Meus Carinhos

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Ruggero

Acordei com a cama balançando e com uma voz que era mais que conhecida.

-- Acorda Ruggerito! Levanta! - gritou Karol se jogando ao meu lado e sentando com as pernas cruzadas. A olhei por alguns minutos com um sorrisinho, ela estava parecendo uma criança daquele jeito. - Levanta! - gritou mais uma vez, dessa vez se jogando em cima de mim.
-- Me deixa dormir... - resmunguei com a voz sonolenta e cobrindo meu rosto com o cobertor, estava me segurando para não rir, com certeza estava conseguindo provoca-la.
-- Nada disso! Vamos levantando! Alda disse que hoje temos o dia livre, mas que no fim do dia vamos ensaiar, então quero aproveitar! - eu estava surpreso, não é todo dia em que Aldana diz que estamos livres, mas mesmo assim continuei ali parado. - Vamos Baloo... você prometeu... - pediu manhosa e tive que tirar o cobertor para olha-la, estava com um biquinho irresistível, não tinha como dizer não para aquela criaturinha.
-- Tudo bem... - me dei por vencido e ouvi sua comemoração.
-- Se arruma e vamos logo! - disse se sentando novamente e logo notei a coisa mais fofa que provavelmente eu iria ver naquele dia. Karol usava um pijama de coalas, o que me fez ter vontade de a apertar.
-- Ka... - a chamei e ela me olhou - você também está de pijama. - olhou para si mesma e saiu correndo, me fazendo rir.
Fiquei olhando o teto por um tempo até que criei coragem e saí da cama. Tomei um banho relaxante, porém cenas de ontem invadiram minha mente e soltei um longo suspiro. Briguei com Candelaria por ciúmes dela novamente, mas depois ela se desculpou e disse que estava um pouco paranóica, concordei internamente, mas não disse nada. Nós decidimos reatar o namoro por causa do canal, mas claro, se não aguentasse mais eu iria terminar.
Fiquei alguns minutos a mais do que previsto no chuveiro, por causa dos meus pensamentos, então tive que me trocar voando e logo ouvi batidas na porta, peguei meu celular, meus fones e abri a porta, dando de cara com a baixinha mais teimosa do mundo.
-- Vamos? - perguntou com um sorriso de orelha a orelha. Concordei com a cabeça e saímos rumo ao elevador.
Ela estava mexendo no celular e sorrindo o tempo todo, o que me causou um certo desconforto e curiosidade, fiquei me perguntando o porquê de ela estar assim, mas me distraí com uma notificação do instagram. Karol acabou de curtir 3 fotos minhas. Olhei discretamente para o celular dela e a vi olhando meu perfil, então era por isso o sorriso?

