15. Sober

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Segunda-feira.

Vi Ally antes do primeiro sinal bater. 

Vero, Lexa e Britt estavam no meu armário. Elas haviam me encontrado enquanto eu estava no armário e agora estávamos conversando até o sinal bater.

- Ei, olha ali. - Alexa falou baixo e eu segui seu olhar. - Essa garota e muito zoada.

Eram Ally e Dinah passando.

- As duas são muito zoadas, essa garota grandona sentou perto de mim na aula de física, ela acha que é um tipo de Beyoncé ou algo do tipo. - Britt falou.

- Só se for Bostacé. - As duas riram e Vero me olhou. Alexa e Britt estavam muito entretida para perceber que nenhuma de nós duas riamos.

- E essa garota do lado dela? Tenho certeza que ela usa enchimento na bunda, ela parece mais um pedaço de madeira. Ridícula. 

Elas não estavam falando tão baixo dessa vez, e eu não sabia se Dinah ou Ally haviam escutado.

- Não, a bunda dela não é enchimento, e não abra sua boca para falar da Dinah, ela é uma amiga melhor do que vocês duas juntas. - Mas ficou só no pensamento, as duas finalmente saíram do armário de Dinah e foram embora, já que o sinal bateu.

Vero me olhou com a sobrancelha levantada, brigando comigo com o olhar, mas eu apenas abaixei a cabeça e continuei meu caminho para a sala.

Eu não vi Ally ou nenhuma de suas amigas na hora do almoço, o que era estranho, já que realmente não teria outro lugar para elas estarem em todos aqueles 20 minutos.

Na hora da saída, enquanto esperava o ônibus para ir para a casa, Vero veio falar comigo.

- Idiota! - Ela disse acompanhado de um tapa na parte de trás da minha cabeça.

- Ai! Vero!

- Que foi? - Ela parecia brava.

- Eu que te pergunto, me deu um tapa porquê?

- Sério? - Ela colocou as mãos na cintura. - Eu to segurando esse tapa desde a hora da entrada. Por que você não defendeu a Ally?

- E-E-Eu...

- E-E-Eu o que? - Ela me cortou.

Eu não consegui falar nada, eu meio que travei com as palavras na minha garganta.

- Esse é o motivo pelo qual você só fala com ela bêbada? - Sua voz estava mais baixa, parecia já outra pessoa.

- Sim. - Disse com a voz baixa - Eu não consigo falar o que sinto, fica tudo preso.

Veronica suspirou. Ela olhou para o a direção que os ônibus vinham, e eu li o nome do que ela pegava nele.

- Vem, você vai vir comigo. - Ela deu sinal e eu arregalei os olhos.

- Como assim?

- Eu vou te ajudar. - Ela pegou minha mão. - Você vai sair de casa com a coragem de um leão da selva, não o leão de Oz.   

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