A dor que jamais senti

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Pov. Liliam

Já estou a duas semanas aqui com meu pai e meus tios na mansão e tipo a minha única obrigação é tirar boas notas e arrumar o quarto, o resto do dia eu posso passar despreocupada e desocupada, sem falar no meu olho que já basicamente virou uma cicatriz, agora sou durona ƪ(˘⌣˘)┐. Mas já faz um tempo que não tenho noticias da minha avó, queria saber se ela esta bem. Animada, desço as escadas e falo com meu pai.

Liliam:Oie pai!!
Slender:Oi filha
Liliam:Eu tava aqui pensando se eu não podia ir ver minha avó sabe, já faz um tempo que não ouço falar dela.
Slender:Você tem certeza?

O ar dele era de preocupação. Mas com o que?

Liliam:Tenho Ué.
Slender: *suspiro* Certo, peça alguem para ir com você.
Liliam:Ta Ok, valeu ate mais!

Eu sai correndo atrás do Jeff e encontro ele brigando com a Jane, eles estavam jogando latas um no outro.

Liliam:Hey jeffrildon, meu pai pediu para você me acompanhar enquanto eu vou ver minha avó.
Jeff:Sou obrigado?
Liliam:Vou enfiar essa lata no seu rabo se você disser que naum.
Jeff:Certo.. Eu vou..

Nisso ele acerta uma lata na cara da Jane e sai correndo o puxando minha mão. Atravessamos a floresta correndo, com medo que Jane nos seguisse. Chegando ate a casa da minha avó, eu encontro várias pessoas na porta, ela estavam todas de preto, meu sangue estava começando a gelar. Quando entrei, estavam velando o corpo da minha avó que estava magro e muito pálido. Eu nem aguentei ficar em pé, cai de joelhos no chão. As lágrimas corriam sem parar no meu rosto, a mulher que sempre me apoiou, agora estava morta. Eu não conseguia acreditar, comecei a correr dali, me esquecendo de Jeff. Eu corria e começava a me transformar, e de repente eu apareço de frente para um grande abismo em uma floresta. Eu ainda não tinha parado de chorar, eu gritava que não era verdade ela não tinha morrido, deveria ser outra pessoa, mas eu reconhecia minha avó ate em uma fantasia, eu sabia que era ela. O sol estava se pondo e parecia que estava prestes a chover, eu comecei a voltar para casa mas eu não achava o caminho.
Já esta de noite e eu estou cansada e faminta, como eu vim parar aqui? Eu já não sabia mas eu tenho a teoria de que eu me teleportei ate aqui, mesmo não sabendo onde é esse aqui. Eu me sento em uma raiz de árvore e lembro da minha avó, de todas as coisas que ela já fez pra mim e começo a chorar de novo. Eu ouço um galho quebrando e já fico alerta, sem perceber os meus tentáculos saem e eu sinto uma mão no meu ombro, ataco e recebo uma porrada nas costas maior ainda, me imobilizando no chão, eu vejo que é só meu pai e ele não esta nem um pouco satisfeito com a minha demora.

Slender:Vamos para casa.

Ele diz frio. Como mágica, aparecemos na entrada da mansão, com trender e Jeff na porta. Meu tio batia o pé repetidas vezes no chão, eu só não sei se é de preocupação ou de insatisfação. Jeff só estava escorado na parede parecendo bravo.

Trender: Liliam graças a deus.. Eu vou te matar onde é que tu se enfiou menina?!
Liliam:Minha avó morreu.

Eu começo a chorar de novo. A expressão do meu tio fica suave e Jeff desfaz a cara amarrada também, mas meu pai continua com seu ar frio e autoritário.

Trender:Eu.. Realmente sinto muito, mas isso não condiz com sua demora a chegar, sabe que horas são?
Slender: Meia noite em ponto.

Meu pai diz e segue ate a entrada. Meu tio limpa o óculos e acena para eu seguir ele. E mentalmente trender diz pra mim "O enterro é amanhã as 15:00". Aceno em concordância com ele. Encontro meu pai no seu escritório, ele fingi não me notar, mas eu sei que isso é um convite silencioso para eu entrar e sentar.

Slender:Porque demorou a vir?
Liliam: Bom.. É que eu quis ficar mais um pouco com ela..
Slender:Não pense que estou brincando.

Estremeço com o tom de sua voz, ele realmente não está feliz.

Slender:Me diz logo Emilly Liliam, porque você demorou a vir?
Liliam:É-É que.. Eu comecei a correr para a floresta, daí eu só apareci em um abismo em uma outra floresta... É que não sei explicar o que foi isso.
Slender:*Suspiro* Entendo.. Você se teleportou sem querer.
Liliam:Teleportei?
Slender:É compreensível agora, você estava.. Está chateada e sua transformação se desequilibrou. Vem cá filha..

Fui até seus braços, eles me envolveram num abraço. Eu começo a chorar e ele me consola.

Slender:Vai ficar tudo bem.. Você sabe que isso foi melhor, ela estava sofrendo. Esta com seu pai agora, eu vou te proteger..

Eu acabo dormindo. Acordo quase na hora do enterro, com um pouco de esforço, eu me teleporto para o cemitério com um buquê das flores preferidas dela. Chego quando eles estão colocando o caixão na cova, do lado do vovô, não cheguei a conhecê-lo. Estava escutando The Kings-Sad song, me fazia lembrar de todos os momentos felizes que tive com minha avó. Depois que todos saíram, começou a chover, e eu fui ate o tumulo dela e coloquei as flores. Enrolei o telefone para não molhar e deixei a chuva disfarçar minhas lágrimas. Mas eu vi uma silhueta muito estranha, parecia o Jeff, mas.. Era um pouco mais alto. Estava se agachando e colocando rosas vermelhas em algum túmulo, ficou um tempo encarando e depois se direcionou a saída. Fingi nem ter notado ele ali. Quando ele passa por mim, ver que era um garoto com o rosto todo cheio de cicatrizes, ele não tinha um guarda chuva, usava um cachecol listrado preto e branco, um casaco preto e uma calça preta, com um all star. Seus olhos eram verdes e penetrantes, ate parecia que brilhavam, o cabelo era castanho e a pele pálida, com eu havia dito, cheia de cicatrizes.
Eu fui voltando para casa tranquilamente, quando de repente, sou atacada pela costas. Caio no chão, sentindo minha visão embaçar, não conseguia usar meus poderes, algo havia me noucalteado. Logo eu desmaio.

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