Passei meu braço por seu pescoço e sorri ao sentir ela encostando sua cabeça em meu peito. Assim que pisamos no térreo procurei com o olhar Aldana e Mama Turbo e as achei sentadas em um sofá conversando. Karol se aconchegou mais em mim, minha pequena Sevilla estava carente naquele dia, mas não a culpo, no dia anterior nem sequer ficamos juntos.
-- Bom dia Alda. - a cumprimentei com um beijo no rosto. - Bom dia Mama Turbo. - dei um abraço apertado nela e um beijo na testa.
-- Buenos días. - Karol as cumprimentou com um beijo e um abraço.
-- Vão comer conosco? - perguntou Alda.
-- Vamos passar o dia fora, prometi dar atenção e carinho ao meu Minion hoje, já que ele está carente. - brinquei e a menor mostrou a língua pra mim.
-- Não estou carente... - reclamou baixinho.
-- Tudo bem então, divirtam-se! - Mama Turbo disse após se recuperar da crise de risos.
-- Obrigado, vocês também. - disse saindo do hotel com minha Minion preferida.
Passeamos por vários lugares, tomamos sorvete e comemos o café da manhã em um restaurante bem acolhedor. Depois acabamos por parar em uma praça, onde crianças brincavam com seus amigos e mães conversavam. Nos sentamos em um banco azul, até pensei em fazer uma brincadeirinha com Karol, mas mudei de ideia quando a vi observando as crianças brincando com um sorrisinho, ela sempre se deu bem com todo mundo, mas tinha uma paixão enorme por crianças.
-- Vamos tirar uma foto? - perguntei estendendo meu celular pra ela, que pegou sem hesitar. Foi no aplicativo Snapchat e colocou efeito de cachorrinhos em nós, o que me fez rir, tornando a foto muito mais espontânea. Salvei na minha galeria e decidi postar, afinal, que mal faria postar uma foto com sua melhor amiga?
-- Agora com o meu! - disse animada e entrando no mesmo aplicativo pelo seu celular. Dessa vez escolheu sem efeito, me abaixei um pouco e encostei minha cabeça com a dela, tiramos a foto, mas ela decidiu que não iria postar. Tiramos outra onde fazíamos careta e ela postou.
Logo estávamos andando novamente.
-- Você não vai ficar com seus pais hoje? - perguntou.
-- NÓS vamos jantar com eles e depois vamos pro meu quarto. - enfatizei o "nós".
-- Tudo bem. - deu de ombros.
E assim seguiu nosso dia, andamos pela cidade inteira, as ruas de Paris sempre foram fantásticas. Quando chegamos era por volta de 17:20, só tivemos tempo de nos banhar e trocarmos de roupa e partimos para o ensaio. Ficamos até 19:40 dançando e depois fomos embora. Tomamos outro banho e descemos para comer, me sentei de frente para minha família e com Karol ao meu lado.
-- Como foi seu dia meu filho? - perguntou minha mãe sorridente, ela sabia que eu havia passado o dia inteiro com a minha nanica.
-- Foi legal, eu e a Karol andamos pela cidade toda, só temos mais alguns dias e temos que aproveitar.
-- Fico feliz que vocês dois tenham aproveitado.
-- Da próxima posso ir com vocês? - perguntou Leo, já estava prestes a dizer um lindo não, mas fui interrompido por Karol.
-- Claro que pode. - disse mais sorridente que minha mãe, as duas pareciam sempre conspirar contra mim.
-- Não acho uma boa ideia. - dei de ombros e os olhares foram voltados pra mim. - Que foi? - me fiz de desentendido.
-- Não seja maldoso com seu irmão! - repreendeu Karol estufando uma de suas bochechas e me olhando com uma careta engraçada.
-- Você fica extremamente fofa assim, sabe disso não sabe? - brinquei e mordi sua bochecha, deixando uma pequena marca ali. Achei que ela iria me bater, mas ao invés disso ela riu, me contagiando e me fazendo rir junto.
-- Acho que Ruggero tem razão filho. - disse minha mãe depois de um tempo e todos olhamos surpresos pra ela.
-- Tenho? - perguntei confuso.
-- Sim, talvez não seja uma boa ideia... você não gostaria de atrapalhar um jovem casal certo? - brincou fazendo eu e Karol ficarmos vermelhos e todos da mesa rirem.
-- Acho que já acabei e você Ka? - perguntei me levantando apressado e ela fez o mesmo.
-- Sim, também acho, tenham uma boa noite! - nos despedimos rapidamente e fomos para o elevador, assim que entramos entrelacei nossas mãos.
-- Acho que minha mãe tem um parafuso a menos. - comentei e ela riu.
-- Não diga isso, ela é um doce! - disse sorrindo. - não falamos mais nada até chegarmos ao nosso andar. Dei um beijo em sua bochecha e entrei no meu quarto. Coloquei apenas uma calça de moletom cinza e me joguei na cama a esperando. Depois de uns 15 minutos a vi entrando e se jogando ao meu lado, estava vestindo uma blusa de frio de pijama com desenhos de pandas e um shortinho curto também de pijama só que com unicórnios desenhados.
-- O que vamos fazer? Estou cansada... e com sono. - disse manhosa.
-- Vamos descansar um pouco, que tal? - propus.
-- Acho uma ótima ideia. - cobri nós dois e agarrei sua cintura, a trazendo mais para mim.
-- Sabe... acho que minha mãe tem razão... - sussurrei depois de um tempo em silêncio.
-- Em que? - perguntou no mesmo tom.
-- Leo iria nos atrapalhar.
-- Ele é um amor.
-- Mas você sabe que eu gosto de ser carinhoso com você, até de mais. - coloquei meu rosto na dobra de seu pescoço e passei levemente os lábios pela região, pude ver seus pelos se arrepiarem, o que me fez sorrir por saber o efeito que causava nela.
-- Sei disso muito bem... - deu um meio sorriso.
-- Ele se sentiria sem graça por causa dos nossos carinhos...
-- Você acha? - perguntou com incerteza na voz.
-- Sim. - disse com firmeza, para ela esquecer a ideia de levar meu irmão mais novo para andar conosco. Eu o amo, mas não é todas as coisas que podemos fazer juntos, até porque, é um momento apenas meu e da Karol. Ela pareceu pensar um pouco então tive de apelar. - Se ele for não vou poder te abraçar desse jeito... - a coloquei mais contra mim, se isso era possível. - não vou poder te chamar de minha pequena... - sussurrei em seu ouvido e novamente ela se arrepiou. - não vou poder te beijar assim... - dei longos selinhos em sua bochecha e em seu pescoço, pude ouvir sua respiração se acelerar. - posso continuar se quiser...
-- Acho que tem razão, é melhor marcarmos outra coisa com ele. - disse por fim, me fazendo sorrir.
-- Sei que ama meus carinhos... - brinquei e voltei a beijar seu pescoço.
-- Só um pouco... - deu uma curta risada e ficamos em silêncio, apenas com o barulho de nossas respirações. Logo o sono me invadiu e acabei dormindo.



Notas finais:
Gente, eu tive que mudar o jeito da escrita, pois não estava conseguindo escrever nada do modo antigo e no presente, perdão.

Acaso ou Destino? Onde histórias criam vida. Descubra agora