Prólogo

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Alguns meses antes...

-Conseguiram? - perguntou ao entrar na sala, um homem usando um jaleco branco com um crachá escrito "Sr. Scotts". - Estamos nisso a anos e hoje pode ser nosso grande dia.
  O homem com o qual Sr. Scotts falava era jovem, alto, com cabelo loiro e olhos escuros.
-Estamos no fim, chefe. - respondeu o rapaz. Sua mão suava frio, parecia mais ansioso que o chefe.
-Precisamos provar a verdade ao mundo e graças a minha filha conseguimos duas cobaias perfeitas, depois de anos de incertezas. - Sr. Scotts andava de lá para cá, apreensivo.
-Antes precisamos confirmar tudo com a ligação de Richard. - o jovem se apressou em dizer.
-Isso acompanha o pacote.
A sala em que estavam era de uma espécie de laboratório. Várias substâncias ocupavam as estantes encostadas na parede totalmente branca, telescópios ocupavam grande parte do lugar e os homens estavam de frente para uma parede de vidro e do outro lado era possível observar três pessoas trabalhando em algo.
Algo muito importante para o mundo científico, algo que nenhum ser humano no mundo imaginou ser possível e que o Sr. Scotts trabalhara por anos a fio com base em pesquisas e relatos não totalmente comprovados.
Ele sabia que tudo estava chegando ao fim, sentia isso, tinha certeza de que todo o tempo que dedicou a sua pesquisa valeria a pena e compensaria todas as noites em claro que passou dedicando-se a apenas isso.
Foi então que lembrou das noites que passou longe da família, preso em seu laboratório, procurando fatos e certezas, deixando de brincar com o filho menor e não ensinando seu filho maior a dirigir, ainda não satisfeito, levou a filha do meio a sua loucura e graças a ela, ele estava na frente do que poderia ser sua grande descoberta para o mundo.
O jovem tocou seu braço, o tirando de seu desvaneio.
-Parece que terminaram, Sr. Scotts.
O homem se aproximou do vidro e observou enquanto as três pessoas do outro lado faziam sinal de positivo e saiam de perto da mesa.
Sr. Scotts quase chorou de emoção, na sua frente havia duas camas, duas pessoas desacordadas estavam imóveis, uma delas amarrada. Eram dois corpos e um deles estava morto.
As três pessoas saíram da sala e a trancaram ao passar.
-Está feito e comprovado. - disse uma delas ao tirar a máscara de hospital que estava usando, era um homem magro e baixo, cabelo e olhos castanhos, seu crachá dizia "Sr. Brands", as outras duas pessoas o imitaram.
-Vocês tem certeza do que estão dizendo? - perguntou o jovem que esperava.
-Claro que temos, Pedro, jamais diríamos uma coisa dessas sem provas. - respondeu um homem mais velho usando um crachá com os dizeres "Sr. Hanks". - Petter Scotts, aí está sua prova. - e apontou para as camas depois do vidro.
-Richard ligou? - perguntou a terceira pessoa, uma jovem ruiva com os olhos do mais bonito tom de azul que poderia existir.
-Não, querida. - respondeu o Sr. Scotts. - Mas sinto que ligará logo logo.
Então ele abraçou a garota que retribuiu e riu.
-Que isso, pai? - perguntou a jovem.
-Tudo isso foi graças a você, minha bonequinha.
Ela adorava quando ele a chamava assim, a fazia se sentir como se tivesse 10 anos de novo e não quase 20.
-Não fiz nada demais. - disse ela assim que seu pai a soltou.
-Só prometa que não colocará sua vida em risco novamente, tudo poderia ter dado terrivelmente errado e eu não me perdoaria se algo acontecesse a você por um capricho meu. - disse Petter.
Antes que a garota pudesse responder o telefone tocou e Pedro atendeu, após alguns segundos falando com alguém do outro lado da linha, olhou para Petter Scotts.
-É Richard. - disse o garoto.
Lentamente e apreensivo, o homem andou até o telefone e o pegou da mão de Pedro.
Aquele telefonema daria um fim as suas dúvidas de uma vez por todas e finalmente ele poderia ter todo o reconhecimento que merecia. Ele seria poderoso por ter uma informação e descobrir algo tão incrivelmente impossível, mas real.
Após alguns segundos ele abriu um sorriso de orelha a orelha e todos os presentes na sala souberam do que se tratava, mas antes de comemorar esperaram o chefe deligar o telefone e ouvir a novidade de sua própria boca.
E então, assim que desligou o telefone, Petter olhou para todos que estavam ali e riu.
-Esta comprovado. - ele disse, com os olhos brilhando. - Vampiros existem.

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