Capítulo​ 1

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New Day. New Life.
Jasmine

Era verão e o dia estava realmente quente. Eu estava vestida com um daqueles macacões de jardineira curto de cor amarela, uma blusa branca sem manga por baixo do macacão e meu All Star branco. Meus longos fios loiros estão presos em um rabo de cavalo no topo da cabeça.

Minha mãe havia me acordado cedo para arrumarmos a casa antes de receber meus tios, que vinham almoçar conosco. As 13:28, meus tios, Savana e Arthur, haviam acabado de chegar e minha mãe saiu depois do almoço, assim que eles começaram a falar do meu pai. Alec tinha ido me fazer companhia aquele dia. Ele sabia como era difícil ficar ali ouvindo tudo aquilo.

Alexsander Terino, 16 anos, participa do clube de fotografia na escola e é um rapaz realmente lindo, carinhoso e sempre sorridente. Dono dos olhos castanhos que lembram o mel de tão claros e o cabelo preto, liso e bagunçado de sempre.

Nos conhecemos um ano depois que perdi meu pai. Sempre fomos grandes amigos, cresci na casa dele, sempre dormia lá e considerava sua família como minha.

Os pais de Alec, Agatha e Heitor Terino, haviam perdido um filho, Benjamin, antes do Alec nascer. A criança tinha apenas 8 meses quando foi brutalmente morta por uma vampira enfeitiçada. Essa mulher é cunhada da Sra. Terino e ambas amavam aquele bebê. Era a alegria da casa. Mas todos passam pelo dia mal e aquele foi o dia mal para os Terino's.

Alec nasceu sete meses após a morte do irmão. Vivíamos como irmãos até que um dia ele disse o que sentia por mim e bem, ninguém nunca havia realmente se interessado por mim. Mas eu realmente gosto dele e dei uma chance a ele, afinal, sempre que precisei ele tava ali disposto pra me ajudar, limpar minhas lágrimas, e no conjunto, me fazer rir pelas piadas de tio em almoço de domingo, a ironia é que ele era melhor.

Ele me fazia bem, éramos o típico casal perfeitinho da escola: terminar o colegial junto, fazer a faculdade dos sonhos, casar, ter dois filhos e um cachorro. Não tinha nada nem ninguém que separaria a gente.

...

Depois de um tempo, demos graças a Deus quando minha tia resolveu que vai fazer um doce para nos alegrar e entrega uma lista ao meu tio para que vá na mercearia comprar o que falta. Aproveitamos a brecha e subimos para escapar daquilo, entramos no meu quarto e fecho a porta sem trancar e sento na cama do lado de Alec.

— Cansada? — Ele me olha enquanto pergunta.

— Sempre a mesma coisa, todo ano — Suspiro e encosto a cabeça na parede atrás de mim.

— Você precisa se distrair um pouco hoje...

— É exatamente por isso que eu pedi para você vir — Sorrio. Ele retribui ao sorriso e me aproxima dele.

Então serei sua distração — Ele segura meu rosto com as duas mãos e me beija. Apenas retribuo, ele desce a mão para minha cintura e me puxa ainda mais, quando me dou conta, estou sentada no seu colo. Assustada, acabo parando o beijo por ali agradecendo a falta de ar por isso. Ele me olha e percebe como fiquei ruborizada. — Desculpa, não quis apressar as coisas... — Ele passa a mão pelo meu rosto, alisando minha bochecha e tratando de se desculpar.

— Não precisa se desculpar... Eu só... — Não consigo nem ao menos escolher as palavras a serem pronunciadas, por isso viro o rosto encarando o chão para não olha-lo.

17 Segundos [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora