Beijo no corredor

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Deixei-me levar mais um momento pelo beijo, aprovando cada gosto. A sintonia e o encaixe do beijo eram perfeitos, ele, quem julguei como homem pela forte pegada e pela barba por fazer que roçava no meu rosto, já estava passando a mão diante do meu corpo. Optei por abrir meus olhos e me deparei com Taylor ali. Fechei os olhos novamente e coloquei meus dedos entre seus fios castanhos e morenos. Nesse instante, minhas lágrimas já se juntavam a nosso beijo e este ficava salgado... Espera. Taylor???! Desgrudei nossas bocas e afastei o seu corpo do meu.

- Taylor? O que você pensa que está fazendo? Você está louco?

- Desculpe, esse é o efeito que você causa em mim. - Confessou baixo.

- Então quer dizer que qualquer pessoa que te incomodar você vai sair agarrando?

- Não, você não está entendendo.

- Olha eu não quero saber Taylor, fica longe de mim, não encosta em mim, se for preciso nunca mais fala comigo, você é louco. Só me deixa em paz...

- Amber! - Pude ouvir ainda antes de me afastar.

- Fim de papo e não precisa se preocupar que eu arranjo outro jeito de ir embora.

Taylor

Quando escutei as últimas palavras que ela vociferou fervi de raiva por dentro, ela não tinha entendido nada do que eu queria dizer. Meu Deus, o que estava acontecendo comigo, eu não sou assim. Nunca fiquei assim por nenhuma garota. Até parece que estou de quatro por ela. Se eu continuar me descontrolando desse jeito, vou acabar pagando todos os meus pecados de quando zoei meus amigos por eles estarem fazendo qualquer tipo de vontade para as garotas deles. Ela me enlouquece, ela me excita, ela é quente. Droga, Taylor! Ela tem razão, nós somos meio-irmãos.

Acho melhor parar de alimentar essas minhas paranóias e ir até a quadra para poder livrar a minha cabeça da Amber um pouco com a única coisa que me ajudaria, meu basquete.

Amber

Meu Deus, que fogo este garoto tem, chega. Foco Amber, foco!

- Ei Amber.

-Oi Frank. - Saudei sem jeito. - Posso te fazer uma pergunta? - Indaguei com vergonha.

- Claro, querida. - Afirmou todo sedutor.

- Será que você não poderia me levar até em casa?

- Claro que sim. - Disse convicto, parecendo se lembrar de uma coisa. - Só tem um problema... Eu tenho treino de basquete daqui a pouco. Você se importa de assistir?

- Claro que não, eu adoro basquete. Que horas começa?

- Daqui uns a uns 20 minutos. - Mas preciso estar lá em 10 para começar a me aquecer.

- O que estamos esperando? Vamos?

- Vamos sim. - Afirmei. Enquanto observava ele pegar uma de minhas mãos e entrelaçar os nossos dedos.

Fomos assim de mãos dadas até a quadra, e quando cheguei lá adivinha com quem dei de cara? A única pessoa com quem eu não queria me encontrar. Taylor... Nós fomos até lá, quando Taylor finalmente colocou os olhos em mim, os olhos dele continham um misto de raiva, dor, ódio e tristeza... Quando o jogo acabou eu nem falei com ele, ele saiu com pressa e nem se despediu dos colegas. Esperei Frank se despedir dos companheiros de time e então ele veio em minha direção para irmos embora. E nós fomos, mas fomos o caminho todo em silêncio.

Quando paramos em frente a casa dos Maile, ele me puxou para seu colo e começamos a nos beijar fervorosamente. Nunca julguem alguém só porque essa pessoa está usando uma para esquecer de outra, às vezes isso é necessário. De repente, percebi uma presença do lado de fora e vi ser Taylor que estava nos olhando. Já muito envergonhada. Parei o beijo, plantei um outro na bochecha de Frank em forma de agradecimento pela carona e desci do carro.

Pela primeira vez (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora