Slender Man - O Conto [Livro 2]

Capítulo VI

A hora de dizer adeus a Justin foi dolorosa; tive que deixá-lo lá e seguir caminhando com Emily.

Emily havia dito que o Slender Man estava construindo uma fortaleza e sequestrava crianças para ajudá-lo, o que achei estranho e bizarro, mas era uma teoria que parecia se confirmar.

— Emily, preciso sair daqui. — digo.

— Todos nós precisamos, mas não podemos. — disse Emily.

— Como podemos sair daqui então? — perguntei.

— Não sei. — respondeu Emily.

— Você sabe sim! Você parece ser a mais informada sobre o que está acontecendo aqui. — digo, irritada. — Me diga o que precisamos fazer para sair daqui.

— Você precisa me ouvir! Se sairmos, ele pode nos trazer de volta facilmente. — disse Emily.

— Emily, não tenho medo desse ser. Eu quero ir embora. — digo. — Poxa vida! Você está aqui há tanto tempo, não quer sair?

— Quero, mas tenho medo! — disse Emily.

— Eu não tenho medo. Me diga logo o que fazer. — digo.

— Está bem. — disse Emily. — Esses blocos no chão são mágicos; se colocados em uma formação 4x4, abrirão uma passagem para o mundo real.

— Como você sabe disso? — perguntei.

— Porque vi ele fazendo isso antes. — respondeu Emily.

— Então, colocar os blocos na ordem que você disse formará um quadrado perfeito e abrirá a passagem? — perguntei.

— Exatamente. — disse Emily.

— Que coisa absurda, como as pessoas ficaram tanto tempo presas aqui sem tentar isso antes? — perguntei.

— Não sei, talvez ele tenha o poder de hipnotizar as crianças. — respondeu Emily.

— Obrigada, Emily! — digo. — Vamos embora. Aliás, tenho a sensação de que já te conheço de algum lugar.

— Somos da mesma cidade, mas nunca nos falamos. — respondeu Emily.

— Que loucura! — digo. — Eu só andava com meus amigos, talvez seja por isso que nunca nos encontramos.

— É possível, Spencer. — disse Emily.

— E você já sabia meu nome também, pelo visto. — digo.

— Na verdade, quando os encontrei na fonte, não os reconheci de imediato, mas depois de caminhar juntos, lembrei de você. — disse Emily.

— Vou chamar o Willian. — digo.

Willian estava empolgado com os blocos e estava ajudando na construção.

— Willian! — gritei.

— Oi! O que foi? — perguntou.

— Emily me explicou como podemos sair daqui. — respondi.

— Ótimo! Como faremos? — perguntou Willian.

— Precisamos dos blocos, dezesseis no total. — respondi.

— Vamos fazer isso hoje? — perguntou Willian.

— Sim! — respondi. — Emily vai nos ajudar?

— Podem contar comigo. — respondeu Emily.

— Você vai voltar conosco, certo? — perguntei.

— Não sei, sinceramente. Meus pais devem ter desistido de me procurar, e eu me acostumei com as coisas aqui. — respondeu Emily.

— Você precisa voltar; há pessoas esperando por você. — digo.

— Tudo bem. — disse Emily. — O Slender está ausente há algum tempo, então deve estar no mundo real capturando mais crianças. Vamos pegar os blocos e fazer isso longe daqui. — disse Emily.

— Willian e eu pegaremos os blocos. Você fica de vigia. — digo.

— Ok. — disse Emily.

E seguimos em frente.

[...]

Finalmente montamos o quadrado e o Slender Man não apareceu. Era hora de voltar para casa.

— Está tudo pronto? — perguntei.

— Sim, vamos lá. — respondeu Emily.

— Então, vamos atravessar. — disse Willian.

— Gente, não sei se devo ir. — disse Emily.

— Emily, olhe tudo pelo que passou aqui. Não sente falta da sua família, da sua casa, do seu mundo? — perguntei. — Este lugar é um verdadeiro inferno.

— Ninguém deveria ficar aqui. — disse Willian. — Vamos encontrar um jeito de libertar quem ficou.

— Não sei como estão as coisas lá fora; o tempo aqui é diferente. — disse Emily.

— Sei que está com medo, mas não pode desistir agora. — digo. — Você precisa ser corajosa.

— O Slender não vai te pegar de novo. — disse Willian.

— Está bem, vou com vocês. — disse Emily.

— Isso aí! — digo.

Contamos até três e atravessamos o portal que havíamos criado. Finalmente, saímos daquele lugar maldito.