalmente com o papai e me ignorou.
- Foi ele que mandou me prender no sanitário público não foi? por que você ainda continua com ele? por que aceita as coisas que ele faz? Que tipo de mãe e você?
As lágrimas começaram a escorrer no meu rosto, mais de raiva, ela fingia não me ouvir continuava ali intacta como se não houvesse ninguém ao seu lado.
- Ser gay e tão ruim assim? você agir como se tivesse perdido alguém, está se fechando, mais eu que deveria agir assim por que eu perdi as únicas pessoas que eu amava de verdade a minha família. Você era a pessoa que eu mais idolatrava na vida e você não sabe o vazio que eu sinto aqui dentro. Mas de certa forma eu agradeço o que vocês fizeram por que se não fosse vocês eu não teria o Rick em minha vida e ele me mudou muito ele não é como vocês ele gosta de me do jeito que eu sou e apesar de todo dinheiro que ele tem ele prezar a simplicidade é enquanto vocês, vocês mãe só se importa com um sobrenome sendo bem visto na sociedade. Fique com sua moral, seu orgulho, seu dinheiro e seu preconceito. - Não suportaria mais um minuto ao lado de alguém que fingir não me escuta, por que ela me soltou daquele banheiro se parecia que nada disso tinha a agradado. Abro a porta do carro e mesmo em movimento me jogo sem pensar duas vezes o que poderia me acontecer.
Avisto a casa do Rick me desperta uma grande alegria e ao tocar a campainha e vê-lo abrir a porta, sua reação parece não acreditar é me agarra em um abraço apertado.
- Acho que alguém aqui tá precisando de um banho. - Brincou ele mais estava sem um pingo de humor
Não conseguia contar o que aconteceu, estava nervoso e apavorado, mas o que mais me prendia era a reação da mamãe ela se quer voltou para checar se eu estava bem. O Rick compreendeu meu silêncio e me deu banho e em seguida ficou deitado comigo na cama, suas mãos leves percorriam meu corpo e me fazia sente querido e amado. Em nenhum momento ele perguntou o que aconteceu e ele ficou comigo o tempo todo e me mesmo distante eu podia ouvir e sentir que ele também não estava bem.
- Foi tudo mentira a ligação, a entrevista fiquei horas esperando ser chamado, eu achei esquisito a demora é fui perguntar e me informaram que não havia vagas para o cargo e não iriam abrir vaga tão cedo, e quando sair os quatro pneus do meu carro haviam sido furado, só aí percebi que era uma armação. Tudo levar a crer que foi coisa do seu pai, se vingando pelo dia do jantar, mas não se preocupe isso não vai fica assim.
Eu não queria falar nada mesmo o necessário, eu queria descansar esquecer do papai e da mamãe e só lembrar do final de semana mágico que tivemos, mas ele precisava de me, então segurei sua mão forte como sinal que estávamos juntos.
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SEU AFILHADO (ROMANCE GAY)
Любовные романыDar o melhor presente, assumir responsabilidades, compartilhar o que tem de melhor essas sempre foi uma tarefa de um bom padrinho, coisas que para Maurício nunca foi necessário quando tudo isso era substituto por luxo. Mais quando seu segredo é desc...