Capítulo XVI

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De tanto procurar, finalmente encontrei.

— Eu achei! — digo.

— Graças à Deus! — disse Willian.

— Nós temos que fazê-la voltar ao normal, né? — perguntou Théo.

— Sim, e aí nós lançamos o feitiço. — respondi.

— E qual é o feitiço? — perguntou Willian.

— O nome do encanto é Morten, é um feitiço de morte. — respondi.

— Ouvindo agora, parece ser um pouco exagerado. — disse Théo. — Mas eu não me arrependo de compactuar com isso. 

— E se acontecer algum imprevisto, nós precisamos estar preparados. — disse Willian.

— Willian, não vai acontecer nada. — digo.

— E se ela for mais esperta e nos matar antes? — perguntou Théo. — Você é meio lenta, Spencer.

— Eu preferia quando você era o Slender Man e não tinha boca para falar. — digo.

— E eu preferia a época em que nunca pensei em te sequestrar. — disse Théo.

— Cada um com os seus problemas. — digo.

— Pessoal, eu vou procurar por alguns blocos. Eu prometo não ir longe. — disse Willian.

— Não, Willian, deixa que eu vou. — digo.

— Está bem. — disse Willian.

Eu deixei o livro com o Willian e comecei a caminhar.


{Willian}

— Quando você vai admitir que gosta dela? — perguntei.

— Eu não sei do que você está falando. — respondeu Théo.

— Eu percebi, não adianta você negar. — digo.

— Na verdade, eu achei que você gostasse dela. — disse Théo.

— Claro que não! — digo, rindo. — Ela é a minha melhor amiga e só isso. Eu gosto de outra pessoa. 

— A Spencer jamais vai gostar de mim. Ela sente raiva por tudo o que eu fiz. — disse Théo.

— Eu a conheço bem e sei que essa raiva é passageira. — digo. — Se você for sincero, ela poderá lhe dar uma chance. — digo.

— Obrigado pela motivação! — disse Théo. — E a Spencer sabe de quem você gosta?

— Não. A Spencer não vai com a cara da menina, talvez ela reaja de forma negativa. — respondi.

— Entendi. E qual é o nome da garota misteriosa, afinal? — perguntou Théo.

— Emily. — respondi.


{Spencer}

E enquanto caminhava, escutei uma voz familiar.

— Está perdida? — perguntou Meredith.

— Mas como você se libertou do feitiço que eu lancei em você? — perguntei, confusa.

— O seu feitiço foi fraco, foi fácil. — respondeu. — E o melhor de tudo foi que eu consegui sair sem que nenhum de vocês me vissem.

— Sua velha rabugenta e fedorenta! — digo.

— É hora de acabar com você. — disse Meredith. —  Cordellios! 

O encanto me fez ficar presa em cordas e estavam super apertadas. Eu comecei a gritar feito louca.

— Como você grita, meu Deus! — reclamou Meredith.

— Me solta! — berrei.


{Willian}

— Caramba, você ouviu isso? — perguntei.

— Sim e com certeza é a Spencer.— respondeu Théo.

— Vamos atrás dela! — digo.

Levantamo-nos as pressas e saímos correndo em direção aos gritos.


{Spencer}

— Para onde você está me levando, sua baranga? — perguntei.

— Para a minha casa, lá eu me sinto mais a vontade para te matar. — respondeu Meredith.

— Os meus amigos virão atrás de mim e vão matar você! — digo.

— Não, querida, seus amigos e você estarão mortos. — disse Meredtih.

— Sua doente! — gritei.

Nós chegamos à casa dela e eu permaneci amarrada.


{Willian}

— Você tem algum palpite? — perguntei.

— A Meredith deve ter a levado para a casa dela. — respondeu Théo.

— Vamos lá! — digo.

E nós fomos correndo em direção até aquela cabana fedorenta. A Spencer estava amarrada.

— Me tirem daqui! — gritei.

— Você não acha melhor nós cuidarmos da Meredith primeiro? — perguntou Théo.

— Não! Eu vou cuidar dela. — respondi.

— Como você preferir. — disse Théo.

Eu desamarrei a Spencer.


{Spencer}

— Onde está aquela velha pelancuda? — perguntei.

— Eu estou bem aqui, sua criatura estranha! — respondeu Meredith.

— Vou acabar com você de uma vez por todas! — digo. — E vamos devagar. 

— O que você vai fazer, Spencer? — perguntou Willian.

— Apenas observe. Cordellios! — gritei o mesmo feitiço que a Meredith usou em mim. — Parece que o feitiço virou-se contra o feiticeiro.

— Eu exijo que você me desamarre! — disse Meredith.

— Calada! Isso acaba aqui e agora. — digo.

— Spencer, espera! — disse Willian.

— Não! — gritei. — Morten!

E dito o nome do feitiço, tudo estava acabado. A bruxa se foi como poeira.

— Meu Deus do céu! — digo, caindo no chão. — Estou exausta.

— Agora nós precisamos sair daqui. — disse Willian.

— Eu vou procurar alguma coisa doida nesse livro. — digo.

E assim, eu segui.

Slender Man - O Conto [Livro 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora