Capítulo XII

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{Willian}

Eu estava decidido a liberar o Slender Man e descobrir onde Spencer estava.

— Escuta aqui, grandalhão, vou te libertar desta aparência abominável e depois você vai me ajudar a encontrar a Spencer. — disse, tentando ser firme. — Caso contrário, eu... bem, eu não sou capaz de matar nem uma barata.

Após ler o feitiço no livro, tracei um círculo de sal grosso no chão.

— Você precisa ficar aí dentro. — ordenei ao Slender, acendendo uma vela.

Ele pareceu entender, então comecei a recitar as palavras mágicas.


{Spencer}

A queda na água foi dura! Por sorte, não me machuquei gravemente, mas a incapacidade de nadar era um problema. Enquanto afundava, perdi a consciência. Parecia que o fim de Spencer Carter tinha chegado de forma indesejada.


{Willian}

— Tudo que agora pela água passa, que por ela se desfaça. Leva contigo o feitiço contra Théo Roosevelt e que Meredith Street o receba de volta com esta água que se revolta! — recitei o feitiço, segurando um copo d'água.

Funcionou! O horrível Slender Man desapareceu e em seu lugar surgiu um homem.

— Você está bem? — perguntei, preocupado.

— Não sei, acho que sim. Só estou um pouco zonzo. — respondeu Théo. — Quem é você e onde estamos?

— Que ótimo! Você não se lembra. — disse, tentando aliviar a tensão.

— E isso é motivo de alegria? — perguntou Théo. — Mas me lembro de alguém.

— Quem? — perguntei.

— É uma garota. Spencer. — respondeu Théo.

— Claro que lembra dela! Ela é minha amiga. Sou Willian. — me apresentei.

— Obrigado por me salvar! — agradeceu Théo.

— Agradeça a Spencer. — apontei. — Mas, sendo sincero, você parece perdido. Acha que a Spencer está bem?

— Não sei. Há uma velha que mora aqui dentro, Meredith Street. Acho que foi ela quem me enfeitiçou. — explicou Théo.

— Como alguém vive aqui? Quem é essa mulher? — perguntei, confuso.

— Meredith Street, uma bruxa. — respondeu Théo.

— E como vamos encontrá-la? — perguntei.

— Não sei, não conheço este lugar. — disse Théo.

— Tenho uma pergunta. Você nos via? — perguntei.

— Não, mas reconhecia pela voz. — respondeu Théo.

— Como conseguia pegar as crianças? — perguntei, curioso. — Quantas foram?

— Seguia suas vozes brincando por aí. Não sei quantas foram capturadas. — respondeu Théo.

— Entendo. Bom, Spencer encontrou o livro e queria ajudá-lo a voltar à forma humana. — expliquei. — Ela foi sequestrada por você há doze anos, perdeu amigos e agora está aqui para ajudar.

— Ela é boa pessoa. Sempre senti algo estranho perto dela. — disse Théo.

— Ela também guarda raiva por você pelo que fez com nossos amigos. — adicionei.

— E mesmo assim ela veio me ajudar. Devo desculpas a vocês. — disse Théo.

— Peça desculpas a ela. Eu lido com isso numa boa. — comentei. — Vamos encontrá-la.

Assim, partimos em busca de Spencer.


{Spencer}

Acordei em terra firme, aliviada por não ter morrido.

— Quando encontrar aquele garoto, vou dar um soco na cara dele! — resmunguei, deitada.

Os vaga-lumes iluminavam o lugar onde estava. Avistei uma pequena casa e entrei.

— Olá! Tem alguém aqui? — chamei.

— Olá, Spencer. Estava esperando por você! — ouvi uma voz.

E lá estava eu, encrencada novamente.

Slender Man - O Conto [Livro 2]Onde histórias criam vida. Descubra agora