Intercâmbio

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Talvez eu devesse estar com medo de deixar a minha única família - minha mãe -, e me mudar para outra cidade sem ninguém a quem eu conheça, mas, na verdade, não, estou me sentindo livre como nunca me senti antes. Parece que por mais que ame o Caribe, esta cidade nunca me pertenceu verdadeiramente. E eu sinto necessidade de embarcar nesta aventura para me encontrar.

Ao subir no avião senti um friozinho na barriga, por ser minha primeira viagem. Liguei o aparelho de TV portáil e assisti à alguns filmes como Lola e Cartas para Julieta. Filmes esses que são os meus preferidos. Apesar de tudo eu amo comédias românticas, são a única coisa que não me fazem perder a esperança, por completo, no amor. Fantasia, às vezes, não faz mal a ninguém.

Durante o vôo ainda consegui pegar meu Ipod e colocar algumas músicas para tocar aleatoriamente.

Ouvi Heart by Heart da minha princesa Demi, Slow Down da Selena, Red do furacão loiro, entre outras. E fiquei escutando-as ali absorta em pensamentos desconhecidos até mesmo por mim. Senti um toque e sorri envergonhada...

- Querida. - Chamou a aeromoça. - Todos os outros já desembarcaram.

- Droga! Devo ter dormido acordada mais uma vez... - Disse enquanto corava. - Desculpe. - Pedi, erguendo-me e pegando minha mochila no bagageiro.

Ao descer do avião, vi dois gêmeos mega fofos que deviam ter entre 6 e 8 anos segurando uma placa com o meu nome Amberlyn. Os meninos eram loirinhos e tinham olhos azuis da cor do mar. Reconheci-os de algumas pesquisas na internet, que havia feito para conhece-los, afinal não sabia se estariam mesmo com plaquinhas com meu nome. Eram crianças fofas, meigas e receptivas... Levei meus olhos adiante e notei ali os pais de ambos, que reconheci como sendo a senhora Samanta Maile e seu marido o senhor Tom Maile, segundo as informações que minha mãe me dera. Curiosamente havia mais uma pessoa ali, pessoa que eu ainda não havia tido tempo de analisar. Comecei pelos pés e fui até os olhos vagarosamente como um raio de sol que se delicia de cada extensão do corpo dele.

Quando nossos olha se encontraram fiquei hipnotizada, Uma sensação estranha me atingiu.

Seus fios castanhos e despenteados teimavam em cair sobre seus olhos... E que olhos mais penetrantes e filhos da mãe. Eram de um castanho mel misterioso e irresistível, atributos que não pareciam desconhecidos por ele, pois ele os usava ao me olhar, parecia estar desafiando os meus azuis para uma batalha que ele saberia que eu perderia. Sua camisa azul social lisa destacava os músculos do seu peitoral e contrastava ainda mais com sua pele bronzeada. Já a calça jeans preta colada marcava o seu volume, e que volume. Espero não ter focado meu olhar tanto tempo ali. Previ que em breve teria problemas, pois ele me analisava da mesma forma e algo brilhava em seus olhos, quem sabe desejo?

Pena ser tão irritante e querer provocar tantas brigas entre nós dois durante os dias que se passaram, incrível como ele não dava uma trégua, moleque insuportável! A se o menino Taylor Maile descobrisse o quanto perturbava os meus sonhos...

Taylor

Para mim seria mais um dia qualquer, claro que se meus pais não tivessem me obrigado a vir buscar a tal filha da amiga da minha mãe que passaria uma temporada em casa. Eu já odiava a menina sem mesmo a conhecer. Eu tenho 19 anos, porra. Será que preciso além de perder minha privacidade ainda fazer sala para a mimadinha?

Já dá para adivinhar que a menor das minhas vontades era ver a garota. E o que me fez ficar ainda mais irritado foi o fato de que todos já haviam decido e ainda nem sinal da menina.

Fechei meus olhos e suspirei tentando controlar meus hormônios. Assim que os abri, encontrei uma loira gostosa para caralho toda ruborizada, descendo as escadas do avião. Eu com certeza estou ferrado.

Quando Amberlyn chegou mais perto, notei que analisava cada um da minha família rapidamente e retribuía os sorrisos lançados em sua direção. Assim que seus olhos azuis intensos pousaram sobre mim, talvez demorando o dobro do tempo que demorou nos outros, percebi que eu também causava a elas as mesmas sensações que ela me causava e por isso investi o meu olhar e de maneira bem cafajeste, admito, comi-lhe com os olhos.

Suas curvas eram de se tirar o fôlego e se eu fosse o seu pai não deixaria ela sair de casa somente com essa blusinha e esse short mostrando suas longas e definidas pernas brancas. Através da blusa, eu podia ver seu sutiã branco de renda e através dele a curva dos seus seios, imagens essas que me fizeram ter diversas fantasias eróticas com minha mais nova irmãzinha. Seu cabelo loiro e na altura das costas me fazia ter vontade de junta-los em um punho e puxa-los até que ela pedisse por mais.

Analisando-a mais a fundo, surpreendi-me. Ela não saber o quanto era bonita e o quanto chamava a atenção de diversos caras. Acho que isso era o que me intrigava mais. A energia e a química entre nós dois era palpável.

Sentia a vontade de vê-la irritada, queria discutir com ela e ao mesmo tempo beijá-la, se isso é estranho para quem ouve, imagina para mim que estou sentindo essa confusão toda dentro de mim. Nunca senti algo tão intenso, porém não posso demonstrar, mesmo que quisesse não poderia ter nada com ela... Vou dar uma trégua esta noite, mas só esta noite porque ela acabou de chegar aqui, amanhã ela não perde por esperar...

Pela primeira vez (Concluído) Onde histórias criam vida. Descubra agora