Oi?

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Levantei meu rosto abruptamente, assim que o encarei, vi os olhos cinzentos mais lindos que todos aqueles que já havia visto. Aliás, acho que foi o primeiro par de olhos acinzentados que havia visto, poderia facilmente ser comparado com o olhar de um lobo. Seu olhar tinha uma determinação surpreendente, olhar para ele era como enxergar a minha alma, era como enxergar o meu caminho e tomar uma decisão assim facilmente.

Sua pele era bronzeada entretanto chamativa, seu cabelo era em um tom de loiro escuro, jogado para o lado sem nenhuma preocupação e ao mesmo tempo extremamente alinhado, seu corpo era bem definido e o sorriso, meu Deus, seu sorriso foi o que mais me fascinou, não simplesmente por seus dentes serem brancos e retilíneos, mas por ter um sorriso doce e ao mesmo tempo atrevido, por conseguir fazer com que a expressão séria ali permanecesse contudo o sorriso continuasse dançando como se estivesse em uma valsa no canto de seus lábios, que eram aparentemente cheios...

Por um momento me esqueci de tudo, me esqueci de quem era, de quem me magoou, porque estava assim, e estava orgulhosa de mim mesma, todavia, como tudo o que é bom dura pouco ele quebrou o clima, cortando todos os meus pensamentos, mas mesmo sem clima ele conseguiu me surpreender mais uma vez, desta com sua voz, era rouca, suave e ainda sim grave.

Esse garoto com certeza seria a minha perdição. - Não pude evitar este pensamento.

- Seja por qual motivo for que está chorando, se a pessoa que lhe causou este sofrimento realmente valesse a pena valorizaria e causaria teus sorrisos, não seria o motivo das tuas lágrimas!

- Obrigada, prazer Amber, você é? - Perguntei ao sorrir devido seu conselho.

- Túlio, prazer!

- Você é novo aqui?

- Exatamente, vim do Havaí... Cheguei ontem mesmo e estava explorando a escola quando ouvi soluços. Segui o som e encontrei você aqui.

- Ah já conhece toda a escola?

- Não.

- Então vem, quero te apresentar ao meu "irmão".

- Tudo bem.

Saimos dali e fomos conversando por todo o percurso, além de tudo ele era engraçado, lhe mostrei toda a escola até finalmente achar Taylor.

- Taylor?

- Sim? - Respondeu como se nada tivesse se passado entre nós. Se ele fingiu que nada tinha acontecido então fingiria também.

- Eu quero te apresentar uma pessoa...

Pela primeira vez (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora