Capítulo 16

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Chave ...

A palavra vem em minha mente repetitivas vezes, o que aquela chave abria e porque o Cobra queria ela ?

Isso não faz nenhum sentido e para piorar as lembranças vem cada vez mais breves e demoradas. Tomo um gole do café que está em minhas mãos e olho ao redor, deixando meus olhos caírem em Ralf por alguns segundos e depois retornarem para a caneca em minhas mãos.

Depois de vagar pelos corredores, resolvi descansar e colocar a mente em ordem. Eu precisava descobrir onde o Nick guarda as chaves e como eu poderia pega-las. Depois de nossa discussão, nós não voltamos a nos ver. Parece que nossa relação não é igual a de antes, não somos mais o mesmos e com certeza o afeto que tínhamos um pelo outro também mudou.

Suspiro já cansada de tudo isso, me levanto e levo a caneca até a bacia de louça suja, colocando-a lá dentro. Vou em direção à saída aguardando ansiosamente que lá fora esteja melhor do que aqui dentro.

Subo as escadas rapidamente e por um minuto achei que elas iriam desabar por causa dos sons que vinham dela. Aperto o botão para abrir a porta e assim que abre atravesso.

A cabana do lado de fora parecia ainda mais velha e descuidada do que eu me lembrava. Olho ao redor buscando alguma direção para ir e decido pela esquerda, começo a trotar esperando meu corpo se acostumar para depois começar a correr.

Por eu não estar acostumada com a vegetação e o chão irregular, acabei tropeçando e quase dando de cara no chão. Mas não desisti e voltei a correr.

Alguma coisa estava me incomodando e não era os mosquitos que vinham a todo momento em minha orelha. Paro de correr e fico escutando, percebo que é isso que me incomoda. A floresta está silenciosa, nem sequer se ouvi um ruido, os pássaros tinham parado de cantar os animais pequenos tinham se escondido e até mesmo o vento tinha parado de soprar.

Fico em alerta e olho ao redor, mas não vejo nada e também não escuto.

Um galho se quebra e me viro na direção do barulho, mas vejo que é somente uma lebre tentando fugir desesperadamente. Suspiro. Quando me viro para onde eu estava no começo algo se choca em meu corpo, fazendo minhas costas baterem em cima de um galho morto no chão, fico sem ar e viro meu corpo para o lado. Minha respiração é curta e rápida, mau enchendo meus pulmões de oxigênio.

Quando me estabelizo o suficiente olho para ver o que me atacou e vejo meus olhos se arregalarem.

— Oi querida, sentiu minha falta ? - Um sorriso malicioso dança em seus lábios.

— Como você... - Minha voz falha.

— Como eu escapei ? — Ele sorri abertamente, mostrando seus dentes afiados. — Até que foi facil e seu irmão facilitou muito.

— O que você quer ? - Pergunto olhando em seus olhos alaranjados.

— Cloe, você não faz ideia de minha situação com os caçadores e eu preciso de tua ajuda.

— E por que você acha que eu ajudaria você ? - Pergunto irritada.

— Pelo simples fato de eu saber onde seu namorado está. - Ele sai de cima de mim e fica em pé me olhando de cima para baixo.

— Eu não tenho namorado.

— Então como você e o Cobra se referem ? — Ele arca uma sombrancelha. — Talvez como amantes ?

— Pera .. Você sabe onde o Cobra está ? - Pergunto confusa.

— Talvez eu saiba, mas preciso de sua colaboração para lhe dizer. - Diz entediado.

Hunting City : Memórias RoubadasOnde histórias criam vida. Descubra agora