Capítulo 17

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Together in the same crowd
Benjamin

"Na quarta a tarde, Jasmine estava lá em casa, tínhamos chegado da escola após o meu treino e o ensaio dela e meu irmão tinha saído com uma amiga deles para fazer seja lá o que. Ela corre pro sofá, vestindo uma blusa do New Orleans Saints, como uma torcedora fanática.

Vou pra sala assim que ela diz que está pra começar, pego o pote com batata chips e vou pro sofá. Ela praticamente me obrigou a ficar assistindo.

No meio do jogo, ela estava toda empolgada assistindo o jogo e começa a me cutucar.

— Se anima, Ben, é a equipe da casa! — Ri de escárnio e ela faz bico.

— Piada boa, Jasmine, piada boa. — Cruzo os braços e olho pro lado.

— Alguém não é nem um pouco patriota... — Ela começa a me cutucar, rindo como se fosse uma piada.

Ava jura? Percebeu agora? — Ela volta a olhar a tevê quando percebeu gol que eles fizeram, por conta disso, recebi vários tapas no braço e fiquei surdo de tanto que ela gritava.

Depois de muitos socos, tapas, arranhões e gritos, não, não transamos se é o que pensou, ela apenas se empolgou e descontava em mim a raiva ou a animação, mas finalmente chegamos ao 45 do segundo tempo. Estavam empatados e a ansiedade dela era notável pelas suas unhas se cravando na minha coxa.

Ela não tirava os olhos da tela e já estava rouca de tanto que gritou. Ela começa a morder a unha do seu dedo e aperta mais as unhas contra minha perna. Penso em tirar a mão dela dali, mas percebo que não seria uma boa ideia provocar uma torcedora irritada.

Com toda a vibração do jogo, acabo me empolgando por ela, nosso time tem a posse da bola e eles vão passando por todos os adversários, driblando todos.

Faltava pouco, nos levantamos quase correndo até a televisão quando ouvimos o locutor gritar "Ponto para o time da casa. Vitória do New Orleans Saints!"

Ela solta um grito histérico, ergue os braços e pula no meu colo abraçando meu pescoço.

Nós vencemos, Ben. O campeonato é nosso! — Abraço ela forte e a giro no ar. Ela ri e logo a ponho no chão novamente.

Sim, feliz agora? — Sorrio levemente olhando para seu semblante alegre. — Minha perna até ficou alegre com o fim do jogo.

Bobo! — Ela empurra meu ombro levemente — Não sabe o quanto! Esse time fez uma torcedora muito feliz. — Ela sorri e agradeço pelo seu cabelo estar preso em um rabo de cavalo me dando uma visão total das suas maçãs do rosto e das covinhas nas bochechas quando sorri.

Que bom! — Estávamos próximos, mas diminuo ainda mais a distância entre nós de maneira que ela levanta o rosto para me encarar. — Fico feliz por você.

E por toda a cidade. — Ela brinca e eu seguro seu queixo amavelmente.

Sua respiração acelera. Minha outra mão pousa em sua cintura e logo nossos corpos tem uma distância mínima. Ouvimos os gritos de torcedores felizes na rua, porém dentro da casa fica um silêncio.

De repente a tevê fica muda e o mundo para por alguns segundos. Nossos rostos se aproximam, ela congela no lugar, ponderando no que fazer. Passo o polegar em seu queixo e aproximo meus lábios dos seus mas paro ao ouvir a porta abrir e ela logo se afasta.

Está a maior agitação na rua. — Alec aparece na sala tirando o casaco. — Pelo visto o time da cidade ganhou.

Acertou em cheio. — Ela se aproxima dele e ele a beija como eu teria feito a segundos atrás se ele não tivesse chegado.

17 Segundos [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora